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O Departamento de Engenharia Industrial (DEI) do Centro Técnico Científico - PUC-Rio, abre processo seletivo para contratação de docente do quadro principal com dedicação exclusiva. A vaga é voltada para atuação nas áreas de pesquisa de Operações e Negócios em Engenharia (ONE) e Pesquisa Operacional (PO). 

As inscrições devem ser feitas via e-mail até ao dia 1 de novembro de 2022, com o assunto “PROCESSO-SELETIVO”, aos cuidados de Fernanda Frias (flf@puc-rio.br). O processo seletivo inclui envio da documentação, que estão listadas no edital, reunião com a Direção do DEI, apresentação de projeto de pesquisa e avaliação oral das habilidades didáticas com perguntas ao final. 

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O Departamento de Engenharia Industrial procura um candidato para aulas na graduação e pós-graduação, com perfil proativo em pesquisa, publicação científica e internacionalização, capaz de desenvolver sua linha de pesquisa de forma rápida e independente. Durante o processo, também será avaliado como o candidato se insere no DEI em termos de pesquisa e ensino.

A candidata do PSTU à Presidência da República, Vera Lucia, votou na manhã de domingo (2) em São Paulo, na PUC do bairro do Ipiranga. A candidata aproveitou a oportunidade para fazer um balanço de sua campanha e agradecer a seus militantes.  “Fizemos uma campanha bonita, nas ruas, nas portas das fábricas, nos canteiros de obras, nos bairros populares, nos quilombos e territórios indígenas, nas escolas e nas universidades, apresentando uma alternativa independente, revolucionária e socialista, com um programa que aponta medidas concretas aos problemas mais sentidos pela nossa classe”, disse a candidata do PSTU.

  Ela falou sobre as dificuldades de fazer uma campanha de enfrentamento a candidatos financiados por bilionários ou contra projetos de conciliação de classes. “Só um programa, que enfrente os super-ricos, de forma independente, poderá acabar com a fome, o desemprego, a vergonhosa desigualdade social e conquistar soberania para o país”, argumentou em meio a agradecimentos à militância de seu partido, “que fez essa campanha com a garra e coragem de quem sonha e luta por um Brasil justo e igualitário”. 

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“Quero agradecer a cada voto que receberemos no dia de hoje. Pois cada voto é um tijolo na construção de uma alternativa socialista e revolucionária para o Brasil. Cada voto é um passo adiante na derrota, para valer, da ultradireita e, também, das mazelas que, há 500 anos, nos condenam a uma vida sob a exploração e a opressão”, completou.

Um coletivo formado por estudantes, professores e demais trabalhadores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) organiza um julgamento simbólico das ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia de covid-19. O “Tribunal do Genocídio”está previsto para acontecer entre 8h30 e12h do dia 25 de novembro e contará com a presença da desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Kenarik Boujikian, que fará as vezes de magistrada.

Também participarão do evento a ex-procuradora Geral da República Débora Duprat, que fará a acusação, e o advogado Fabio Tofic Simantob, responsável pelo papel de defesa do presidente. A iniciativa é apoiada pela reitoria da instituição e ocorrerá no Tuca, teatro da universidade, com adoção de protocolos sanitários.

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“A sociedade não pode ficar observando a tragédia. [...] Impõe-se a necessidade da instalação imediata de um Tribunal para julgar os atos e omissões dos responsáveis pelas mais de 590 mil mortes no Brasil em razão da pandemia de Covid-19. A grande maioria das vítimas veio a óbito porque os responsáveis pela administração pública federal adotaram uma política negacionista, irresponsável e desumana", diz a nota dos organizadores do evento.

O julgamento será transmitido pela TV PUC. Até o dia 24 de novembro, organizações da sociedade civil podem constituir assistentes da acusação e apresentar informações.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) abriu processo seletivo para os cursos de pós-graduação stricto sensu. As inscrições vão até o dia 23 de abril, por meio do site da instituição de ensino.

A previsão de início das aulas é para o segundo semestre de 2021. No total, são 49 cursos com vagas, sendo 25 de mestrado acadêmico, quatro de mestrado profissional e 20 de doutorado

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. De acordo com as normas da PUC, a isenção da taxa de inscrição é concedida aos alunos que concluíram graduação, especialização ou mestrado na universidade, assim como os estudantes concluintes de 2021.1. Análise curricular é uma das etapas do processo seletivo. Mais informações podem ser obtidas no site da PUC-SP.

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) está com inscrições abertas para cursos de especialização e MBA, oferecendo abatimento de 20% em todas as mensalidades para aqueles que se inscreverem até o dia 20 de janeiro. São ofertadas opções nos segmentos de direito, economia, educação, Comunicação, artes, Ciências Humanas, Saúde e línguas.

A instituição oferta três novas capacitações em 2021, que são Transformação Digital, Mobilidade Urbana: Projeto e Gestão Sustentável e Museologia, Cultura e Educação. O curso Transformação Digital - direcionado a profissionais de Comunicação, design, engenharia, negócios, tecnologia e outros que tenham interesse no assunto –. “A transformação digital não é um modismo. Tampouco se resume a realizar investimentos desconexos em hardware e software. Ela acontece quando uma organização cria e implementa uma estratégia de uso desses recursos para fazer melhor o que já faz ou iniciar um caminho novo. Não se trata, portanto, de um curso focado em apenas um aspecto da transformação digital, pois ela só acontece efetivamente se há o desenvolvimento de todas essas frentes na empresa, envolvendo todas as áreas”, assegura o coordenador do curso, o professor David de Oliveira Lemes.

