Maduro já havia recusado convite para a posse de Bolsonaro

Detalhe foi revelado pelo chanceler venezuelano Jorge Arreaza que usou o Twitter, nesse domingo (16), para mostrar um documento que convidada o presidente da Venezuela para a posse brasileiro e a recusa de Nicolás Maduro de participar do evento

por Jameson Ramos seg, 17/12/2018 - 09:57

O chanceler venezuelano Jorge Arreaza, desmentiu por meio de seu Twitter que o presidente da Venezuela Nicolás Maduro não havia sido convidado para a posse do presidente brasileiro eleito Jair Bolsonaro (PSL). Para comprovar, o chanceler fixou dois comunicados diplomáticos, mostrando que Maduro havia sido, sim, convidado para a cerimônia, mas que não tinha aceitado o convite.

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A declaração de que maduro não viria para a posse, que acontecerá no dia 1º de janeiro de 2019, foi dada no último domingo (16) pelo futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que disse: "não há lugar para Maduro numa celebração da democracia".

A  fala de Ernesto também havia sido feita pelo Twitter. Compartilhando a publicação do seu futuro ministro, Jair Bolsonaro disse também na rede social que "naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado [o do PT] nas eleições, não estarão na posse presidencial em 2019".

No entanto, o que mostra o comunicado diplomático é que o presidente da Venezuela foi quem recusou, inicialmente, o chamado para participar da posse de Bolsonaro. "O governo socialista, revolucionário e livre da Venezuela não assistiria jamais a posse de um presidente que é a expressão da intolerância, do fascismo e de entrega dos interesses contrários a integração latinoamericana e caribenha", respondeu Maduro ao convite.

O Ministério de Relações Internacionais confirmou, em nota, que o convite foi feito por recomendação da equipe do presidente eleito e, depois, desfeito. "Sobre os convites, inicialmente, o Itamaraty recebeu do governo eleito a recomendação de que todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas deveriam ser convidados e assim foi providenciado. Em um segundo momento, foi recebida a recomendação de que Cuba e Venezuela não deveriam mais constar da lista, o que exigiu uma nova comunicação a esses dois governos", esclareceu o texto.

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