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Secretário-geral da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e prefeito de Cumaru, no Agreste de Pernambuco, Eduardo Tabosa (PSD) não acredita no crescimento da economia em 2017. Para ele, o quadro financeiro das prefeituras será “igual ou pior” ao de 2016. “Esses novos gestores não podem efetuar aquilo que acertaram nas urnas no primeiro momento. Eles vão ter um ano igual ou pior do que 2016 e é preciso que comecem com os pés no chão”, ponderou, ao participar do IV Seminário de Novos Gestores Municipais, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta terça-feira (10). 

Amenizando as recentes críticas de problemas nas transições dos governos municipais, Tabosa afirmou que o saldo negativo deixado para os novos gestores foi resultado da crise econômica.

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“Há criticas desses novos gestores, mas se analisarmos este mandato que passou, estudos mostram que nos últimos cinco anos perdeu-se ao menos um de arrecadação. Além do mais, os últimos três anos o PIB tem sido negativo e isso repercutiu nas finanças do município. Só o FPM [Fundo de Participação dos Municípios] de 2016 que tinha uma projeção de R$ 98 bilhões com a repatriação só atingiu R$ 88 bilhões. É uma queda real e nominal. Está constatado que o FPM caiu, prejudicou e mesmo com a repatriação os municípios não conseguiram fechar as contas”, salientou.

Apesar disso, o secretário-geral reconheceu que em alguns casos “houve uma descontinuidade” dos serviços públicos após a campanha eleitoral. “Têm locais que há sim uma má gestão, há casos que realmente os serviços pararam e houve uma descontinuidade, mas eu diria que a grande maioria passou por uma crise tremenda e não terminou a gestão”, ponderou. 

Segundo Tabosa, na próxima semana a CNM vai fechar um levantamento com o número de prefeitos que não conseguiram fechar as contas municipais em 2016 por causa da crise financeira.

O prefeito de Cumaru, no Agreste de Pernambuco, e secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Eduardo Tabosa (PSD), foi denunciado, nesta sexta-feira (18), pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de sonegação fiscal. De acordo com o MPF, Tabosa é acusado de deixar de pagar tributos relativos ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

No primeiro mandato (2009-2012), segundo as informações apuradas pelo MPF, o prefeito deixou de pagar mais de R$ 82,8 mil de Pasep. Em maio de 2011, a quantia sonegada já atingia o valor consolidado de R$ 157,9 mil.

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De acordo com a denúncia, o prefeito omitiu valores que deveriam constar na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), referente ao exercício 2009. A omissão foi identificada por diligências efetuadas pela Receita Federal, após o encerramento de um processo administrativo fiscal. 

A denúncia foi oferecida pela Procuradoria Regional da República da 5.ª Região, no Recife. Por se tratar de um prefeito, a tramitação do processo ocorre no TRF5 e não na primeira instância da Justiça Federal em Pernambuco. Se a denúncia for acatada, Eduardo Tabosa passará a ser réu em ação penal. O crime de sonegação fiscal prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Procurado pelo Portal LeiaJá, o prefeito não atendeu às ligações até o fechamento desta matéria. 

A falta de recursos das prefeituras diante do cenário econômico nacional foi o tema de uma mobilização dos prefeitos de Pernambuco nesta segunda-feira (9). Mais de 100 gestores, de todas as regiões do Estado, lotaram as galerias da Assembleia Legislativa (Alepe) na tentativa de sensibilizar os parlamentares e os governos federal e estadual quanto a escassez dos recursos para os municípios. 

Durante o ato, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), convocou os poderes a buscarem “ações compartilhadas” para amenizar a situação das cidades. “É preciso que a gente compartilhe esta situação que estamos. O que acontece nos municípios quem sofre é a sociedade. A gente precisa ter responsabilidade, compartilhar esta situação e buscar saídas”, conclamou. 

