Iphone pode ficar ainda mais caro
Com relações comerciais estremecidas entre Estados Unidos e China, Apple pode aumentar o preço dos smartphones
As relações comerciais entre Estados Unidos e China estão estremecidas há algum tempo. Porém, uma recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, que coloca a empresa chinesa Huawei Technologies Co e outras 70 afiliadas em uma "Lista de Entidades", pode gerar um impacto ainda mais negativo, principalmente, para os clientes da companhia norte-americana Apple.
A lista criada por Trump visa impedir que empresas chinesas adquiram componentes e tecnologia de companhias norte-americanas sem aprovação prévia do governo do país. Além disso, o presidente assinou um decreto que impede as organizações estadunidenses de usarem equipamentos de telecomunicações produzidos por empresas que possam oferecer risco à segurança nacional - ou seja, que estejam na “Lista de Entidades”.
A China não gostou da decisão do presidente dos EUA e, em resposta, elevou de 10% para 25% as tarifas alfandegárias de mais de 5 mil produtos norte-americanos. Este aumento deve impactar diretamente no valor dos produtos da Maçã.
Mas o que isso tem a ver com o Iphone?
O tiro de Trump é certeiro no pé da Apple porque um de seus produtos mais populares, o iPhone, é fabricado quase que inteiramente na China. Ou seja, tanto ele quanto outros produtos da empresa produzidos em território chinês, podem ser taxados com o imposto de importação de 25%.
A saída imediata para contornar o aumento é elevar os preços dos aparelhos, que já não são baratos. O problema é que, se isso acontecer, o risco de as vendas serem prejudicadas é alto, uma vez que um dos motivos principais na queda da procura por aparelhos da marca são os preços.
Uma nova esperança
A esperança fica na visita que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que fará ao território chinês, visando acordos comerciais. Caso as duas potências cheguem a um denominador comum uma revisão de tarifas pode ser feita, diminuindo o impacto no bolso do consumidor final e no lucro das empresas dos dois países.