Daniel: 'Lei da Ficha Limpa não poderia ser desmoralizada'

Para o deputado federal e candidato à reeleição, se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tivesse acatado a candidatura de Lula, condenados como Sérgio Cabral, Paulo Maluf e Eduardo Cunha poderiam voltar a disputar cargos públicos

por Giselly Santos sab, 01/09/2018 - 13:41
Júlio Gomes/LeiaJáImagens Daniel criticou postura do ministro Edson Fachin Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Deputado federal e candidato à reeleição, Daniel Coelho (PPS) avaliou, neste sábado (1º), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de indeferir a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquadrando-o na Lei da Ficha Limpa. Um dia antes, nessa sexta-feira (31), o presidente estadual do PPS havia cobrado uma definição “consistente” da Justiça Eleitoral para o caso. Para Daniel, se o TSE tivesse permitido Lula candidato seria a desmoralização da legislação vigente.

“Agora se restabelece a verdade para que as pessoas possam decidir sabendo quem pode ser candidato ou não. A Lei da Ficha Limpa não poderia ser desmoralizada independente de quem concorde ou não com o partido ou o candidato. A Lei é para todos”, argumentou o parlamentar.

Indagado sobre como observava a postura do PT de recorrer da decisão do TSE e insistir na candidatura de Lula, Daniel foi enfático: “Não posso avaliar do ponto de vista da estratégia do PT, eles têm direito a ter a estratégia que quiserem, acho ruim para democracia insistir em desmoralizar a Lei da Ficha Limpa”. 

“Esse debate não é sobre Lula, é sobre Lula, Cabral, Maluf, Eduardo Cunha. Todos aqueles condenados por corrupção. Se a gente desmoraliza a Lei da Ficha Limpa desmoralizamos para toda essa gama de políticos que erraram e estão pagando pelos seus crimes”, complementou. 

Daniel Coelho ainda fez uma crítica direta ao ministro Edson Fachin, único que votou a favor de Lula, chamando-o de “militante partidário” e disse que com o impasse jurídico envolvendo o petista, “a campanha estava se tornando um verdadeiro teatro”. “Uma candidatura que todos sabiam que era inelegível. Todos sabiam desse resultado, na verdade. Então não havia nenhuma surpresa no que ocorreu ontem. Acho que há um prejuízo na democracia quando se tem um candidato que não está na disputa”, observou.

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