Silvio: Bolsonaro aplicou 'anestesia do ódio' no eleitores

Na avaliação do deputado federal, quem conhece o presidenciável não vota nele

por Giselly Santos seg, 15/10/2018 - 10:17
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Costa acredita de Haddad não pode ser criminalizado por ser do PT Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O deputado federal Silvio Costa (Avante) afirmou, em artigo publicado nas redes sociais, esperar que “a anestesia” baseada em “ódio, negação da política e populismo de classe média” que, segundo ele, vem sendo aplicada pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) na população passe até o dia 28 de outubro, quando acontece o 2º turno da eleição. Na avaliação de Costa, quem conhece Bolsonaro não vota nele.

“Em três mandatos de convivência na Câmara Federal, nunca vi Bolsonaro participar de debates sobre a educação, saúde, orçamento público, meio-ambiente, geração de empregos, enfim, nunca ouvi nenhuma fala de Bolsonaro sobre qualquer assunto de interesse da economia brasileira e da gestão pública responsável”, argumentou.

“Já presenciei, por diversas vezes, o marqueteiro Bolsonaro agredir as minorias, defender a diminuição da maioridade penal, defender a indústria das armas e, sobretudo, decorar e falar frases de efeito como aquela em que homenageou o coronel Brilhante Ustra, um torturador, no dia do impeachment da presidente Dilma”, completou, dizendo que o candidato sempre soube onde queria chegar e que “com certeza” ele passará de “senhor solução” para “senhor decepção” caso seja eleito.

Citando exemplos, Silvio Costa lembrou que Jair Bolsonaro votou a favor da reforma trabalhista e contra a Lei das Domésticas. “Para o bem do futuro do Brasil, espero que os trabalhadores e trabalhadoras do País que estão pensando em votar em Bolsonaro acordem da anestesia e conheçam o mal que ele pode causar aos direitos sociais e aos direitos humanos no País… Lembro do período em que o Congresso Nacional estava discutindo os direitos sociais das empregadas domésticas, quando grande parte da classe média era contra. Bolsonaro se transformou na voz da insensibilidade social dessa parcela da classe média. Bolsonaro trabalhou pesado e votou contra as conquistas das empregadas domésticas”, recordou.

Mesmo pontuando que o sonho de ser senador por Pernambuco “desmoronou” com o veto do PT à candidatura de Marília Arraes a governadora, Silvio Costa disse que como em todo partido “tem gente de bem e gente que não presta” e o candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) não pode ser prejudicado por ser do PT.

“É evidente que respeito os eleitores e eleitoras de Bolsonaro, mas sinto-me na obrigação de alertar que eles estão equivocados. Nós não podemos criminalizar Fernando Haddad só porque ele é candidato pelo Partido dos Trabalhadores. Haddad é um homem digno, competente, preparado para ser um grande presidente do Brasil”, observou o deputado federal.

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