Polícia desmonta fábricas clandestinas de óculos no Recife

Mais de 60 pessoas foram presas em flagrante e os estabelecimentos interditados

qua, 21/06/2023 - 10:03
Divulgação/PCPE Os laboratórios utilizavam produtos tóxicos de forma irregular Divulgação/PCPE

A Polícia Civil de Pernambuco, através da Delegacia do Consumidor, interditou 28 estabelecimentos irregulares alocados no Edifício São Rafael, na Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. A operação deflagrada nessa terça-feira (20) identificou que fábricas clandestinas de lentes de óculos funcionavam no local. 

Também foram autuadas em flagrante 66 pessoas. Todos foram conduzidos à Delegacia do Consumidor por crime ambiental, assinaram Termos Circunstanciados de Ocorrências e foram liberados para responder em liberdade. 

O delegado Hilton Lira, da Delegacia do Consumidor, explicou que os laboratórios irregulares usavam produtos tóxicos para fabricar lentes e não recebiam qualquer tipo fiscalização. 

"Não tinham autorização, não tinham permissão, não tinham licenciamento em nenhum órgão competente e também realizavam essa fabricação de forma irregular, utilizando os produtos tóxicos de forma irregular e promovendo o descarte desses produtos tóxicos de forma irregular”, observou. 

 Em relação à gravidade dos crimes ambientais, as fábricas clandestinas podem ter contaminado a rede de esgoto e lençóis freáticos pelo descarte dos seus produtos. 

“O descarte era feito na rede da Compesa, ou seja, colocando todo o produto tóxico no sistema de esgoto público, contaminando assim todo o sistema de saneamento básico do Recife, assim como possivelmente nosso lençol freático”, descreveu o delegado. 

 Além de responder pela infração ambiental, as investigações prosseguem com intuito de identificar crimes contra a ordem econômica, contra as relações de consumo e contra a propriedade imaterial, já que possivelmente as lentes falsificadas eram vendidas como se fossem de marcas conhecidas. 

A Operação Arcanjo contou com 20 policiais civis, que atuaram em parceria com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Corpo de Bombeiros e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

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