Secretário projeta ano 'igual ou pior a 2016'

Para o prefeito Eduardo Tabosa (PSD), as finanças das prefeituras não devem atingir um nível positivo em 2017

por Giselly Santos ter, 10/01/2017 - 16:38

Secretário-geral da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e prefeito de Cumaru, no Agreste de Pernambuco, Eduardo Tabosa (PSD) não acredita no crescimento da economia em 2017. Para ele, o quadro financeiro das prefeituras será “igual ou pior” ao de 2016. “Esses novos gestores não podem efetuar aquilo que acertaram nas urnas no primeiro momento. Eles vão ter um ano igual ou pior do que 2016 e é preciso que comecem com os pés no chão”, ponderou, ao participar do IV Seminário de Novos Gestores Municipais, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta terça-feira (10). 

Amenizando as recentes críticas de problemas nas transições dos governos municipais, Tabosa afirmou que o saldo negativo deixado para os novos gestores foi resultado da crise econômica.

“Há criticas desses novos gestores, mas se analisarmos este mandato que passou, estudos mostram que nos últimos cinco anos perdeu-se ao menos um de arrecadação. Além do mais, os últimos três anos o PIB tem sido negativo e isso repercutiu nas finanças do município. Só o FPM [Fundo de Participação dos Municípios] de 2016 que tinha uma projeção de R$ 98 bilhões com a repatriação só atingiu R$ 88 bilhões. É uma queda real e nominal. Está constatado que o FPM caiu, prejudicou e mesmo com a repatriação os municípios não conseguiram fechar as contas”, salientou.

Apesar disso, o secretário-geral reconheceu que em alguns casos “houve uma descontinuidade” dos serviços públicos após a campanha eleitoral. “Têm locais que há sim uma má gestão, há casos que realmente os serviços pararam e houve uma descontinuidade, mas eu diria que a grande maioria passou por uma crise tremenda e não terminou a gestão”, ponderou. 

Segundo Tabosa, na próxima semana a CNM vai fechar um levantamento com o número de prefeitos que não conseguiram fechar as contas municipais em 2016 por causa da crise financeira.

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