Paulo Câmara é "invenção política", alfineta Armando

O pré-candidato reforçou o discurso de que esta "não será uma eleição de padrinhos"

por Giselly Santos seg, 16/06/2014 - 15:55
Líbia Florentino/LeiaJáImagens Na ótica do petebista, a Frente Popular é um 'ajuntamento ocasional' e 'sem consistência' Líbia Florentino/LeiaJáImagens

Pré-candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB), afirmou, nesta segunda-feira (16), que o principal adversário dele, o candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), é uma “invenção política” e vai precisar “muito” da ajuda do ex-governador e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), para ser eleito. A afirmativa do senador foi dada em resposta as declarações feitas por Campos, no último domingo (15), quando se colocou a interia disposição para a campanha de Câmara

“É natural. Ele (Eduardo Campos) tem que estar junto. Ele (Paulo Câmara) tem uma fragilidade evidente. É uma invenção política de Eduardo. Vai precisar bastante de ajuda”, analisou. “Mas como já disse esta não é uma eleição de padrinhos”, acrescentou o petebista.

Ao mencionar os famosos apadrinhamentos políticos, Armando foi questionado pela imprensa sobre a importância da visita do ex-presidente Lula (PT) e da presidente Dilma Rousseff (PT), na última sexta-feira (13), para reforçar o apoio petista a pré-candidatura dele. “Classifico a visita como positiva. Mas nunca fiquei valorizando isso. Se eles puderem vir mais vezes, ótimo. Se não, a gente caminha só”, assegurou. 

Base de sustentação para a candidatura

Enquanto a Frente Popular tem 20 partidos na base, a coligação Juntos por Pernambuco apresentou, até agora, tem cinco legendas. Mesmo com a quantia baixa de apoios partidários, Armando colocou que não vai se intimidar na campanha. Para ele, a expressão numérica de siglas não vence a eleição. 

“A expressão não se mede pelo número de siglas, mas pelo grau de consistência e coerência. A nossa frente tem mais coerência do que a outra. No Pernambuco 14 fortaleci a minha crença de que o pernambucano quer se expressar com independência e absoluta altivez”, frisou. 

Na ótica do petebista, a Frente Popular é um “ajuntamento ocasional” e “sem consistência”. “Você tem do DEM ao PCdoB. Ao fazer discursos é possível até falar mal de alguém. Aí você fala das raposas do PMDB nacional e ele está do lado. Não é um balanço numérico de siglas que define a força. Esse gigantismo incomoda alguns setores da população”, avaliou. “Se pretende fazer um rolo compressor, uma falsa unanimidade. Pernambuco sempre foi a pluralidade e a diversidade”, acrescentou. 

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