Paulo diz não estar isolado na defesa da aliança PSB-PT

Governador de Pernambuco é visto como o mais beneficiado caso a postura seja concretizada, uma vez que evitaria a candidatura de Marília Arraes ao governo estadual

por Giselly Santos qui, 12/07/2018 - 12:55
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo As próximas semanas serão decisivas para os partidos Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Deixando claro que vai fazer “todos os esforços” para que a aliança nacional do PSB com o PT seja concretizada, o governador Paulo Câmara (PSB) negou estar isolado nesta defesa que coloca a legenda no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pernambucano é visto como o mais beneficiado caso a postura seja concretizada, uma vez que uma vez que evitaria a candidatura de Marília Arraes ao governo estadual. 

Questionado, nesta quinta-feira (12), sobre estar em desvantagem internamente, já que a discussão pró-candidatura de Ciro Gomes (PDT) tem ganhado fôlego, o governador negou. 

“A ala pernambucana no PSB é a maior do Brasil, então só por isso saímos na frente e evidentemente não estamos isolados. A maioria do Nordeste defende, alguns Estados no Norte e do Sudeste também. Estamos em discussão. Nosso partido tem essa característica de debater os assuntos e definir com unidade. O PSB tem olhado várias hipóteses, já tomou decisões fundamentais como a de não se aliar a partidos que não são de centro-esquerda”, considerou, após uma reunião no Recife com a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

Apesar da certeza de ter um endossamento no apoio da aliança, Paulo Câmara não especificou quais são os Estados que comungam com o mesmo pensamento, listou apenas as regiões. “Temos mais convergências do que divergências dentro do partido em favor dessa aliança”, salientou o vice-presidente nacional pessebista.

Ao lado da senadora, o governador ainda reforçou que a escolha de Lula como presidenciável é “o caminho certo”. “Estamos tomando o caminho certo, de defesa do Brasil e das conquistas que o povo teve num passado recente, com o presidente Lula, e estão sendo perdidas agora com a forma que o Brasil está sendo administrado”, disse. 

As próximas semanas serão decisivas para os partidos. O PSB, por exemplo, precisa definir o alinhamento nacional até o dia 5 de agosto, quando acontecerá a convenção nacional. 

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