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Nas aulas, serão utilizadas várias metodologias de ensino, conforme informa o professor, segundo a assessoria de imprensa da PUC, como sala de aula invertida, debates, aprendizagem baseada em projetos e problemas, big data e análise de dados, criptomoedas e blockchain, Internet das coisas, marketing digital, entre outros.

A capacitação de Mobilidade urbana: Projeto e Gestão Sustentável conta com conhecimentos técnicos, gerenciais, administrativos e legais para entendimento dos problemas da mobilidade urbana e identificação de oportunidades com projetos que possam colaborar para o desenvolvimento urbano com sustentabilidade e inclusão social nos municípios. Já o curso de Museologia, Cultura e Educação sugere reflexões teóricas e práticas acerca do museu contemporâneo e a sociedade. Todas as informações sobre as capacitações podem ser encontradas no site da instituição de ensino

Professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Belo Horizonte, é acusada de ter feito comentários racistas em sala de aula contra um aluno. As ofensas foram registradas por um estudante que costuma gravar áudios das aulas.

Na gravação, a docente manda o aluno cortar o cabelo e em seguida, dispara: “Fedor danado”. “Vai trabalhar! Tira aquele chinelo e vai ralar. Já corta o cabelo e vê se lava. Um fedor danado”, diz a professora.

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Estudante de psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Caíque Belchior, vítima das ofensas racistas, foi à PUC para divulgar um congresso realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Em entrevista à Rede Record de televisão, o estudante afirmou que não se sentiu surpreso com o fato, pois, segundo ele, é normal que casos de racismo ocorram em universidades privadas.

“A gente já está acostumado porque o racismo é algo estrutural do Brasil. Então, quando a gente chega em um ambiente universitário de elite dessa maneira, ainda mais em uma instituição privada, que tem professores que tem muito dinheiro, é normal que algo dessa maneira aconteça”, disse Belchior.

Ao LeiaJá, a Universidade afirmou que “prefere não comentar o assunto” e assegurou que “as medidas administrativas com relação à professora já foram tomadas”.

 

Um aluno relatou à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) ter sido agredido por policiais militares durante uma ação na rua Ministro Godoi, em Perdizes, na noite desta segunda-feira, 18. A agressão aconteceu nas imediações da universidade, localidade conhecida pelos bares e festas promovidas pelos estudantes. A Secretaria da Segurança Pública orientou que a denúncia seja feita à Corregedoria da Polícia Militar.

De acordo com a PUC, a recepção aos novos alunos foi realizada normalmente na segunda, no interior do câmpus Monte Alegre, sem o registro de incidentes. "No final da tarde desta terça, recebemos o relato de um aluno informando que foi agredido por policias militares quando estava do lado de fora da Instituição, na Rua Ministro Godoi, após às 23 horas."

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A instituição disse ter orientado o aluno a registrar um boletim de ocorrência e lamentou o ocorrido, reiterando que "repudia toda e qualquer forma de violência contra membros de sua comunidade universitária e da sociedade". À Folha de S.Paulo, um estudante relatou as agressões. "Foi na terceira volta que fui espancado (Ele disse que os policiais deram três voltas para dispersar o grupo). Fui ajudar um amigo meu que começou a apanhar do nada e acabei espancado junto. Esse meu amigo perdeu os óculos e o celular no tumulto", disse o estudante, acrescentando que a tropa chegou ao local "jogando spray de pimenta em todo mundo".

A Polícia Militar disse que a operação realizada na segunda contou com a "parceria da reitoria da PUC, da Guarda Civil Metropolitana, da Subprefeitura da Lapa, Psiu e demais órgãos municipais". O objetivo seria a "prevenção de distúrbios civis para desobstruir vias e impedir atos de vandalismo". "Em relação às denúncias, esclarece que essas podem ser feitas diretamente na Corregedoria da Instituição ou na sede do 4º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano."

RIO DE JANEIRO - A vice-reitoria para assuntos comunitários e o Departamento de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) instauraram uma comissão disciplinar para investigar denúncias de racismo cometidas por alunos de Direito durante os Jogos Jurídicos 2018, realizados em Petrópolis, na região serrana.

Em nota, a universidade explica que vai apurar as denúncias e apresentar um relatório em até 15 dias. "(...) Caso confirmada a veracidade, a apuração e individualização das responsabilidades de membros do corpo discente. A Comissão Disciplinar será composta pelos professores Breno Melaragno, professor de Direito Penal, Job Gomes, professor de Direito do Trabalho e de Direito Desportivo, e Thula Pires, coordenadora do NIREMA (Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente) e professora de Direito Constitucional, e terá prazo de quinze dias para elaboração de relatório".

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De acordo com coletivos negros da Uerj, UFRJ e UFF, no sábado (2), um integrante da liga Atlética PUC-Rio arremessou uma banana contra um jogador negro da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Já no domingo (3), as entidades revelaram que membros da delegação da PUC-Rio imitaram macacos para ofender alunos da Uerj durante uma partida de basquete e chamaram uma aluna do time de handebol da UFF de 'macaca'.

