Presidente do PT-PE, Bruno Ribeiro, renuncia ao cargo
O ferrenho defensor do ex-presidente Lula disse que vai voltar a se dedicar à advocacia
Sem muitas explicações, o presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco (PT-PE), Bruno Ribeiro, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (11). O petista contou que voltará a exercer a advocacia. Assume interinamente Glaucus Lima, primeiro vice-presidente.
Ribeiro afirmou que pode contribuir mais “às ameaças fascistas” como advogado do que como dirigente. “Tenho clareza de que, nessa fase do País, poderei contribuir mais na resistência às ameaças fascistas aos direitos como advogado do que como dirigente partidário”.
Na carta protocolada por volta das 11h, o petista continua alfinetando a direita ressaltando que a legenda se colocou “estrategicamente posicionada” na articulação dos partidos de centro-esquerda não somente do Estado como a nível nacional. “O que é indispensável para a necessária resistência unificada a uma extrema-direita grotesca que assumiu o poder, se valendo de arbitrariedades como a prisão de Lula e de adulterações, inclusive por vias digitais, da vontade popular”.
“Lula livre era a minha prioridade maior como dirigente do PT. Lula livre continuará a minha prioridade central como advogado, como cidadão e como militante petista”, destacou em outro trecho do documento.
Bruno assumiu a presidência em dezembro de 2015 sendo reeleito em maio de 2017. Entre as entrevistas concedidas ao LeiaJá, ele polemizou ao garantir que Lula não tinha como ser preso. A declaração aconteceu quatro dias antes do ex-presidente se entregar à Polícia Federa, no dia sete de abril de 2018.
Em outra conversa, ele chegou a dizer que sentia “uma vergonha indignada” de alguns políticos e de até magistrados citando Gilmar Mendes e o então juiz Sérgio Moro. “São militantes partidários na função de juízes”, disparou certa ocasião.