Carlos Santana: "Fizemos um projeto para 8 anos e não 4"

Concorrendo novamente ao cargo de prefeito de Ipojuca, o tucano culpou a crise econômica pela derrota em outubro e disse que quer ser eleito para retomar o planejamento feito para a cidade em 2012, quando conquistou o comando da gestão

por Giselly Santos qui, 30/03/2017 - 08:00
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo Esta é a quarta vez que Santana disputa o cargo de prefeito de Ipojuca Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

Os eleitores de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), voltam às urnas no próximo domingo (2) para escolher quem vai assumir a administração da gestão municipal. Concorrendo ao cargo de prefeito pela quarta vez, Carlos Santana (PSDB) afirmou ao LeiaJá que pretende reassumir a gestão da cidade para completar o planejamento feito por ele em 2012, quando foi eleito pela primeira vez para comandar o município. 

“A campanha está muito acirrada, mas estamos fazendo a política que sabemos fazer e estamos inseridos na disputa com missões e propostas para dar continuidade a tudo aquilo que ficou no meio do caminho. Fizemos um projeto para oito anos e não apenas quatro”, destacou. Santana disputou a recondução ao cargo em outubro e chegou a ser considerado reeleito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), apesar de ter ficado em segundo lugar no quantitativo de votos válidos, mas o pleito foi anulado. 

Questionado sobre o que teria influenciado na derrota numérica dele em outubro, o tucano culpou a crise econômica do país. “Na verdade, o que aconteceu foi uma desaceleração de Suape e isso trouxe um reflexo forte no governo municipal. Tudo o que planejamos foi frustrado e isso interferiu na gestão”, observou. 

Para tentar recuperar a confiança da população ipojucana, o ex-prefeito disse que está “mostrando a população o perigo que ela está correndo apoiando uma pessoa que nunca trabalhou em nada” e fez críticas a principal adversária, Célia Sales (PTB). “Ela está percorrendo o mesmo erro dele [de Romero Sales], mentindo para a população. Como é que todo o material gráfico está sendo feito por uma empresa que entrou em falência? É uma coisa muito grave e estamos mostrando à população. E o fato do primo dela estar envolvido nesta questão de assaltos a bancos? Ele está sendo procurado pela polícia”, salientou o tucano. 

O marido de Célia, Romero Sales (PTB), foi quem concorreu em outubro contra Santana e venceu o pleito, mas teve a candidatura impugnada por improbidade administrativa.

Compra de votos

Já quanto à acusação da adversária de compra de votos, Santana disse que não procedia. “Foi uma armação que esta pessoa [ex-vereador Elias Francisco (PTB)]  fez com a gente. Foi uma montagem”, resumiu, afirmando que a sua equipe jurídica está cuidando do caso. 

No último dia 13, Célia entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral na Zona Eleitoral de Ipojuca alegando que Santana ofereceu vantagens financeiras ao ex-vereador Elias Francisco (PTB), mais conhecido como Elias da Varanda, em troca de apoio eleitoral. De acordo os advogados de Célia, o tucano ofereceu R$ 10 mil ao político e mais um emprego, caso seja eleito.

Prioridades e propostas

Ao LeiaJá, Carlos Santana disse que para “dar continuidade a tudo o que investiu”, caso ele seja eleito, pretende priorizar a educação. “Acreditamos que é o principal caminho de desenvolvimento, principalmente para a gente em Ipojuca, para que Suape volte a ser a mola propulsora do nosso município”, declarou.

Entre as propostas apresentadas para a área, está a consolidação do ensino integral no município, a construção de creches e a formação continuada dos profissionais de educação. Além das questões educacionais, Carlos Santana também prometeu que irá ampliar a oferta de oportunidade para a formação de mão de obra local, ampliar a rede de videomonitoramento da cidade, concluir as obras da Unidade de Pronto Atendimento (Upa) e fortalecer a transparência da gestão municipal.

Veja o programa de governo do tucano:

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