Conheça os cargos mais difíceis de se recolocar no mercado

Pesquisa realizada pela Page Personnel revelou as 11 profissões em que os trabalhadores sofrem para voltar a atuar

por Nathan Santos qua, 01/07/2015 - 11:57
Divulgação Trabalhadores chegam a ficar até um ano sem conseguir voltar a trabalhar Divulgação

Um levantamento realizado pela Page Personnel, empresa da área de recrutamento, revelou os 11 cargos mais difíceis para os profissionais se recolocarem no mercado. De acordo com o estudo divulgado nesta quarta-feira (1º), os trabalhadores chegam a ficar até um ano sem conseguir voltar a atuar.

Segundo a pesquisa, a função de supervisor de obras encabeça a lista. Com uma média salarial que varia de R$ 7 mil a R$ 15 mil, profissionais dessa área, após perderem ou deixarem o emprego, levam em média de seis a 12 meses para voltar a trabalhar.

O ramo da engenharia também está na relação. Engenheiros de projetos industriais passam, em média, seis meses para se recolocar no mercado de trabalho. Nessa função, os salários chegam a R$ 11 mil.

“Vagas congeladas ou fechadas, processos de contratação mais longos e mais profissionais disponíveis no mercado. Esse cenário está impactando diretamente nas ofertas de trabalho neste ano. Como há mais pessoas à procura de emprego e menos vagas abertas, o tempo de recolocação se tornou maior. São casos onde a espera pode levar de seis meses a um ano. Isto não acontecia desde 2009”, destaca o gerente executivo da Page Personnel, Ricardo Ribas, conforme informações da assessoria de imprensa.

Veja a seguir as 11 profissões que os trabalhadores encontram mais dificuldades para retornar a atuar: 

Supervisor de obra

Salário: R$7.000 a R$15.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses a 1 ano

O que faz: acompanhamento da obra, supervisionando todas as etapas da obra.

Setor: construção civil - especialmente obras residenciais

Motivo: O setor imobiliário passa por um momento de diminuição de novos lançamentos, frente ao grande volume de obras já lançadas e alta taxa de vacância. Este cenário é muito impactado no setor residencial, que envolve o consumidor final. 

Engenheiro de projetos industriais

Salário: R$8.000 a R$11.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: coordenação de projetos dentro do portfólio de investimento da empresa, incluindo reformas, ampliações e readequações de infraestrutura

Setor: industrial

Motivo: devido ao cenário econômico atual, a indústria passa por uma queda acentuada de investimentos em bens de capital e ampliações pelo recuo das atividades de produção. Neste momento as empresas estão sendo mais cautelosas frente a lançamentos de novos produtos e até mesmo ampliações de linhas, priorizando a aplicação de capital em áreas como manutenção e processos. 

Profissional de comércio exterior

Salário: R$3.000 a R$6.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses - 1 ano.

O que faz: lida com processos de comércio exterior, documentação e garantia de entrega / recebimento do produto desde a origem ao destino final.

Setor: indústria

Motivo: momento da indústria nacional com baixa demanda de produção / redução de linhas

Analista sênior / coordenador administrativo financeiro

Salário: R$6.000 a R$8.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: supervisiona e coordena rotinas financeiras de tesouraria, podendo ter gestão sobre áreas de TI, RH e Facilities.

Setor: indústria e serviços

Motivo: englobando atividades em diversas áreas, esse profissional é um braço de confiança de pequenas e médias empresas; com isso, a escolha pode demorar mais ou vir através de uma indicação pessoal.

Analista Contábil Pleno

Salário: R$3.500 a R$5.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: operacionaliza rotinas contábeis como análises, classificações e conciliações, ajudando na composição de balanços e balancetes.

Setor: Indústria e serviços

Motivo: apesar de ser um dos cargos com maior demanda na área de finanças, a falta de boa qualificação e um segundo idioma dificulta a recolocação desse profissional.

Gerente de vendas

Salário: R$7.000 a R$12.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: supervisiona equipe de vendas, se envolve em negociações com grandes clientes, análise de vendas.

Setor: indústria e serviços

Motivo: estruturas hierárquicas com menos posições gerenciais.

Analista/coordenador de marketing

Salário: R$4.000 a R$8.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: profissionais que cuidam de comunicação interna ou externa.

Setor: indústria e serviços

Motivo: marketing é sempre uma área afetada no momento de retração de mercado, as áreas de produtos e mais analíticas se mantém nesses momento, mas a área de comunicação sempre é mais comprometida.

Secretária executiva

Salário: R$6.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: assessoria aos executivos. Suporte em questões como: controle de agenda, logística de viagem, resolução de questões particulares e familiares, tradução de materiais e participação em reuniões.

Motivo: as empresas fizeram uma forte reestruturação em todas as área e a área de secretariado foi igualmente prejudicando. Secretárias acumularam funções de outras, passando a assessorar de 2 a 3 executivos e com isto as demais ficam no mercado, que não oferece muitas oportunidades para estas profissionais.

Analista de suporte

Salário: R$ 3.000 a R$ 4.500

Tempo médio de recolocação: 5 meses

O que faz: atendimento e resolução de chamados, contato com o usuário, registro de chamadas (em inglês), resolução de problemas técnicos e operacionais.

Setor: consultorias de grande porte

Motivo: por mais que grandes empresas tenham um volume alto demandado de profissionais de suporte, a grande maioria delas para aumento de eficiência tem buscado profissionais com espanhol e inglês fluentes, o que dificulta a facilidade de profissionais sem um segundo idioma em se recolocar.

Gestor de TI

Salário: R$ 7.500 a R$ 10.000

Tempo médio de recolocação:6 meses

O que faz: gestão e negociação de contratos de fornecedores, gestão de terceiros e parceiros, gerir a área de TI, interagir com outras áreas para assuntos estratégicos, propor melhorias na área, conduzir projetos de tecnologia, identificar e administrar riscos.

Setor: todos os segmentos

Motivo: como são profissionais com a remuneração mais elevada e de perfil mais estratégico, as empresas tem demorado um pouco mais na tomada de decisão no momento em contratar esses profissionais.

Analista de recrutamento e seleção

Salário: R$3.000 a R$5.000

Tempo médio de recolocação: 6 meses

O que faz: análise de currículos, entrevistas por competências, divulgação de vaga, alinhamento das posições em aberto com seus respectivos gestores, testes comportamentais.

Setor: em todos os segmentos

Motivo: o mercado está mais cauteloso para contratações, com isso a área de recrutamento é diretamente afetada, pois se o mercado não está em busca por profissionais está área nas empresas fica mais ociosa e revela menos importância.

COMENTÁRIOS dos leitores