Bruno Araújo crava PSDB como grande vitorioso do 2º turno

Sem eleger governadores na primeira votação, o presidente do partido comemorou os três estados conquistados no resultado final

seg, 31/10/2022 - 12:12
Victor Gouveia/LeiaJá Imagens Bruno Araújo participa do primeiro pronunciamento da governadora eleita em Pernambuco Victor Gouveia/LeiaJá Imagens

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, esteve no Recife para participar da festa da vitória de Raquel Lyra e aproveitou para comemorar o desempenho do partido nesse domingo (30). Sem fazer nenhum governador no primeiro turno, o PSDB saltou para a sigla com mais gestores estaduais eleitos na noite do segundo turno e deixou a eleição como a terceira com mais governadores no país. 

Depois de perder São Paulo, considerado o reduto dos tucanos no país, o PSDB protagonizou uma noite histórica com a volta de Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, a conquista de Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul e a chegada de Raquel Lyra como a primeira governadora da história de Pernambuco. 

O presidente disse que resultado representa a "virada geracional" do partido, que passa a se apresentar com uma nova forma de se comunicar com o eleitor e posicionado em um campo onde os extremos não dominam a cena política. 

"Na noite de hoje, o PSDB saiu das eleições estaduais com o maior vitorioso das eleições no país, três governadores e um vice-governador e, mais do que a relação numérica e importância dos estados, são quadros de renovação que demonstram que o país tem esperança de ter um novo conjunto de lideranças", comemorou Bruno. 

A direita democrática foi engolida no primeiro turno pelo União Brasil e PT, ambos com quatro governadores eleitos em 2022. Sem fechar apoio com os candidatos à Presidência, o partido liberou o voto de seus representantes, mas o posicionamento em favor de Lula (PT) de uma das suas principais lideranças, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estimulou as campanhas diante da alta rejeição aos bolsonaristas no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. Ainda assim, o PSDB deve manter a posição histórica de oposição ao petista, dessa vez, com o antagonismo fortalecido com um Congresso de centro-direita.

Em Pernambuco, mesmo com o sabor especial de levar o estado de volta a um governo de direita após 16 anos do PSB, Bruno não colocou Raquel Lyra como prioridade. Ele elogiou a a governadora eleita e afirmou que ela sempre teve a confiança da direção. 

"Raquel foi prioridade em uma aposta quando muitos achavam que, dada a polarização, era difícil. Eu não tô falando de aposta econômica do PSDB, tô falando em algo mais. Ela sempre foi vista como uma mulher de vibra, de posição e de comprometimento com a vida pública", comentou.  

Sobre uma possível indicação ou até mesmo integrar o secretariado do Palácio do Campo das Princesas, o presidente nacional da legenda indicou que não deve participar diretamente da gestão. "Tenho um ciclo cumprido. Eu não tenho nenhuma outra pretensão agora que não seja continuar ajudando como puder no propósito dessa coisa tão bonita que tem Raquel e nos eleitos no Brasil", concluiu.  

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