O senador Humberto Costa (PT) em seu discurso no plenário da Casa, nesta quarta-feira (31), fez diversas críticas ao presidente Michel Temer (PMDB), afirmando que o governo do peemedebista só consegue “respirar” porque tem um “aparelho” chamado PSDB. “São os tucanos, auxiliados pelo PMDB, DEM e PPS, que mantém Michel Temer de pé, a despeito de todas as mazelas que ele representa para o Brasil e para o povo pobre deste país”, disparou. 

O líder do PT no Senado também disse que os tucanos querem assumir o comando do país por meio da eleição indireta. “O PSDB quer aprovar as reformas nefastas enquanto arruma um nome seu para submeter ao colégio eleitoral. O PSDB, que foi por quatro vezes consecutivas derrotado pelo PT nas urnas, agora quer alcançar a presidência por uma eleição indireta e, pasmem, o nome mais cotado para isso é o próprio presidente nacional do partido [Aécio Neves]. É um escárnio”, criticou. 

“O PSDB vai empurrando sua condição de chantagista com a barriga. Por um lado, joga para a população dizendo que vai sair [do governo] se as coisas piorarem, de outro, pressionam um governo fraco com ameaça de desembarque enquanto recebe mais e mais vantagens e ganha tempo para fechar um nome próprio. É assim que o PSDB trata o Brasil, como se fosse um coronel, como se fossem os bois de seu curral. Dane-se o país. Dane-se a democracia, a eleição direta. O que vale é o partido voltar ao planalto”, continuou alfinetando. 

Humberto Costa também salientou que é de “absoluta gravidade” o atual quadro político brasileiro cuja “deteriorização” tem se acelerado e que, mesmo assim, Temer se esforça para dar “ares de normalidade ao caos em que estamos mergulhado”. O petista voltou a chamar o chefe do Executivo federal de zumbi. “O governo Temer está em queda livre. Vivemos uma espécie de filme de terror perseguidos por um presidente zumbi que caminha de maneira errática enquanto as carnes podres de sua administração dissolvem pelo caminho”. 

Ainda no plenário, comentou uma suposta pesquisa divulgada nesta quarta, na qual o presidente aparece com 94% de rejeição. Ele disse que era uma marca histórica e que nunca antes houve um presidente “tão detestado” e que acreditava ser, até mesmo, um recorde mundial de impopularidade.