Internautas criticam liga atlética da PUC-Rio envolvida em episódio de racismo. Foto: Facebook/reproduçãoO caso neste fim de semana e ainda está repercutindo nas redes sociais. A última postagem na página da liga atlética de direito da PUC-Rio, sobre a convocação para o torneio, está recebendo dezenas de críticas dos internautas.    

O atual prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que é pai de uma das alunas do time de handebol da UFF do qual vítima faz parte, publicou em sua página no Facebook um vídeo da manifestação realizada em uma das partidas, após o caso (assista ao final da matéria).

Mais de 50 entidades, entre diretórios centrais estudantis (DCEs), ligas atléticas, conselhos disciplinares de diversas universidades assinaram um nota de repúdio sobre o episódio. "Casos como este também evidenciam o ciclo de reprodução do racismo no sistema jurídico brasileiro, que forma "profissionais" que imprimem o racismo em seus veredictos. Não podemos mais tolerar o racismo nem nenhum tipo de opressão nos jogos universitários. Todo apoio aos negros e negras que se encontram nos Jogos Jurídicos. Povo negro unido é povo negro forte", diz a nota.

O DCE e a liga atlética da PUC-Rio ainda não se pronunciaram. A Liga Jurídica Estadual, organizadora do torneio, decidiu punir a universidade com a perda do título, além de vetar a participação nos jogos de 2019. Confira a íntegra da decisão: 

NOTA OFICIAL

A Liga Jurídica Estadual do Rio de Janeiro vem a público manifestar-se sobre os três episódios de injúria racial cometidos durante a edição dos Jogos Jurídicos Estaduais de 2018 ,em Petrópolis/RJ.

No sábado, depois da partida futebol entre PUC-Rio e UCP, uma integrante da torcida da PUC jogou uma casca de banana na direção de um atleta negro da UCP. 

No domingo, após a final do basquete masculino entre PUC-Rio e UERJ, integrantes da torcida da PUC-Rio imitaram macacos diante dos torcedores negros da UERJ e, mais tarde, torcedores da PUC-Rio, novamente, chamaram uma atleta de handebol da UFF de macaca.

A Liga repudia veementemente os atos praticados, porém, diante da gravidade dos fatos relatados, tem consciência de que repudiar não é suficiente.

Portanto, em reunião extraordinária realizada na madrugada de segunda-feira, em conjunto com o movimento Jogos Sem Racismo, a Liga decidiu, por unanimidade, acatar a sugestão de penalidades encaminhadas pelo movimento a serem aplicadas à PUC-Rio, de acordo com os artigos 33 e 34 do Estatuto da Liga. As punições são as seguintes:

1. A PUC-Rio, que havia terminado a competição com o maior número de pontos da competição pela primeira vez, foi punida com a perda de 12 pontos, sem, contudo, retirar os resultados esportivos das equipes e das modalidades individuais, em respeito aos atletas;

2. Excetuando-se as competições em que os seus atletas já estão inscritos, a PUC-Rio não poderá participar de quaisquer competições ao longo de 2018; e 

3. A PUC-Rio não participará dos Jogos Jurídicos Estaduais do Rio de Janeiro em 2019.

A Liga e o movimento Jogos Sem Racismo decidiram também que, diante dos atos praticados, a edição de 2018, não consagrará nenhuma faculdade participante como campeã geral, mantendo-se apenas os resultados das modalidades em respeito aos atletas participantes.

A atlética da PUC-Rio se comprometeu a colaborar com a identificação dos agressores e prestar auxílio jurídico às vítimas dos crimes cometidos.

Por fim, a Liga se compromete a criar canais de comunicação e diálogo com o movimento Jogos Sem Racismo e os coletivos negros de cada faculdade a fim de que o período de suspensão da PUC-Rio seja um ano de trabalho intenso de didática antirracista a fim de que casos como os ocorridos nos últimos jogos não se repitam e os jogos se tornem mais inclusivos para todos os atletas e torcedores negros de todas as faculdades participantes.

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O ex-lateral-esquerdo Marco Antônio Penachini, mais conhecido como Billy, iniciou sua carreira dentro dos gramados em 2013, quando foi contratado pelo Brasil-Pel, contudo a partir deste período o jogador acumulou uma série de graves lesões. 

Durante uma pré-temporada com o Brasil de Pelotas, em 2013, Billy caiu de mau jeito e rompeu o ligamento cruzado do joelho, se recuperou, e ao voltar, sofreu uma nova ruptura no mesmo local e precisou de mais um semestre afastado. Depois, já em 2016 sofreu mais uma lesão. A partir daí, Billy resolveu dar um outro rumo a sua vida profissional. Em entrevista ao jornal Zero Hora', o ex-atleta explicou a sua decisão.

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"Estava sempre bem, jogando bem e aí lesionava. Isso me fez tomar uma decisão. Usei a dedicação dos treinos de futebol para os estudos, para tentar entrar no curso de Medicina. No meio do ano (2017), não fui chamado, mas fui bem. Aquilo me deu uma injeção de ânimo. Passei a estudar mais e deu certo. Tinha 43 candidatos por vaga. Fiquei na lista de espera e fui chamado. Obviamente, fiquei muito feliz", disse.

