Pesquisa: Para 56%, condenação de Lula foi política

É esse o quadro retratado pela CUT/Vox divulgada nessa sexta-feira (2)

sab, 03/03/2018 - 09:52
Ricardo Stuckert 40% dos entrevistados disseram que não foram apresentadas provas contra ele Ricardo Stuckert

Os brasileiros entendem que a condenação do ex-presidente Lula faz parte de uma perseguição política de parte do Judiciário. É esse o quadro retratado pela CUT/Vox divulgada nessa sexta-feira (2). Para 56% do povo brasileiro, o julgamento e a condenação de Lula foram políticos.

A maioria dos entrevistados – 49% – disseram que Lula não deveria ser preso, por sua condenação ter sido injusta e sem provas. 

De acordo com o levantamento, 40% dos entrevistados disseram que não foram apresentadas provas contra ele. Para 46% , Lula é tratado pelo juiz Sérgio Moro e outros magistrados de maneira mais dura da forma com que outros políticos são tratados, como o tucano Aécio Neves e o presidente Michel Temer. 

A grande maioria dos entrevistados, 91%, sabia que o juiz Sérgio Moro condenou Lula e que essa decisão foi mantida em segunda instância.

Lula deve ser julgado nas urnas

Segundo 54% dos brasileiros, Lula deveria poder se candidatar a presidente em 2018. Outra pergunta indica que para 48% dos brasileiros ele deveria ser julgado pelo povo nas urnas e não pelo Judiciário.

Para uma parcela também expressiva da sociedade, 62%, o ex-presidente cometeu mais acertos do que erros pelo povo brasileiro e pelo Brasil.

Mais da metade do povo brasileiro – 52% – acredita que Lula será candidato nas eleições de 2018. Apenas 33% não acham que o ex-presidente voltará a disputar o pleito.

Sobre a possibilidade de prisão após uma decisão de segunda instância para Lula ou qualquer outro brasileiro, 48% se mostrou contra, defendendo que “Lula e qualquer pessoa tem direito a só ser presa se a condenação for mantida pelos tribunais superiores”.

 

A pesquisa Cut/ Vox Populi foi realizada com 2.000 entrevistas, com brasileiros de mais de 16 anos, aplicadas em 118 municípios de todos os estados. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Com informações da Agência PT

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