PUC fará tribunal simbólico para julgar atos de Bolsonaro
Evento é organizado por um coletivo composto por professores e estudantes da universidade, localizada no estado de São Paulo
Um coletivo formado por estudantes, professores e demais trabalhadores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) organiza um julgamento simbólico das ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de covid-19. O “Tribunal do Genocídio”está previsto para acontecer entre 8h30 e12h do dia 25 de novembro e contará com a presença da desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Kenarik Boujikian, que fará as vezes de magistrada.
Também participarão do evento a ex-procuradora Geral da República Débora Duprat, que fará a acusação, e o advogado Fabio Tofic Simantob, responsável pelo papel de defesa do presidente. A iniciativa é apoiada pela reitoria da instituição e ocorrerá no Tuca, teatro da universidade, com adoção de protocolos sanitários.
“A sociedade não pode ficar observando a tragédia. [...] Impõe-se a necessidade da instalação imediata de um Tribunal para julgar os atos e omissões dos responsáveis pelas mais de 590 mil mortes no Brasil em razão da pandemia de Covid-19. A grande maioria das vítimas veio a óbito porque os responsáveis pela administração pública federal adotaram uma política negacionista, irresponsável e desumana", diz a nota dos organizadores do evento.
O julgamento será transmitido pela TV PUC. Até o dia 24 de novembro, organizações da sociedade civil podem constituir assistentes da acusação e apresentar informações.