Se der Lula ou Bolsonaro não é o fim do mundo, diz FBC

Para o senador, o mais importante é que “aquele que vier ser eleito deverá merecer o crédito da população e por em prática o plano para a economia brasileira”

por Giselly Santos sex, 05/01/2018 - 11:35
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) declarou não ser daqueles que acredita que “se der Lula ou [Jair] Bolsonaro nas eleições de 2018 é o fim do mundo”. Apesar de reiterar o desejo do sucesso de um nome de centro, o parlamentar também ponderou que se os eleitores optarem pelos extremos da direita ou esquerda, a escolha terá que ser respeitada. O ex-presidente Lula e Bolsonaro lideram, respectivamente, as pesquisas de intenções de votos para a disputa

“Não devemos negar as alternativas. Não sou daqueles que acha que se der Lula ou Bolsonaro é o fim do mundo. Normalmente não farei esta opção, estou lutando para que tenhamos uma candidatura que possa expressar um posicionamento médio, que seja mais ao centro. Com o avançar do ano de 2018 é muito provável que esse candidato possa se firmar e o brasileiro deixará de fazer as opções pelos extremos”, analisou em entrevista ao LeiaJá

Para Bezerra, o mais importante é que “aquele que vier ser eleito deverá merecer o crédito da população e por em prática o plano para a economia brasileira”. 

“Temos que estar com as nossa vistas para o futuro. Para o Brasil, nesse momento, o importante seria a escolha de um candidato que pudesse dar sequência às medidas adotadas recentemente e que começam a ter resultados, se a gente acertar na escolha de um presidente que leve adiante as reformas iniciadas, o Brasil vai segurar pelo menos uns quatro a cinco anos de forte desenvolvimento econômico, independente do que venha acontecer no mundo, afinal não somos uma ilha”, salientou. 

Candidatura e prisão de Lula

Fernando Bezerra Coelho também falou sobre a possibilidade de Lula não disputar o pleito, caso seja condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, em processo da Lava Jato. O senador disse que “para o processo político era bom que ele disputasse” as eleições. 

“Não quero, digamos assim, me aprofundar nas questões que Lula está enfrentando na justiça. Eu torço, como uma pessoa que convivi com o presidente Lula, para que ele possa disputar a eleição para presidente. Acho que o presidente Lula, em sendo candidato, terá muita dificuldade para explicar porque a gente teve que enfrentar esta situação de desconforto e profunda depressão econômica-social. Quem levou o Brasil a esta crise foram as políticas equivocadas, sobretudo, tomadas em 2014 e 2015”, ressaltou.

Apesar da crítica, o senador ainda reconheceu que o líder-mor petista fez um bom governo. “Tenho o maior respeito pelo presidente Lula, primeiro  pelo governo que ele fez, foi de inclusão, segundo fez muito por Pernambuco. A tabelinha dele com Eduardo [Campos] trouxe investimentos importantes para o estado. Portanto, reconheço que o governo dele foi um momento excepcional para Pernambuco”, complementou.  

LeiaJá também

--> Eleições: mais de 10 nomes anseiam o comando do país 

--> FBC: Esperava dar sequência ao projeto de Eduardo em 2014

--> FBC sobre "críticas ácidas" de Jarbas: "Tudo tem limite"

COMENTÁRIOS dos leitores