Militância reclama de falta de espaço em campanha do PSB

Em reserva, alguns militantes da Frente Popular de Pernambuco revelaram a falta de espaço para o engajamento na campanha

por Giselly Santos qui, 07/08/2014 - 12:23
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo A campanha da Frente Popular para eleger Paulo Câmara (PSB) ganhou às ruas há pouco mais de um mês Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A falta de espaço e ânimo para a campanha dos candidatos da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco está em alta nas conversas entre militantes dos partidos que compõem o grupo. Em conversa com o Portal LeiaJá alguns revelaram, em reserva, que o comando da campanha não tem alocado as antigas lideranças das legendas e, muito menos, usado a juventude, como em campanhas anteriores. 

De acordo com um militante histórico do PSB da Região Metropolitana do Recife (RMR), a postura da coordenação da campanha tem “conduzido uma boa parcela a neutralidade”. “Conheço pessoas de todos os 21 partidos da Frente, em várias cidades. Eles estão sentindo falta de uma postura mais atrativa da organização da campanha. Muitos nem sabem ainda como votar. Eu, particularmente, não sei se anulo ou não o meu voto. O que sei é que até agora, Paulo Câmara não me deu motivos para votar nele, se isto acontecer será por causa de Eduardo Campos”, cravou.

A ida do ex-governador para São Paulo e a participação na disputa presidencial podem ser motivos da falta de engajamento. “Sinto falta da participação dele aqui. Comandava e delegava tudo. Fazia com que todo mundo gostasse de fazer campanha sabe? É diferente sem o governador Eduardo Campos”, colocou um deputado estadual da coligação, em reserva. “Quando ele vem para cá, nos fins de semana, podem observar que os eventos lotam e não é de cargos comissionados não, é de gente que ama política e defende o legado da Frente Popular”, acrescentou o parlamentar.

Novo na aliança pela disputa governamental, um líder tucano do interior do estado afirmou que a expectativa é a nova coordenação geral da campanha e de mobilização. Para ele, Renato Thièbaut, que agora foi alocado para a organização da corrida presidencial, não teve traquejo para engajar os pernambucanos. “Ele era muito frio e, às vezes, autoritário. Campanha meche com o povo e isso não pode acontecer, quanto mais gente envolvida melhor”, alfinetou. 

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