Armando elenca educação e infraestrutura como prioridades
O pré-candidato apontou uma "desconexão" entre os ensinos médio e técnico em Pernambuco
O pré-candidato ao governo de Pernambuco, senador Armando Monteiro (PTB), se reuniu, nesta segunda-feira (9), com membros do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Pernambuco (Sinduscon). No encontro, o petebista apresentou suas ideias sobre os desafios de Pernambuco nos próximos anos. As áreas de educação e infraestrutura foram apontadas por ele como duas das maiores prioridades do Estado.
“Na educação, precisamos formar competências que respondam ao crescimento econômico do Estado. Temos novos perfis profissionais que estão sendo exigidos pelas mudanças na matriz industrial de Pernambuco. Temos de elevar a escolaridade média do Estado, que hoje é de apenas seis anos e meio”, exemplificou o senador.
Apesar dos investimentos atuais na área educacional, o pré-candidato apontou uma "desconexão" entre os ensinos médio e técnico em Pernambuco. “Apenas 10% dos alunos do ensino médio estão matriculados ao mesmo tempo em algum curso técnico”, reforçou. Para Armando, este quadro pode comprometer a perspectiva de um desenvolvimento sustentável de Pernambuco nos próximos anos.
Armando afirmou também que na infraestrutura os desafios são em áreas como a de mobilidade, citando obras importantes como a transnordestina e o arco metropolitano. “Temos também o desafio de recompor a malha viária de Pernambuco, com a requalificação da BR-232, e a sua ampliação até Arcoverde. É preciso também duplicar a BR-423, concluir a BR-104, do polo de confecções”, enumerou. Armando citou ainda dados de estudos apontando que mais de 30% da malha viária do Estado está em péssimas condições.
A necessidade de ampliação do fornecimento de energia elétrica e a maior oferta de gás são outros gargalos que, segundo Armando, precisam ser superados. “A energia eólica é uma opção importante, mas precisamos pensar também na energia de base. E projetando o aumento de demandas nos próximos dez anos não há outra forma de garantir este suprimento em condições mais efetivas se não lutando para termos um linhão vindo da Usina de Belo Monte (no Pará) direto para o Nordeste. Temos também uma rede de gasodutos insuficiente. São menos de 500 quilômetros”, detalhou.
O senador alertou ainda para uma "distorção" estadual que tem elevado o preço tarifário da energia. “Isto nos remete a discutir o tratamento tributário que é dado a Pernambuco. A própria tarifa, do consumo industrial e do residencial. Há pouco tempo, com a mudança que houve no setor elétrico, este marco regulatório do setor, o governo federal colocou um subsídio nas tarifas. Nós não sabemos se será sustentável, pelo imenso custo fiscal que isto vai gerar, mas sabemos por exemplo que aqui em Pernambuco há uma distorção, que tem contribuído para elevar o preço da energia. É que está se calculando o ICMS sobre o valor dos subsídios também. Então isto é uma distorção que está contribuindo para elevar o custo da energia em Pernambuco”, cravou.
Ao encerrar a sua participação, o pré-candidato ao governo lembrou que para enfrentar esta agenda de desafios Pernambuco deve mobilizar a sociedade e precisa de lideranças que tenham a capacidade de fazer articulações também fora do Estado. “Pernambuco tem uma oportunidade extraordinária de consolidar o seu ciclo de crescimento, porque tem uma comunidade empresarial competente, temos centros de excelência nas universidades, temos um setor terciário que responderá de forma efetiva à nova matriz industrial e temos uma classe política que pode responder de forma adequada a este desafio”, finalizou.