Recife terá ato em repúdio ao assassinato de vereadora

Ato denunciando a morte da vereadora do Rio, Marielle Franco (PSOL), como um 'caso de feminicídio e queima de arquivo' será a partir das 17h, em frente à Câmara do Recife

por Giselly Santos qui, 15/03/2018 - 09:05
Thais Alvarenga/Assessoria de Imprensa Thais Alvarenga/Assessoria de Imprensa

assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL)do Rio de Janeiro, ativista na defesa dos direitos humanos, causou comoção em todo o país e, nesta quinta-feira (15), serão realizados protestos em diversas capitais para denunciar a ação criminosa e cobrar uma investigação rigorosa sobre a morte da parlamentar. No Recife, o ato é organizado pelo movimento PartidA e vai acontecer a partir das 17h, em frente a Câmara dos Vereadores. 

A parlamentar foi morta na noite desta quarta-feira (14), quando voltava do evento Roda de Conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas, realizado na Lapa. Na chamada que circula no Facebook para a manifestação, o movimento PartidA diz que a morte de Marielle Franco é um “caso de feminicídio e queima de arquivo”. 

“Dor, revolta, medo estão juntos em nosso coração, mas nada disso é maior do que a nossa vontade de gritar para o mundo que Marielle vive em cada uma de nós. Mulher, negra, periférica e lésbica, ela nos mostrou através do exemplo e de uma construção coletiva incrível que é sim possível fazer política de outra forma, com compromisso, ética e responsabilidade”, ressalta o texto. 

“Marielle foi brutalmente assassinada e retirada de nós, mas uma coisa dizemos: derrubem uma e se levantarão 30 mil. Nós não deixaremos isso impune”, complementa o convite, pedindo para que quem for participar do ato leve faixas e velas.

Além do Recife, mobilizações do mesmo molde estão sendo organizadas para acontecer em São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Florianópolis, Natal, Salvador e Rio de Janeiro.

Nascida no Complexo da Maré, Marielle Franco era socióloga e foi eleita vereadora do Rio pela primeira vez com 46.502 votos, sendo a quinta mais votada do Rio. Ela havia assumido há duas semanas a relatoria de uma comissão criada pela Câmara carioca para acompanhar a intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro. A parlamentar era conhecida pelos seus posicionamentos contrários a atuações arbitrárias da Polícia Militar do Rio. 

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