Magalhães afirma que pode votar em Campos para presidente
O ex-governador disse que o socialista tem um discurso correto
O ex-governador de Pernambuco Roberto Magalhães (DEM) declarou, nesta segunda-feira (27), que não votará em todos os nomes que integrarem o leque de alianças do Democratas. Segundo ele, para a presidência da República, por exemplo, não deve acompanhar o senador tucano Aécio Neves. A melhor opção, de acordo com Magalhães é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
"O discurso dele (Eduardo Campos) está correto. Essa coisa do novo. Era o que eu faria se fosse o candidato... Já disse a todos em quem preferiria votar. Armando seria um bom nome para o estado e poderia votar para presidente em Eduardo Campos", afirmou durante entrevista a rádio local.
O DEM ainda não decidiu ao lado de quem ficará durante as eleições deste ano. Nacionalmente é provável que os democratas fechem com Aécio Neves, em Pernambuco há um consenso sobre o nome de Armando Monteiro (PTB), mas com a possível presença do PT na aliança, o nome da legenda poderá ser o indicado de Campos para a sucessão.
FHC e a "herança maldita"
O ex-governador ao ser questionado sobre a atual conjuntura do Brasil afirmou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) deixou uma "herança maldita" no país, com a aprovação do processo de reeleição para o executivo. “Eu votei nele em todas as eleições, considero um grande intelectual, li praticamente todos os livros dele, mas ele deixou uma herança maldita para este País. Como é que você, de manhã está fazendo comício e de noite está decidindo interesses privados e econômicos?”, questionou. Segundo Magalhães, o processo de reeleição fez com que a sociedade brasileira se esquecesse de alguns valores políticos.
A proposta foi de autoria do deputado federal Mendonça Filho (DEM), em 1995. Magalhães frisou que não culparia o aliado pelo ato. "Sou amigo de Mendonça. E não sei se ele tem culpa não, porque você sabe que projeto do Planalto já vem pronto”, disse.