YouTube bane vídeos supremacistas, violentos e de ódio

Empresa fortaleceu políticas contra conteúdos considerados nocivos pela plataforma

por Katarina Bandeira qua, 05/06/2019 - 15:48
Freepik Decisão tiraria da plataforma, por exemplo, vídeos que promovam ideologias nazista ou que digam que a Terra é plana Freepik

Já faz um tempo que o YouTube tem mudado suas políticas contra conteúdos considerados nocivos para seus usuários. Nesta quarta-feira (5), a plataforma de vídeos anunciou que, além dos vídeos com conteúdos violentos, estará banindo também materiais que incitam ódio ou sejam supremacistas.

"Estamos dando mais um passo em nossa política de discurso de ódio, proibindo especificamente vídeos que alegam que um grupo é superior, a fim de justificar a discriminação, segregação ou exclusão com base em qualidades como idade, sexo, raça, casta, religião, orientação sexual ou status de veterano", disse a empresa em comunicado.

Essa decisão tiraria da plataforma, por exemplo, vídeos que promovam ou glorifiquem a ideologia nazista ou que neguem que eventos violentos como esse ocorreram. Desde 2017 a empresa já apresentava uma postura mais rígida em relação aos vídeos com conteúdo supremacista, chegando a reduzir cerca de 80% de suas visualizações. Porém, o YouTube resolveu ir além.

Em janeiro, a empresa testou nos Estados Unidos, uma ferramenta para limitar as recomendações de conteúdo que fossem fonte de desinformação, como vídeos promovendo curas milagrosas falsas para doenças ou até mesmo que alegavam que a Terra é plana. Se um usuário assistisse a esse tipo de conteúdo os sistemas indicariam na opção “assistir a seguir” outros vídeos de fontes seguras para desfazer a informação do vídeo anterior. É possível que o alcance dessa ferramenta seja ampliado para outros países.

Para os criadores de conteúdo

Para quem cria conteúdo na plataforma o YouTube afirma que “canais que repetidamente se confrontam com as nossas políticas de incitação ao ódio são suspensos no Programa de parceiros do YouTube”, o que significa que não poderão mais apresentar anúncios no canal, nem utilizar outras funcionalidades de rentabilização.

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