Reta final e o desafio de conquistar os indecisos

Para governador eles somam 27%. De acordo com especialista, 10% destes eleitores estão disponíveis para a garimpagem de Armando e Câmara

por Giselly Santos seg, 29/09/2014 - 09:52
Reprodução da Internet Apesar de ter reduzido, em julho eles eram 49%, o percentual ainda é significativo, principalmente para os candidatos de grande porte Reprodução da Internet

Na última semana de campanha eleitoral um dos desafios dos candidatos é o de conquistar o voto dos indecisos. Em Pernambuco, de acordo com o último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), 27% (brancos e nulos/não souberam responder) dos eleitores ainda não escolheram em quem pretendem votar no cargo de governador. 

Apesar de ter reduzido, em julho eles eram 49%, o percentual ainda é significativo, principalmente para os candidatos de grande porte, Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB). “Normalmente o eleitor indefinido opta por um dos candidatos de grande porte. É o chamado ‘voto útil’. Onde eles até poderiam votar em um candidato com menor densidade eleitoral, mas também veem aquela de ‘não quero perder o voto’ e seguem na tendência de ‘vou votar no que vai ganhar’”, afirmou o analista e coordenador do IPMN, Maurício Romão. 

A estimativa, de acordo com Romão, é que 10% (dos 27%) estejam ainda disponíveis para a garimpagem dos candidatos. O percentual segue a linha de brancos e nulos obtidos em 2010, somados eles configuraram 14% dos pernambucanos. Para conquistar o grupo de indefinidos, os candidatos normalmente não adotam estratégias diferentes na campanha, mas intensificam as visitas por cidades polos e os maiores colégios eleitorais. Armando, por exemplo, deverá passar, esta semana, por cidades como Petrolina, no Sertão, Caruaru, no Agreste, e pontos específicos da Região Metropolitana. O mesmo acontecerá com Câmara, nesta segunda-feira (29), ele já visitará Caruaru, no fim de semana fez um giro pela RMR e até a sexta (3) outras regiões do estado passarão pela rota. 

“Nesta reta final a conquista de indecisos não modifica o padrão de comportamento de campanha exercida até agora. Não há uma estratégia especifica para isso. A geral é aquela que vale. Um dos grandes trunfos são as campanhas proporcionais. Eles influenciam bastante”, observou. 

O cenário de indecisão é ainda maior para o Senado, segundo o IPMN eles somam 37%. A disputa segue polarizada entre o candidato da Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho (PSB), e da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, João Paulo (PT). “É um percentual bem maior porque no processo de campanha ele é secundarista para o eleitor, que se define para o Senado já nos últimos dias. A tendência é diminuir este percentual (nas próximas pesquisas)”, frisou Romão.

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