Pernambuco quer um novo governo, afirma Silvio Filho

O líder da oposição disse que a população acreditava que o governador Paulo Câmara fosse capaz de continuar o trabalho de Eduardo Campos, mas isso não se confirmou com o tempo

por Giselly Santos qui, 07/06/2018 - 08:44
LeiaJáImagens/Arquivo Segundo Silvio, a pesquisa mostra o que as ações do Pernambuco de Verdade já havia constatado LeiaJáImagens/Arquivo

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Sílvio Costa Filho (PRB) comentou a pesquisa feita pela Vox Populi, a pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), sobre o cenário político-eleitoral no Estado. De acordo com o parlamentar, os números registrados pelo estudo mostram que o governador Paulo Câmara (PSB), tem um “alto índice de reprovação” entre os pernambucanos. 

“Os números revelam um governo sem rumo, sem direção e cujas conquistas estão ficando para trás”, comentou Silvio Filho. “Este é um governo que não sinaliza uma reação. Pensávamos que ele fosse capaz de continuar o trabalho de Eduardo Campos, mas o tempo da emoção passou e o tempo da razão está batendo à porta”, completou o deputado, defendendo que uma candidatura de oposição pelo PT seria “boa para a democracia”.

Os dados da pesquisa não podem ser divulgados porque foi uma consulta interna feita pelo PT, sem registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), para basear a tese de candidatura própria da legenda ao Governo de Pernambuco. Segundo informações extraoficiais, o levantamento eleitoral aponta Paulo Câmara em terceiro lugar na disputa, perdendo para o senador Armando Monteiro (PTB) - nome que deve ser confirmado na próxima segunda-feira (11), como líder da chapa do movimento Pernambuco Quer Mudar - e a vereadora Marília Arraes (PT) - pré-candidata mais forte do PT. 

A candidatura ou não do PT será definida a partir de tratativas nacionais. A legenda quer consolidar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa pela Presidência da República, mas para isso tem pleiteado o apoio do PSB. Caso consiga, a postulação de Marília seria preterida, uma vez que os partidos se uniriam no mesmo palanque também em Pernambuco, fortalecendo a reeleição de Paulo Câmara. A definição oficial deve sair até julho. 

O deputado Edilson Silva (PSOL) também se manifestou em defesa de uma candidatura de Marília. “Qualquer tipo de manobra truculenta para tolher a possibilidade de uma candidatura do PT seria prejudicial não apenas ao campo de esquerda, mas à política”, analisou. Já o petista Odacy Amorim considerou que há interesse da legenda em se lançar à disputa pelo Governo do Estado, mas que o “interesse maior é de levar o ex-presidente Lula de volta à Presidência da República”.

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