Novo ministro da Educação alega afastamento de ideologia

'Eu não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica' disse Carlos Alberto Decotelli em entrevista ao 'O Globo'

por Lara Tôrres qui, 25/06/2020 - 17:59
Arquivo/Marcello Casal JrAgência Brasil . Arquivo/Marcello Casal JrAgência Brasil

O novo ministro da Educação nomeado nesta quinta-feira (25), Carlos Alberto Decotelli, declarou em entrevista ao jornal O Globo que diferentemente de seus antecessores Ricardo Vélez e Abraham Weintraub, não pretende fazer uma gestão pautada em discussões de cunho ideológico na pasta da educação. 

“Eu sou uma pessoa que sou professor da FGV há muito tempo e a minha questão é o trabalho. Eu não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica. Vou conversar, dialogar. Minha visão é transformar o ambiente da política educacional em ambiente de sala de aula, e na sala de aula conversamos. A minha função é técnica”, afirmou o novo ministro.

Militar da reserva da marinha, ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com formação na área econômica, Decotelli comentou outros assuntos como a pretensão de tocar adiante temas como a continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como uma de suas prioridades no ministério. 

“São três as prioridades: a primeira é ampliar o diálogo e interlocução para que haja divulgação correta em relação às políticas do MEC; atualizar o cronograma dos compromissos que estão estabelecidos; as ponderações em relação ao novo Fundeb; as políticas envolvendo a covid-19  e a parte de biossegurança. Queremos fazer um trabalho de gestão interna integradora, com diálogo mais forte entre FNDE e a Capes, e a estrutura operacional que é a estrutura estratégica no gabinete. A preocupação com a biossegurança para reativação das aulas e o Fundeb (são as principais questões)”, disse o novo comandante do MEC. 

No que diz respeito ao combate à Covid-19, Carlos Alberto Decotelli destaca o desejo de se aproximar do Conselho de Secretários de Educação (Consed) para discutir e viabilizar o retorno dos estudantes às aulas presenciais junto aos secretários estaduais de educação. 

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