De acordo com Billy, os seus futuros colegas de curso na PUC-SP, do Campus Sorocaba, também ficaram feliz com a aprovação do ex-jogador. "Mal entrei na faculdade e o pessoal da Atlética (Atlética Medicina - time da universidade) já tinha me chamado para jogar no time. Não tem jeito, não dá para desligar do futebol totalmente", contou ao jornal.

O casal de amigos conversa no corredor da faculdade enquanto ambos caminham. Calças jeans rasgadas, tênis, livro na mão. Falam sobre como inserir a Revolução Francesa em um trabalho - mas não dá para ouvir o fim da conversa. Juntos, rapaz e moça entram no mesmo banheiro e continuam o papo.

A cena ocorreu nesta segunda-feira, 14, na tradicional Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, em Perdizes, zona oeste. A instituição estreou seu primeiro banheiro unissex, dizendo que a medida não é voltada a nenhum público específico e sim à comunidade como um todo.

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O banheiro unissex é um dos toaletes espalhados pelo câmpus. Fica no primeiro andar do chamado prédio novo, diferenciado apenas por uma placa com desenhos de um homem e uma mulher estilizados.

A estudante de Letras Luana Gonçalves, de 19 anos, aprovou a medida, que, segundo ela, atendeu pedido da comunidade acadêmica. "O bom é que a reitoria não anulou os banheiros masculino e feminino. Ela manteve, mas criou esse novo, para quem quiser usar", disse. Para Luana, a nova instalação é uma "evolução" que fará bem ao meio acadêmico. Ela disse ainda não acreditar que o banheiro será usado apenas pela comunidade LGBT da PUC. "Todo mundo vai usar."

Sua amiga, a também estudante de Letras Beatriz Frade Inácio, de 21 anos, afirma ter lido comentários negativos à iniciava nas redes sociais. "São de meninas que ficaram com medo de assédio, mas a maioria aprovou." Beatriz destacou que quem não quiser não precisa usar o unissex e lembrou que nas baladas o formato é comum.

Em sua página no Facebook, a PUC afirma que, de olho na diversidade de sua comunidade, "composta por alunos, professores e funcionários, buscou contemplar a todos" com o banheiro. "Esse sanitário é de uso comum, não direcionado a um público específico." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dezenas de estudantes, juristas de diversos matizes e políticos do PT lotaram um auditório na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) na noite desta segunda-feira, 14, para o lançamento do livro "Comentários a Uma Sentença Anunciada - O Processo Lula". A obra reúne textos de mais de 100 colaboradores em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a sentença do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, que condenou o petista a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).

Os atos de lançamento do livro são uma das plataformas escolhidas por Lula e pelo PT para fazer a defesa do petista na Lava Jato e defender o direito de o ex-presidente disputar a eleição presidencial do ano que vem. Se tiver a condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Lula cai na Lei da Ficha Limpa e ficará inelegível.

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A noite na PUC-SP seguiu roteiro semelhante ao do primeiro lançamento, realizado na sexta-feira, 11, no Rio de Janeiro.

Os oradores se revezaram durante mais de duas horas em críticas aos supostos abusos da Lava Jato e a Moro (algumas em tom pessoal), sob o argumento de que faltam de provas contra o petista. Também foram feitas defesas do estado democrático de direito, que estaria em risco, segundo alguns presentes, desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, no ano passado.

O advogado Alberto Toron, que defende o senador tucano Aécio Neves (MG) na Lava Jato, chamou o impeachment de Dilma de "golpe". "O que ocorre na Operação Lava Jato é um escárnio de abusos e vilipêndios", disse Toron.

Segundo ele, Moro teve papel direto no impeachment de Dilma ao divulgar "interceptação ilícita" na qual Dilma e Lula combinam detalhes sobre a posse do ex-presidente como ministro da Casa Civil (que acabou barrada pelo Supremo Tribunal Federal). "Ele, juiz, passou a ser militante a favor do golpe", afirmou.

O professor emérito da PUC-SP Celso Antonio Bandeira de Mello chegou a chamar Moro de "do mal" e "louco" e sugeriu que o juiz teria vínculos com o PSDB.

Em uma das poucas intervenções técnicas, o constitucionalista Pedro Serrano disse que o Judiciário exerce na América Latina o papel de "agente de exceção". Segundo ele, a Constituição de 1988 tem sido esvaziada ao longo dos anos para se adaptar aos interesses do "novo modelo de produção". "São medidas de exceção. Não temos mais um governos de exceção. São práticas autoritárias tentando vestir a roupa da democracia", disse ele.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que tem sido preparado pelo PT para ser o vice de Lula ou o candidato caso o ex-presidente seja impedido, puxou o grito "Lula 2018" e conclamou as pessoas que não votam no PT mas defendem a democracia. "Se amanhã um tucano vier a ser condenado injustamente pode contar com a minha presença", disse.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que tem 18 clientes na Lava Jato, entre eles os senadores Edison Lobão (PMDB-MA) e Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou enxergar um espaço para a "virada" com a "investigação de pessoas que não estavam acostumadas a ser investigadas".

Apesar do forte tom político do evento, as organizadoras do livro, Gisele Cittadino e Carol Proner, negaram que o objetivo seja eleitoral. "É má-fé dizer uma coisa dessas", disse Carol.

Questionada por que então o livro só foi publicado depois da sentença contra Lula, apesar de a Lava Jato ser alvo de críticas há anos, Gisele explicou: "Não é somente algo sobre o Lula. A sentença recai sobre o direito à soberania popular (pela possibilidade de tirar Lula da disputa em 2018). Neste sentido Lula não é uma pessoa qualquer".

