Lula volta a Curitiba pela 1ª vez desde que saiu da prisão

Ex-presidente vai à capital paranaense nesta sexta-feira (18), para a filiação de Roberto Requião ao PT

por Vitória Silva sex, 18/03/2022 - 09:48
Júlio Gomes/LeiaJá Imagens Aliança com Requião deve abrir espaço para Lula e PT no Paraná Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna nesta sexta-feira (18) a Curitiba, pela primeira vez desde que deixou a prisão. A visita acontece dois anos e quatro meses depois do petista deixar a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde permaneceu 580 dias em uma sala especial da Superintendência, cumprindo pena na Lava Jato. O presidenciável deve participar de evento de filiação do ex-senador Roberto Requião, que será candidato ao governo do Paraná. Depois do evento, o ex-presidente deve se encontrar com líderes partidários. 

Requião estava sem partido desde o ano passado e chega ao PT para disputar o quarto mandato no Executivo. A candidatura deverá abrir espaço eleitoral para Lula, que junto ao Partido dos Trabalhadores, não têm boa avaliação no Paraná e nem nos demais estados sulistas do país. Nas últimas eleições presidenciais, o petista Fernando Haddad foi um exemplo da rejeição da legenda da região. 

No segundo turno de 2018, Jair Bolsonaro (PL) venceu em 307 das 399 cidades paranaenses, angariando 68,4% dos votos válidos, contra 31,6% de Haddad, que foi o mais votado nos outros 92 municípios.  

No sábado (19), Lula vai a Londrina, também no estado, onde visitará um assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST), uma área que ele mesmo criou em 2009, quando estava no segundo mandato na Presidência da República, e também a maior área de reforma agrária inserida em região metropolitana do Brasil. Lá, o ex-presidente deve reencontrar parte do grupo que participou da chamada Vigília Lula Livre, que pediu por sua liberdade durante a prisão em Curitiba. 

Londrina é o segundo maior polo eleitoral do Paraná. A rejeição ao petista é maior que a média estadual: em 2018, por exemplo, 80,1% dos votos válidos para presidente no segundo turno foram para Bolsonaro, contra 19,6% para Haddad. 

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