Armando Monteiro estuda criar mini presídios municipais

Para o candidato, a construção de novas unidades prisionais é essencial para resolver o déficit estadual neste quesito

por Giselly Santos seg, 27/08/2018 - 11:53
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Armando defende participação ampla de todos os entes federativos na segurança pública Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) disse que estuda a possibilidade de implantar mini presídios municipais para tentar resolver a superlotação das cadeias estaduais. Segundo o petebista, a população carcerária pernambucana é de 30 mil pessoas, enquanto o sistema foi preparado para receber 10 mil detentos. 

“Tem uma proposta, de dois juízes especialistas no assuntos, que estamos analisando com muito cuidado que traz a ideia de mini presídios municipais. É evidente que é preciso ter um modelo que se possa fazer com os municípios, ao desafio de gerir isso bem. Vamos estudar esse modelo e acho que pode ter um espaço expressivo aqui”, salientou, em entrevista à Rádio Folha nesta segunda-feira (27).

Para Armando a construção de novas unidades prisionais é essencial para resolver o déficit estadual neste quesito. “Há um déficit claro, temos o desafio de tratar essa questão antes do sistema prisional, com a prevenção o olhar sobre o jovem, no espaço urbano, na educação, mas enquanto essas coisas não acontecem temos que atuar também no aprisionamento”, disse o candidato. 

Sobre a atuação da gestão de Paulo Câmara (PSDB) para ampliar essas vagas, Armando criticou a parceria público-privada (PPP) feita para a construção do Presídio de Itaquitinga. “Escolheram mal o parceiro privado. Quando se diz que a empresa quebrou, ao fazer a avaliação da capacidade econômica da empresa ficou claro que não tinha capacidade”, destacou, dizendo que pretende fazer “PPPs bem feitas” caso seja eleito. 

No quesito segurança pública como um todo, Armando argumentou que é necessária uma participação ampla de todos os entes federativos. “Há muito tempo os governos falham nessa área, os de ontem e os de hoje. O Governo Federal se ausentou dessa questão, só que a violência aumentou tanto que não podemos ficar limitados a essa questão constitucional”, frisou. 

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