Na caravana pelo Nordeste que começa nesta quinta-feira, 17, Lula vai participar de atos de lançamento do livro em três capitais. Existem eventos marcados em ao menos outras 20 cidades do Brasil. A edição foi traduzida para o inglês e estão programados atos em Buenos Aires, Lisboa e Paris.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) firmou 14 compromissos em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ontem (15). O documento foi elaborado em resposta às ofensas raciais veiculadas no Facebook e Whatsapp contra duas universitárias. Os atos de racismo foram feitos por estudantes do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de Campinas.

O TAC teve duas partes: uma retributiva, que visa o pagamento em dinheiro ao Fundo Público, e a outra parte será voltada à justiça restaurativa, punição que será liquidada com 120 horas de estudo sobre o tema da igualdade racial. Para a elaboração do TAC, o MPSP convidou a comunidade negra e grupos de combate ao racismo.

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Os estudantes terão que pagar uma multa de indenização de danos morais coletivos no valor de R$ 2 mil reais, que serão revertidos ao Fundo de Valorização da Comunidade Negra do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de Campinas e ao Fundo Estadual da Promoção de Igualdade Étnica. 

A promotora de Justiça, Cristiane Corrêa de Souza Hillal, espera que as punições aplicadas sirvam de material didático para evitar este tipo de situação. “Pretende-se gerar, dessa vivência, documentário, cartilhas, panfletos e materiais em geral que serão multiplicados nas escolas públicas e demais órgãos, com o retrato desse processo de amadurecimento do indivíduo no espaço coletivo”, diz.

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) estão convocando, no Facebook, um protesto contra o presidente Michel Temer para este domingo, 2. Temer vota no prédio da PUC, que fica a cerca de oito quilômetros da sua casa na capital paulista.

Na rede social, o evento "Temer não votará" convoca um protesto, descrito como "de caráter simbólico em defesa da democracia", para a partir das 8h. Segundo assessores, está previsto que Temer vote por volta das 11h, mas esse horário pode mudar, dada a imprevisibilidade da agenda do presidente.

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O repasse de recursos referentes ao Fundo de Investimento de Estudantes do Ensino Superior (Fies) tem sido, nos últimos meses, um fator de muitas dúvidas sobre o futuro para diversas universidades do País. Tudo isso porque o não pagamento reflete diretamente nos estudantes beneficiários do programa, que não possuem condições de arcar com uma mensalidade.

A Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo, cogita deixar o financiamento, caso não receba verba até o final de 2017. A instituição aguarda o repasse equivalente a cerca de R$ 8 milhões do Ministério da Educação (MEC), de julho até setembro, que beneficiam 1028 alunos matriculados. Em nota oficial, publicada nesta terça-feira (27), após reunião com representantes de entidades e instituições de ensino superior privadas e comunitárias, organizações estudantis e estudantes beneficiários, a PUC ressalta apreensão em relação ao atraso de três meses no repasse do programa.

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“A falta desses repasses traz consequências danosas para os alunos e demais setores do ensino superior do país”, a PUC, reiterando a esperança nos senadores e deputados federais para que eles votem, no dia 4 de outubro, pela liberação dos recursos por meio do PLN Nº 08, que consiste na liberação de crédito suplementar de cerca de R$ 700 milhões para o Fies. "A formação dos nossos futuros profissionais depende agora da atuação responsável de cada parlamentar com a continuidade do desenvolvimento da educação universitária do Brasil", consta na nota publicada pela PUC. 

O projeto de lei sugere o cancelamento parcial de reserva de contingência financeira do governo – quantia que fica reservada a emergências que não tinham sido previstas no orçamento. Por meio de nota publicada no G1, o MEC informou que a atual de Michel Temer e do ministro da Educação Mendonça Filho encontrou o Fies “sem orçamento para o pagamento da taxa de administração dos agentes financeiros do Fies, responsáveis pela contratação e aditamentos”. Segundo o texto, o orçamento da operação foi cortado pelo governo anterior de R$ 800 milhões para R$ 267 milhões. "Para resolver essa situação, a atual gestão enviou um projeto de Lei para o Congresso, visando garantir o orçamento necessário para este fim. O PL está tramitando e a previsão é que entre na pauta de votação ainda este mês. A partir da aprovação deste PL, o FNDE poderá assinar os contratos com os agentes financeiros e abrir os aditamentos do 2º semestre de 2016. E, com isso, resolver os repasses para os contratos com saldo devedor", complementa a nota do Ministério publicada no G1.

Efetivado por lei em 2001, o Fies é um programa do governo federal que possibilita aos estudantes de baixa renda o ingresso em cursos de universidades privadas credenciadas. Depois de concluírem o curso, os alunos têm 18 meses de carência para começar a quitar a dívida, com um valor mínimo de até R$ 150 a cada trimestre, como forma de reposição da quantia que o governo investiu.

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Estudantes do "Brazilian Education Program for iOS Development (BEPiD)", programa para capacitação em tecnologias iOS oferecido pela Pontífícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), desenvolveram o aplicativo "Meu Deputado". A ferramenta mostra os gastos dos deputados federais mensalmente. O serviço está disponível na App Store gratuitamente.