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Segundo Patriota, o subfinanciamento dos projetos federais é um dos itens que mais tem pesado para os municípios. “Enquanto tinha fôlego não reclamávamos disso, nossa obrigação é fazer, fomos eleitos para isso. Agora quando não dá e chega ao ponto que está chegando agora temos que dizer. Não podemos fazer de conta. Não estamos fazendo um protesto, é um alerta. É um grito”, destacou. 

A maioria das pautas reivindicadas pelos gestores diz respeito a projetos em tramitação no Congresso Nacional. Para Patriota, os parlamentares deveriam deixar de lado a discussão política tanto no Senado quanto na Câmara Federal para focar na “necessidade da população”. “O Congresso com seu impasse político não pode retardar as votações. Pedimos que o Congresso resolva seus próprios impasses para adiantar as pautas que interessam ao povo”, observou.

A situação das prefeituras tende a piorar este mês, com a redução da primeira parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), agendada para ser paga nesta terça-feira (10). O FPM sofrerá uma queda de 19%, o que representa a redução de R$ 45 milhões em Pernambuco.

Para amenizar as consequências de queda ou retenção, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) anunciou durante a passagem pela Alepe que vai apresentar, nesta terça, uma proposta que pretende regulamentar a retenção do repasse de cotas do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou FPM pela União que tem sido praticada, segundo o parlamentar, de “forma indiscriminada” sempre que um desses entes federativos possui débitos tributários vencidos ou vincendos.

“A situação dos municípios tem ficado ainda mais difícil com a atual sistemática de retenções de obrigações tributárias feitas pela União, por meio da Receita Federal, sem critérios rígidos, sem aviso prévio. E, em muitos casos, sem que o próprio ente punido saiba a natureza do crédito retido, o seu valor e a motivação”, disse o deputado.

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O líder da bancada de oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho (PTB), defendeu a criação de uma Frente Parlamentar na Casa direcionada para as pautas municipais. “Essa não deve ser uma matéria de governo e oposição, mas dos pernambucanos. Se tem um tema que vai unir governo e oposição aqui na casa é o de defender os municípios. Todas as vezes que o governador convidar a oposição para debater o fortalecimento dos municípios vai contar com o apoio”, frisou. 

Representando a bancada governista, o deputado Aluísio Lessa (PSB) destacou a dificuldade dos gestores em fechar as contas municipais e disse que é em Brasília “que as mobilizações municipais devem tomar força”. “O mais fracos dos entes federativos não pode pagar o preço de uma insensibilidade do governo federal que teima em não dar sinais nenhum de mudança”, disparou. 

Por volta das 11h40, os gestores finalizaram a reunião na Alepe com a leitura da “Carta dos prefeitos à população e às autoridades”. Nela, eles elencam a situação de “calamidade” da saúde e da educação, além de protestarem contra a “repartição injusta e desequilibrada dos recursos entre os entes federativos”. 

Para modificar o quadro, no texto, os prefeitos sugeriram o engajamento dos parlamentares para amenizar a “realidade agravada ainda mais pelos 5 anos de seca”. Entre os assuntos que requer o esforço, eles elencam a aprovação da nova CPMF com 0,20% para a União, 0,9% para os estados e 0,9% para os municípios. 

Após a reunião na Alepe, os prefeitos seguiram em passeata da sede do Legislativo, na Rua da Aurora, até o Palácio do Campo das Princesas, em frente à Praça da República, onde encontram o governador Paulo Câmara (PSB), que também recebeu uma cópia da carta. 

Ao socialista os prefeitos reivindicaram a liberação de Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e o não fechamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no Estado.

Como resposta, o governo anunciou o resultado do edital do Escritório de Projetos e a liberação das parcelas atrasadas do FEM. Para o Escritório foram selecionadas 47 propostas, sendo 12 consorciadas e 35 individuais. A ferramenta contribui com o financiamento da elaboração dos projetos de engenharia para obras de infraestrutura urbana e rural; meio ambiente e sustentabilidade e desenvolvimento social. Juntas, elas somam R$ 10 milhões e contemplam 123 municípios de forma direta e indireta. Já em relação ao FEM, foram liberados R$ 30 milhões para 161 trabalhos de 102 municípios. 

