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A Polícia Civil de Pernambuco, através da Delegacia do Consumidor, interditou 28 estabelecimentos irregulares alocados no Edifício São Rafael, na Rua do Hospício, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. A operação deflagrada nessa terça-feira (20) identificou que fábricas clandestinas de lentes de óculos funcionavam no local. 

Também foram autuadas em flagrante 66 pessoas. Todos foram conduzidos à Delegacia do Consumidor por crime ambiental, assinaram Termos Circunstanciados de Ocorrências e foram liberados para responder em liberdade. 

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O delegado Hilton Lira, da Delegacia do Consumidor, explicou que os laboratórios irregulares usavam produtos tóxicos para fabricar lentes e não recebiam qualquer tipo fiscalização. 

"Não tinham autorização, não tinham permissão, não tinham licenciamento em nenhum órgão competente e também realizavam essa fabricação de forma irregular, utilizando os produtos tóxicos de forma irregular e promovendo o descarte desses produtos tóxicos de forma irregular”, observou. 

 Em relação à gravidade dos crimes ambientais, as fábricas clandestinas podem ter contaminado a rede de esgoto e lençóis freáticos pelo descarte dos seus produtos. 

“O descarte era feito na rede da Compesa, ou seja, colocando todo o produto tóxico no sistema de esgoto público, contaminando assim todo o sistema de saneamento básico do Recife, assim como possivelmente nosso lençol freático”, descreveu o delegado. 

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 Além de responder pela infração ambiental, as investigações prosseguem com intuito de identificar crimes contra a ordem econômica, contra as relações de consumo e contra a propriedade imaterial, já que possivelmente as lentes falsificadas eram vendidas como se fossem de marcas conhecidas. 

A Operação Arcanjo contou com 20 policiais civis, que atuaram em parceria com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Companhia Pernambucana do Meio Ambiente (CPRH), Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Corpo de Bombeiros e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Em noite caótica e de muitas incertezas no Brasil, um grupo de dez homens arrombou as Lojas Americanas, localiza na Rua do Hospício, no bairro da Conde da Boa Vista, área central do Recife. O crime aconteceu por volta da 1h da madrugada deste sábado (26) e os assaltantes levaram ao menos seis televisores, alimentos e produtos do estabelecimento. 

De acordo com a Polícia Militar de Pernambuco, o Centro Integrado de Operações e Defesa Social (Ciods) registrou a ocorrência e quatro viaturas foram empenhadas para o local do crime. Ao chegarem no estabelecimento, os criminosos já tinham fugido. A corporação fez buscas pelo local, mas não conseguiu localizar os suspeitos. Ainda de acordo com a PM, a gerente das Lojas Americanas foi orientada a prestar queixa na Delegacia Civil.

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Esse não foi o único caso de assalto as Lojas Americanas no Grande Recife, nas últimas 24 horas. Na tarde da sexta-feira (25), seis homens armados assaltaram a unidade do estabelecimento localizada na Avenida José Augusto Moreira, em Casa Caiada. 

Na investida os bandidos levaram aparelhos eletrônicos, celulares e uma quantia não revelada dos caixas. O crime ocorreu por volta das 16h e após o episódio a loja fechou as portas. Até agora ninguém foi preso.

Quem passou pelo entorno do Teatro do Parque neste sábado (27) à tarde notou uma movimentação diferentes. Música, atores fantasiados e uma atmosfera alegre fizeram parte do cenário e chamavam a atenção para uma causa: a necessidade da volta do teatro, que está fechado desde 2010. 

A manifestação popular foi criada pelo Movimento Teatro do Parque (Re)Existe e levou teatro, apresentações artísticas, atividades recreativas e o popular Som da Rural para a frente do quase centenário espaço. Essa é a terceira edição do ato.

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Com a rua do Hospício interditada desde o meio-dia, representantes de algumas entidades apoiadoras (Sated-PE e Artepe) e os criadores do movimento puderam falar sobre suas reivindicações.

"Nossa ação aqui é importante para mostrar aos políticos que Cultura é importante. A prefeitura do Recife tem a tendência de agir como uma produtora de eventos, com festas fixas como Carnaval e São João, mas cultura vai além disso" afirma Oséas Borba Neto, um dos organizadores do movimento e diretor do Grupo Teatral João Teimoso. Oséas afirma que a ação também quer fazer outras denúncias. "Queremos chamar atenção para a área próxima ao teatro, que está cheio de usuários de drogas e numa situação lastimável." conta Oséas.

Desativado desde o ano de 2010, o Teatro do Parque completou 99 anos no último mês de agosto (leia a matéria aqui) e tudo indica que o projeto não estará pronto para o centenário. Segundo informação publicada no Diário Oficial do Município no dia 16 de agosto, a previsão é que os trabalhos durem 24 meses, com orçamento de R$ 8,2 milhões para reforma e aquisição de novos equipamentos. A ordem de serviço da reforma será assinada em novembro de 2014.

Outros dois processos licitatórios, que ainda serão abertos, incluem equipamentos de iluminação ambiente e cênica e também instalação de um circuito interno de TV, para reforçar a segurança do local. Segundo a assessoria, o período de tempo até o início da reforma é causado principalmente pela mudança de gestão e de alguns ajustes necessários ao projeto, levando em consideração que a gestão atual está na prefeitura da cidade há 1 ano e 8 meses.

O diretor do João Teimoso também comentou sobre a falta que o teatro faz na vida da cidade e na dos artistas. "É lamentável a cidade não ter o Teatro do Parque, pois ele tinha a capacidade de congregar diversas artes e é no coração da cidade, recebendo pessoas de diversas classes sociais" fala o diretor. O movimento também tem o apóio dos comerciantes do entorno, que segundo trabalhadores da área, se tornou ponto de consumo de drogas.

Segundo Silvio Barbosa, dono de um bar em frente ao Teatro do Parque há mais de 30 anos, o fechamento do espaço foi o fim de um importante polo cultural. "A área agora virou quase uma cracolândia. Com o teatro funcionando essa área tinha muito mais vida. Esse problema com usuários de drogas vem prejudicando todos por aqui" conta o empresário.

O Teatro do Parque foi inaugurado em 1915 e desde o ano de 2012 é reconhecido como Imóvel Especial de Preservação. Segundo a Prefeitura, além da reforma inicial, também haverá a transferência do acervo da Cinemateca Alberto Cavalcanti (que fica dentro do teatro) para a Museu da Cidade do Recife enquando a reforma durar. A coleção possui mais de 80 filmes de 35 mm, 16mm e 8 mm e será acondicionada, restaurada e digitalizada.

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