Nele, é possível identificar onde foi investida a verba destinada aos políticos, como divulgação, combustível, passagens áreas, hospedagem, entre outros.

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A ideia é fornecer acesso simples as informações. A ideia surgiu após os alunos serem incitados a desenvolver um aplicativo que compreendesse uma problemática da sociedade. A política, então, foi o caminho escolhido.

O aplicativo também permite que o usuário acesse as notas fiscais referentes aos gastos dos parlamentares. Uma das opções é enviar um e-mail questionando sobre o destino dos recursos públicos. Todos os dados disponibilizados no serviço são públicos e atualizados mensalmente. Por enquanto, a ferramenta está disponível apenas para aparelhos com o sistema iOS. Baixe aqui.

Aos aproximar-se dos 70 anos - a serem completados no mês de agosto - a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) continua vocacionada a ser um palco importante no debate político nacional. Na noite desta terça-feira, 22, cerca de 300 estudantes participaram de uma assembleia na "prainha" (pátio localizado entre os dois prédios da universidade). Na pauta, a reação, considerada "mole", da reitoria ao confronto entre estudantes e a Polícia Militar na noite de segunda-feira, 21.

Paralelamente ao ato, a instituição promovia uma missa em comemoração ao seu aniversário com participação do cardeal dom Odilo Scherer. A expectativa dos estudantes era constrangê-lo com um jogral na frente da capela, mas as deliberações demoraram o bastante para o cardeal ter tempo de encerrar a missa. O jogral foi então realizado em frente ao Tuca Arena - onde ainda ocorriam festividades sem a presença do religioso.

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A deliberação sobre a manifestação foi atravancada por longas discussões sobre o impeachment e o fim da Polícia Militar. Além disso, um estudante tomou a palavra e, ao se posicionar a favor do impeachment, fez comentários machistas que quase terminaram em agressão. O rapaz foi retirado da prainha pelos próprios estudantes.

Após discutirem por cerca de 30 minutos se deveriam continuar os debates dentro da PUC ou seguirem para a rua - com propostas de fechar as avenidas Francisco Matarazzo ou Sumaré, o grupo seguiu para a Matarazzo. Por aproximadamente 10 minutos fecharam parcialmente a via e gritaram palavras de ordem pedindo o fim da PM e dizendo não ao golpe. N o caminho, moradores da região reagiram de forma equilibrada com panelaços, mas também aplausos ao ato.

Manhã

De manhã, um ato parecido aconteceu em frente à universidade. A pauta foi a mesma: "Em nota, a reitoria lamentou o ocorrido. Como assim 'lamentou'? Os estudantes dessa instituição são agredidos pela Polícia Militar e a PUC só lamenta? Nós exigimos um posicionamento mais firme da instituição", disse o estudante de Direito, Vitor Bastos, 22 anos. "A PUC precisa honrar sua própria história", completou.

Segundo os alunos que estavam presentes à assembleia da manhã, a história da noite de segunda-feira lembrou o pior dos anos de chumbo. "Teve bomba, gás pimenta, bala de borracha e ataques ao próprio prédio da instituição". O entrevero começou quando um grupo simpático ao governo Dilma tentou discursar em cima do caminhão de som onde alunos da FEA-PUC (faculdades de Direito, Administração e Economia) falavam a favor do impeachment. A partir daí, os empurrões acabaram se intensificando e a polícia agiu formando um cordão de isolamento entre os grupos. Não demorou para que a situação saísse do controle. A foto de um PM atirando contra o prédio da PUC espalhou-se pelas redes sociais - causando ainda mais revolta entre estudantes e professores.

Mas o embate teria nascido dentro da própria instituição. Durante o ato realizado no TUCA em defesa da legalidade institucional, na quarta-feira da semana passada, intelectuais, juristas e políticos se manifestaram contra o impeachment. O evento contou com a participação de nomes importantes da esquerda, como a filósofa Marilena Chauí e o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos. Os organizadores consideraram o encontro um sucesso. Além do teatro lotado, estudantes e interessados ocuparam a Rua Monte Alegre para acompanhar o ato por meio de um telão.

Os apelidados "pessoal do prédio novo", alunos de economia, direito e administração (que ocupam as salas de aula do chamado "prédio novo da PUC"), no entanto, teriam se incomodado com o ato do TUCA, que consideraram uma ação "pró-governo" e "antidemocrática". O grupo decidiu então realizar um ato em apoio ao juiz Sérgio Moro e ao processo de impeachment em frente à PUC nessa segunda-feira, que terminou em confronto.

Confusão

Estudantes da PUC disseram que vários colegas precisaram ser atendidos na enfermaria da universidade - principalmente por consequência da inalação de gás pimenta. Estudantes também afirmam ter presenciado um bate-boca entre o Chefe de Gabinete na PUC/SP, Lafayette Pozzoli, e uma professora das Ciência Sociais. "Ele colocou o dedo na cara da professora e disse que ela era responsável por aquilo que estava acontecendo, disse que ela estava insuflando os alunos", contou Bastos - que não quis revelar o nome da professora. A assessoria da PUC nega que algo assim tenha acontecido - e que o professor esteve no ambulatório, mas para prestar solidariedade aos alunos.

Depois da assembleia de estudantes da terça-feira de manhã, a PUC enviou um ofício ao governador Geraldo Alckmin ressaltando "o descontentamento com as ações da Polícia Militar frente às manifestações no último dia 21 de março em nossa Universidade em que alunos foram vítimas de bomba, tiros de borracha e gás lacrimogênio".