A primeira parcela do mês de novembro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), agendada para ser paga nesta terça-feira (10), sofrerá uma queda de 19%. O anúncio da redução foi feito pelo presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), nesta segunda (9) para os gestores pernambucanos que estão reunidos em um ato na Alepe. A mobilização acontece para alertar a sociedade e aos governos Federal e Estadual sobre a situação econômica grave das prefeituras.

“É preciso compartilhar a situação que estamos. O que acontece nos municípios, quem sofre é a sociedade. Não podemos fazer de conta que não existe crise”, disse. “E a situação continua agravando, para novembro, por exemplo, temos um prenúncio de queda do FPM em 19%. São os meses que historicamente sempre tiveram uma melhoria: novembro e dezembro”, acrescentou. 

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A queda representa R$ 45 milhões a menos nos cofres das prefeituras pernambucanas. O secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), detalhou que um dos itens que tem ampliado a redução é a falta de pagamento de impostos das empresas privadas.

“Elas preferem optar por um Refis – acordo com o Governo Federal – posterior, do que o pagamento do ICMS”, pontuou. “Esta normalmente é a maior parcela do mês e o que preocupa é que o FPM é sazonal. Tem crescimento até maio, porque aí entra imposto de renda, e depois disso ele cai. Em um ano normal, ele já deveria estar crescendo, mas ao contrário continua caindo”, completou o prefeito.

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A queda do FPM, neste mês, segundo Tabosa atrapalha no pagamento do 13º. "Vamos ter que pagar o 13º e negociar a folha de dezembro. A solução deve ser esta para muitos prefeitos", observou.  

Reunidos na Alepe, os prefeitos pretendem “chamar a atenção” do Congresso Nacional e dos governos para colocar o assunto da crise nacional em pauta. De acordo com a Amupe, cerca de 100 prefeitos participam do ato. Além deles, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) e deputados estaduais, como o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PTB), e o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). 

Ainda na manhã desta segunda, às 11h30, os chefes dos executivos municipais se reúnem com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). 

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) encontrou o prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), em Brasília, nesta quarta-feira (17). Ele foi acompanhado do prefeito do município pernambucano e Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), do presidente da Associação de Municípios de Alagoas, Jorge Dantas, e do representante dos municípios do Paraná, Eduardo Stranz.

Durante a reunião, eles conversaram sobre as propostas para o novo pacto federativo que o congresso brasileiro está discutindo. Hoje, os municípios brasileiros são os mais sacrificados, ficando com menos de 20% dos tributos arrecadados. Fernando Bezerra Coelho é o relator da comissão especial que irá propor um novo pacto federativo.

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"A atual divisão dos recursos no país é perversa e castiga os municípios, que precisam ter mais capacidade para atender às demandas da população. Estamos ouvindo a todos, para construir um modelo mais justo e democrático", afirmou Coelho.

O vice-prefeito de Cumaru, Marcos Antônio Bezerra Costa (PSD), foi assassinado a tiros na manhã desta terça-feira (2). O crime aconteceu na BR-104, no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Segundo informações da Polícia Militar (PM), a vítima estava dirigindo uma caminhonete quando um homem teria se aproximado, em uma moto, e efetuado os disparos. 

Bezerra não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A vítima morava em Caruaru e, segundo a polícia, estava seguindo em direção ao Terminal Rodoviário de Caruaru, onde o pai dele tem um estabelecimento comercial.

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A Polícia Civil vai investigar o caso. O crime pode ter sido motivado por desavenças políticas. Segundo o prefeito de Cumaru, Eduardo Tabosa (PSD), o vice-prefeito não tinha inimigos, era muito querido no município. Tabosa descartou que o assassinato tenha alguma conotação política.

O corpo do vice-prefeito foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. O enterro deve ser realizado nesta quarta-feira (3). 

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