Tabata fala sobre rompimento da ala progressista em 2024

A deputada está entre os possíveis candidatos para a Prefeitura de São Paulo e espera uma posição do PT sobre o apoio a Guilherme Boulos

qua, 12/04/2023 - 11:05
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Tabata Amaral também fez criticas às gestões estadual e municipal de São Paulo Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Colega de partido de Geraldo Alckmin, Tabata Amaral elogiou a atuação do vice-presidente em seus 100 dias na governo federal. Integrada ao PSB na última eleição, a deputada federal defendeu a campanha de Lula, mas questionou a formação de uma unidade progressista de legendas da esquerda.  

Nos elogios ao vice-presidente, em entrevista à Folha de S. Paulo, a parlamentar definiu Alckmin como "uma pessoa extremamente humilde, mas com certeza é um dos quadros que mais nos orgulha no PSB", sem estimular uma eventual candidatura presidencial em 2026. 

Ela defendeu a evolução do PSB como um partido protagonista no cenário nacional e deixou indicativo de uma posição que rompa a polarização. "Faz falta ao Brasil uma centro esquerda forte e pujante. Faz falta uma esquerda com uma visão econômica de centro e pautada em dado. [...] Tenho muito respeito pela história do PT, mas esse lugar precisa ser ocupado. E a gente vai estar lá. Precisamos trilhar nosso caminho. Tenho certeza que vamos nessa direção de construir uma centro esquerda que faz falta ao Brasil." 

Considerada como um dos nomes com força para a próxima disputa à Prefeitura de São Paulo, em 2024, Tabata não confirmou a aliança com o PT e espera a posição da legenda em relação à promessa de apoio a Guilherme Boulos (PSOL). 

"O debate sobre a melhor estratégia do campo progressista vai acontecer no ano que vem. Há quem defenda a união do campo progressista, mas também quem defenda que a gente fure essa polarização com uma candidatura viável", resumiu. 

Sobre a capital paulista, a deputada disse que São Paulo está "visivelmente mal cuidada" e com "sensação de insegurança" sob a gestão de Ricardo Nunes (MDB). Ela também criticou a atuação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre fazer "esforço estranho em fazer acenos ao bolsonarismo" ao citar a pauta das mulheres e dos direitos humanos. 

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