O Centro Acadêmico Leão XIII , da FEA-PUC também publicou nota se dizendo apartidário e garantindo que não apoiará atos contra ou a favor do governo. "Alguns membros do nosso CA podem ser a favor do impeachment e ter participado das manifestações, mas não falam pela totalidade da FEA", disse um representante do Leão XIII.

O aluno de administração Thiago Badu disse que, embora a esquerda seja mais barulhenta, os grupos a favor do impeachment já não são mais minoria. "A PUC está dividida, meio a meio", disse. "Creio que o clima na universidade vai ficar pesado, pois os mesmos que se bateram ontem (segunda-feira), irão se encontrar nos corredores da PUC", completou.

O Núcleo Fé e Cultura da PUC de São Paulo promove nesta semana, de terça, 29, a quinta-feira, 1.º, o simpósio A Encíclica Ecológica e Social do Papa Francisco. O evento, com apoio do Estado, terá mesas-redondas e grupos temáticos para discutir as influências que o texto e as mensagens do papa sobre a proteção ao ambiente podem ter.

Na terça, às 19h30, no Tuca (Rua Monte Alegre, 1.024), será realizada a mesa-redonda O Compromisso Ético, Político e Econômico com o Meio Ambiente na Laudato Si’, com d. Odilo Scherer, Rubens Ricupero (ex-ministro do Meio Ambiente), Ladislaw Dowbor (economista da PUC-SP), Consuelo Yoshida (juíza) e Giovana Girardi (jornalista do Estado).

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Na quarta-feira pela manhã, haverá a mesa-redonda Propostas de Projetos Alinhados à Mensagem da Laudato Si’, às 9h, no Auditório 239 da PUC (Rua Monte Alegre, 984). À noite é a vez da mesa-redonda Tecnologia e Ecologia na Encíclica do Papa, com d. Carlos Lema Garcia (Vigário Episcopal para a Educação e a Universidade), Francisco Borba Ribeiro Neto (Núcleo Fé e Cultura da PUC), Marcelo Barroso (engenheiro ambiental), Giuseppe Renato di Marzo (engenheiro), Cristiana Fusco (diretora do câmpus de Ciências Exatas da PUC­SP) e Paulina Chamorro (jornalista da Rádio Estadão). O evento será realizado às 20h30 no Auditório PUC­SP Consolação (Rua Marquês de Paranaguá, 111).

Na quinta, é a vez do debate Espiritualidade e Meio Ambiente na Laudato Si’, com o cardeal d. Cláudio Hummes, Márcia M. Cabreira (geógrafa), Marlise Bassani (psicóloga ambiental) e Edison Veiga (jornalista do Estado). A partir das 20h30 no Auditório PUC­SP Santana (Rua Voluntários da Pátria, 1.653). Além desses debates haverá ainda uma série de grupos temáticos na terça, das 17 às 19 horas, na PUC-SP. Inscrições podem ser feitas no blog do Núcleo Fé e Cultura: http://feculturapucsp.blogspot.com.br/. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dez anos após conseguir reajuste salarial, os professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) começaram a receber os valores devidos da incorporação de 7,66%, que havia sido definida em 2005. À época, a instituição enfrentava sua mais grave crise financeira. Além de não ter pago o valor do reajuste, a universidade desligou 30% de seus professores e funcionários.

O pagamento começou a ser feito no mês passado. O acordo de R$ 30 milhões para garantir o índice foi assinado em março, com o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) e a Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc), pela Fundação São Paulo, mantenedora da universidade.

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A fundação, no entanto, tem dez anos para pagar os valores devidos para todos os professores. Terão preferência os 170 docentes que não aceitaram nenhum acordo individual anterior e, portanto, ainda não receberam nenhum reajuste salarial. O pagamento para o primeiro grupo será feito em cinco anos.

O valor final que cada docente receberá é a soma da dívida ao longo de dez anos e inclui ainda repasses para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em 2010, a fundação assinou um acordo com 821 professores em que se comprometeu a pagar 60% do valor. Esses docentes também serão beneficiados e receberão os 40% restantes, mas só depois que a dívida com o primeiro grupo for quitada. A universidade terá mais cinco anos para pagar o segundo grupo de professores.

Outros 644 docentes que foram desligados da universidade entre 2005 e 2010 já receberam o que deviam na homologação dos contratos de trabalho.

Vitória

Em nota, a Apropuc informou que o acordo representa uma "vitória histórica" para os professores que vão receber o que "é de direito".

A PUC-SP confirmou, em nota, o acordo com o sindicato e disse que a negociação foi homologada pela Justiça do Trabalho em junho. Também reforçou que o acordo vai englobar todos os docentes da universidade de 2005. A instituição não informou o número de professores beneficiados, mas, à época do início do processo, 2.159 docentes solicitaram receber a diferença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois professores da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) pediram demissão em solidariedade a três docentes que foram mandados embora da universidade. Os demitidos foram convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Trotes no início do ano, sob acusação de perseguir alunos que fizeram as denúncias e de estar presentes em festas e eventos em que aconteceram casos de violência contra calouros.

