Alepe: governo termina 2016 com R$ 1 bi de dívida

Os parlamentares verificaram no Portal da Transparência do Estado, que até o dia 31 de outubro, já existia um montante a pagar de R$ 959,3 milhões

por Thabata Alves ter, 13/12/2016 - 20:00
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Costa Filho mencionou a origem do recurso para o pagamento do 13° dos funcionários Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) discutiu, nesta terça-feira (13), o montante da dívida que a gestão estadual deixa ante os fornecedores este ano. Segundo os deputados da bancada, o governo Paulo Câmara termina o ano de 2016 com um débito de cerca de R$ 1 bilhão - montante que a gestão também deixou de dívida em 2015. 

Os parlamentares verificaram no Portal da Transparência do Estado, que até o dia 31 de outubro, já existia um montante a pagar de R$ 959,3 milhões. “Ao final de 2015, o Estado inscreveu como restos a pagar um montante de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 170,9 milhões ainda não foram pagos até agora. Isso por produtos e serviços prestados ainda no ano passado”, destaca o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB).

A deputada Priscila Krause criticou a dívida deixada pelo governo em 2015, frisando que o governo precisa equilibrar o caixa para evitar o saldo negativo. “O que salvou o Estado, foi a venda da folha de pagamentos, no valor de R$ 740 milhões, que foram injetados no caixa. Este ano estamos contando com o dinheiro do Refis e do repatriamento. O Governo vem sempre recorrendo a receitas extras para fechar a conta, mas não apresenta uma alternativa de redução de despesas para equilibrar o caixa”, questionou.

Corroborando com o discurso da deputada, Costa Filho mencionou a origem do recurso para o pagamento do 13° dos funcionários. “O 13º salário só está pago graças aos recursos da repatriação. E mesmo assim, caminhamos novamente para fechar o ano com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, apesar do pacote de aumento de impostos aprovado em 2015, que deveria render um reforço de caixa de quase R$ 500 milhões”, explicou.

Convocação – Diante do levantamento feito pela oposição, a bancada vai solicitar o comparecimento do Secretário da Fazenda, Marcelo Barros à Alepe para debater os débitos com os fornecedores.

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