Tabata Amaral não vai apoiar Lula até ouvir suas propostas

A deputada federal resiste ao direcionamento do PSB, que lançou Geraldo Alckmin como vice do petista

seg, 06/06/2022 - 09:59
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil A deputada Tabata Amaral Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) vai defender sua reeleição neste ano, mas ainda não definiu qual candidato vai apoiar à Presidência. Seu partido chancelou a aliança nacional com o PT ao indicar Geraldo Alckmin como vice da chapa do ex-presidente Lula (PT). Contudo, a parlamentar resiste ao direcionamento da sigla.

Em entrevista ao Metrópoles, Tabata apontou que prefere aguardar as convenções partidárias de julho para conhecer as propostas do ex-presidente Lula e avaliar se ele merece apoio.

“Vocês (petistas) já sabem qual vai ser o meu lado, mas eu preciso que vocês me digam o que vão fazer na educação. Qual será a pauta econômica? O que vão fazer para unir o Brasil? Vamos fazer uma frente ampla? Quais conversas serão feitas para que pessoas sérias de centro direita e que são democratas estejam desse lado? É uma decisão de não entrar nessa coisa quando as pessoas não estão conversando com quem importa, com quem está na ponta”, declarou.

A deputada indicou que, independente do seu candidato no primeiro turno, vai optar pelo que for adversário de Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno. "Todo mundo sabe que eu estarei do lado oposto ao do Bolsonaro", frisou.

Relutante à aliança com o PT, ela lembrou da briga virtual que repercutiu em uma ação judicial contra o ator José de Abreu, que é filiado a legenda. A parlamentar lembrou que não recebeu solidariedade dos petistas na ocasião. “Você tem uma figura pública que retuita uma mensagem dizendo que eu merecia ser socada. Não tem interpretação, é um crime isso, e ele está sendo processado por isso. Absolutamente ninguém do PT se pronunciou”, destacou.

Para Tabata, tanto a publicação de José de Abreu quanto as críticas públicas de Ciro Gomes, líder do seu ex-partido, são exemplos da misoginia na política. Ela considerou que o pedetista foi uma das figuras mais atuação em um movimento de destruição da sua reputação.

“A população tem totais condições de julgar como o Ciro se posta em situações que se relacionam com mulheres. Ele participou de forma bem ativa de um processo de difamação, de um processo de destruição de reputação contra mim, que havia discordado dele. Essa palavra é muito importante. A discordância de uma menina, que foi como ele encarou a situação, fere mais do que a discordância de um homem, que é visto como igual. É por isso que as pessoas nem sabem quem foram os parlamentares do PDT que votaram a favor da reforma da Previdência”, declarou.

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