Em nota, a PUC informou que dois professores pediram demissão voluntariamente e o motivo estaria "ligado diretamente" às demissões realizadas na quinta-feira. No entanto, disse que não iria informar nomes e o eventual motivo, em respeito aos envolvidos.

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O dermatologista Antonio Francisco Bastos Filhos, formado pela PUC-Campinas e professor na faculdade há um ano e meio, disse ter pedido demissão por não concordar com a forma desrespeitosa que os docentes foram tratados. "São professores extremamente respeitados, que dedicaram suas vidas à universidade e foram mandados embora sem que houvesse provas contra eles."

Bastos Filho disse que os alunos da faculdade serão prejudicados. "Eu dava aula na PUC porque eu gostava, porque era gratificante. Estava na universidade mais pelo prazer do que pelo dinheiro, mas não podia pactuar com essa decisão desrespeitosa com o corpo docente da faculdade."

Desde que as demissões foram confirmadas, os alunos têm feito protestos na reitoria e na frente do hospital universitário, Celso Pierro. De acordo com Guilherme Henrique Zanluchi, aluno do 4.º ano e presidente do Diretório Acadêmico da Medicina, os alunos querem que a universidade justifique o motivo dos desligamentos e reavalie a decisão.

Após a abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa, a PUC-Campinas abriu uma sindicância interna para apurar casos de violência nos trotes e também a conivência de professores. Entre as denúncias estavam casos de abusos físicos, ofensas sexuais e trotes desumanos. As vítimas descreveram que os calouros eram obrigados a, por exemplo, simular sexo oral, andar em uma piscina de urina, fezes e vômito, além de levar socos e tapas na cara.

Sindicância

Um dos professores demitidos, Carlos Oswaldo Teixeira, que dava aulas na universidade havia 29 anos, disse que a demissão não teve ligação com as acusações e, até mesmo, teria sido informado de que a sindicância foi encerrada e ele teria sido absolvido. "Não teve nada a ver com a sindicância, nem com a comissão na Assembleia Legislativa. Nós fomos demitidos sem justa causa porque o patrão demite o funcionário quando quiser", disse.

Procurada, a PUC não comentou o fim da sindicância. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Primeira universidade do mundo, fora da França, a abrigar uma coletânea de áudios do filósofo Michel Foucault, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) pode ter de devolver o material. O Conselho Superior da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade, recusou no início do ano a criação de uma cátedra do pensador.

Os professores responsáveis pelo projeto foram informados sobre a decisão na semana passada. Na quarta-feira, 29, em reunião, o Conselho Universitário (Consun) informou que vai encaminhar um pedido de reconsideração ao Conselho Superior, órgão deliberativo máximo formado pela reitora Ana Cintra, bispos da Arquidiocese de São Paulo e o cardeal d. Odilo Scherer.

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A cátedra universitária é uma instância acadêmica destinada a fomentar o debate em torno de algum pensador ou teórico e para a preservação e atualização de seu trabalho. Foucault é conhecido por suas críticas às instituições sociais, entre elas a Igreja Católica. Além disso, era homossexual e foi uma das primeiras figuras públicas francesas a morrer por complicações da aids.

Segundo representantes da Associação de Professores da PUC (Apropuc), a recusa do Conselho Superior teria sido motivada pelo fato de as ideias de Foucault não estarem em consonância com os princípios católicos. No entanto, a justificativa da decisão não foi formalmente apresentada ao Consun na reunião de quarta-feira.

O professor Márcio Alves da Fonseca, um dos proponentes da cátedra, disse que os áudios foram doados, em 2011, pelo Collège de France, instituição em que Foucault ministrava os cursos gravados. À época da doação, intermediada pelo Consulado-Geral da França, foi solicitado que a universidade criasse uma cátedra para o filósofo. "Não se trata de dar um tratamento ideológico para o trabalho de Foucault, mas reconhecer sua importância acadêmica", disse Fonseca.

Caso não haja a criação da cátedra, ele disse não saber se o material terá de ser devolvido à instituição francesa. "Existia uma expectativa deles, eu não sei quais podem ser as consequências", disse.

Os áudios, gravados entre 1971 e 1984, já estão disponíveis na biblioteca do Departamento de Filosofia da PUC desde 2012. A universidade até montou uma plataforma eletrônica para oferecer os áudios para alunos e pesquisadores e evitar a reprodução e degradação dos arquivos.

Em discussão

Em nota, a PUC informou apenas que o assunto segue em discussão na universidade e na Fundação São Paulo e ainda não tem uma nova decisão sobre a criação da cátedra. Também informou que sempre apoiou a pesquisa e destacou que o incentivo à investigação científica e à produção de conhecimento são marcas da PUC. O jornal O Estado de S. Paulo tentou contato com o cardeal d. Odilo Scherer, mas foi informado que ele estava em viagem e não poderia dar entrevistas.

Crítica

Para especialistas na análise dos trabalhos de Foucault, a crítica do filósofo ao cristianismo é o que incomoda os religiosos. "Foucault dizia que o cristianismo exerce um poder pastoral nas pessoas, que a religião é uma forma de dominação, uma sujeição e não libertação", explicou Margareth Rago, professora do Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Para Alfredo Veiga-Neto, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as ideias de Foucault são libertárias do ponto de vista da sexualidade, das relações de poder e educação e, por isso, sofrem resistência de alguns setores. "Mas a presença intelectual dele no Brasil é grande e tende a crescer nos próximos anos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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