Bruno Araújo: “Farei campanha para Jair Bolsonaro”

Após a derrota na disputa por uma vaga no Senado Federal, o ex-ministro das Cidades declarou apoio ao capitão da reserva

por Taciana Carvalho seg, 08/10/2018 - 15:45
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Em seu discurso após a derrota sofrida na busca em ocupar uma vaga no Senado Federal, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) anunciou o apoio ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O tucano falou que vai trabalhar para que a maioria da bancada federal vote no capitão da reserva. 

O ex-ministro das Cidades no governo Temer justificou dizendo que é preciso trabalhar por um projeto que proteja a sociedade de um retorno do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder. “Eu vou votar, apoiar e vou atuar no meu partido para ter o maior numero de adesões ao segundo turno no voto em Jair Bolsonaro. Qualquer que seja a posição, eu votarei e farei campanha para o Jair Bolsonaro e irei atuar dentro do PSDB para trazer a grande maioria da bancada federal do partido para votar e trabalhar por Bolsonaro”, revelou. 

Questionado se havia alguma possibilidade do PSDB apoiar o PT no segundo turno, Bruno falou que não acreditava nessa união. “Não acredito. O PSDB saiu muito menor do que entrou [nesta eleição] e qualquer momento nesse sentido significaria sepultar o partido”. Ele também ressaltou que é o momento da legenda sair de “cima do muro” e assumir posições políticas claras. “Se o PSDB continuar com arrodeios nos seus pensamentos vai continuar tendo problemas na conexão com o eleitor”, alertou. 

O candidato derrotado também falou que talvez tenha sido o único candidato a senador que colocou em suas inserções discursos duros contra o PT. “Todos que me conhecem sabem com que proposta entrei nesta eleição, de marcar um posicionamento político e ele foi crescendo, sobretudo minha posição anti-PT ao longo da campanha”. 

“A gente tem um histórico de enfrentamento ao PT. Fiz oposição durante 12 anos ao PT, inclusive quando o PT tinha 80% de aprovação. Participei ativamente do processo de impeachment da presidente Dilma, que aliás pela chancela popular se confirma a chancela no Congresso Nacional: o povo disse não a Dilma, está fora do Congresso uma ex-presidente da República”, complementou. 

Bruno ainda pontuou que o lulismo é presente em Pernambuco, mas que agora está “carcomido” por outro movimento ideológico. “O lulismo foi onipotente, hoje o lulismo não é mais suficiente”, disse.

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