Haddad espera “ansiosamente” um aceno de Ciro Gomes

Na ótica do presidenciável, "é muito importante para o Brasil que ele se manifeste publicamente"

por Giselly Santos ter, 23/10/2018 - 09:39
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Nessa segunda, Haddad recebeu o apoio de Eymael (DC) e Marina Silva (Rede) Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) disse que aguarda “ansiosamente” por uma manifestação de apoio de Ciro Gomes, que concorreu o primeiro turno presidencial pelo PDT. “Eu esperava e espero que o Ciro dê um alô de onde ele estiver, porque é muito importante para o Brasil que ele se manifeste publicamente. Aguardo ansiosamente o seu aceno, porque precisamos ganhar a eleição e governar juntos o Brasil”, considerou, em entrevista ao Roda Viva, na noite dessa segunda-feira (22).

Ciro viajou para o exterior dias após o 1º turno e o PDT declarou apoio crítico ao PT, tanto que o irmão do ex-presidenciável, Cid Gomes, chegou a bater boca com militantes petistas ao pedir que o partido fizesse uma mea culpa sobre a crise enfrentada pelo país após o governo de Dilma Rousseff (PT).

Questionado se o PT não precisava fazer uma autocrítica com relação aos pedetistas, uma vez que a presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann (PR), chegou a dizer que Ciro não passava no partido para um eventual apoio "nem com reza brava", Haddad disse que pensava diferente da dirigente.

O presidenciável ponderou que desde o ano passado tem buscado aproximação com Ciro Gomes e classificou o pedetista como um “grande quadro político”. “Sou muito próximo do Ciro e era dos petistas que cogitava que sim, o PT sim poderia apoiar o Ciro à Presidência se houvesse uma aproximação maior. Cheguei a ligar para o Carlos Lupi para sugerir uma visita dele ao Instituto Lula, conversei com Mangabeira Unger e disse porque não pensar uma chapa Lula/Ciro”, ressaltou, dizendo que se o ex-presidente fosse impedido de candidatar-se, como aconteceu, Ciro poderia assumir a chapa.

“Sempre agi com muito desprendimento em relação a isso. O que está em jogo no Brasil é tão sério que projetos pessoais jamais deveriam se impor sobre qualquer outro interesse que não seja o nacional. Acho e repito: Bolsonaro é uma ameaça ao interesse nacional e popular, desde sempre acho isso. Ciro sabe de tudo isso, conhece essa história toda”, acrescentou.

Nessa segunda, Haddad recebeu o apoio de dois ex-presidenciáveis de partidos que haviam declarado neutralidade: Eymael (DC) e Marina Silva (Rede).

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