Humberto diz que tentativa de 'desgastar Lula foi barrada'

A convocação do ex-presidente Lula (PT) para depor na CPI do Carf foi rejeitada nesta quarta-feira (8)

por Giselly Santos qui, 08/10/2015 - 15:45

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, comemorou a rejeição do pedido para que o ex-presidente Lula (PT) fosse ouvido pela CPI que investiga irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O requerimento, votado nesta quinta-feira (8), foi impetrado pelo senador Ataídes Oliveira (PDSB-TO) e rejeitado por unanimidade. 

Para o petista, a convocação “não tem qualquer fundamento técnico ou jurídico e conexão com o objeto da CPI e visavam apenas a desgastar o PT, o Governo Federal e o ex-presidente Lula”. Além de Lula, o requerimento convocada o filho do ex-presidente Luís Cláudio e os ex-ministros Gilberto Carvalho e Erenice Guerra. 

“Esse jogo político deplorável feito por alguns integrantes da oposição, muitas vezes se valendo de alguns cargos em que deveriam exercer isenção, são uma afronta ao Estado de Direito. Sem qualquer respaldo técnico, eles travam uma batalha em todas as instâncias contra o Brasil e a favor do desgaste do Governo do PT. Até hoje, não aceitam o resultado democrático das urnas”, avalia.  

Os requerimentos tratavam das suspeitas de possível lobby feito por empresários do setor automobilístico para a aprovação de uma Medida Provisória (MP) que prorrogou por um ano incentivos fiscais ao segmento. A MP foi editada no governo do presidente Lula em 2009, mas originalmente foi criada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999.

“A MP foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados, onde foi relatada por um parlamentar de oposição, do DEM, e da mesma forma no Senado Federal, onde foi aplaudida pelos nossos adversários. Como é possível justificar a convocação do ex-presidente Lula para explicar um assunto que mobilizou, unanimemente, setores de todos os partidos?”, questiona Humberto. 

O senador ressaltou ainda que a MP não ampliou em nenhum centavo os incentivos fiscais já em vigor na época e que a matéria foi analisada rigorosamente pelo Legislativo. “Portanto, não há dúvida ou preocupação sobre isso. Também não se trata de tentar blindar pessoas para não virem aqui. O fato é que não há nada em relação a isso que caiba investigação por essa CPI. É factóide político”, explica o líder do PT. 

Na sessão desta manhã da CPI, além de Humberto, votaram contra os requerimentos, apreciados em bloco, José Pimentel (PT-CE), líder do Governo no Congresso Nacional, Donizeti Nogueira (PT-TO), Otto Alencar (PSD-BA) e Simone Tebet (PMDB-MS). 

COMENTÁRIOS dos leitores