No Recife, sindicatos fazem 'esquente' para greve geral

Lideranças defendem que a paralisação das atividades de diversas frentes trabalhistas aconteça na próxima semana

por Giselly Santos ter, 05/12/2017 - 18:43

Uma manifestação organizada pelas centrais sindicais nesta terça-feira (5), no Recife, está sendo considerado uma espécie de preparação para uma greve geral no país contra a reforma da Previdência. Lideranças da Força Sindical, da Intersindical e da Central Únicados Trabalhadores defendem que a paralisação seja marcada para a próxima semana. Ainda não há uma data definida pelo grupo.

Segundo o presidente da Força em Pernambuco e vereador do Recife, Rinaldo Junior (PRB), a paralisação deve acontecer na terça ou quarta-feira. "Terá uma reunião hoje a noite e a data deve ser anunciada, defendo que seja logo, pois o bandido do Temer vai colocar a reforma em votação", disse. "A melhor forma do trabalhador reivindicar é nas ruas e os parlamentares estão com medo disso, sabem que não vão voltar para Brasília", acrescentou.

Indagado sobre como avaliava as articulações do presidente Michel Temer para conquistar votos de apoio, o parlamentar disse que "os trabalhadores não podem ficar calados porque teve um jantarzinho".

"É um balcão de negócios. Foi assim na reforma trabalhista e agora com a Previdência. Hoje seria um dia de greve da classe trabalhadora, mas o movimento sindical deu uma chance para que o Congresso reavaliasse sua postura", disse.

Presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros classificou a reforma como "criminosa" e disse que "o governo mais corrupto do país está querendo impor a classe trabalhadora". "É praticamente retirar da população o direito de usufruir da aposentadoria. Cada um de nós somos responsáveis por divulgar o nome e o partido de quem votar a favor. Desses pilantras, quem votar pela reforma não voltará ao Congresso", ponderou.

O discurso foi corroborado pelo presidente da CUT, Carlos Veras. "Se botarem para votar a reforma da Previdência o Brasil vai parar novamente. Vamos usar de todas as formas de luta e resistência", cravou.

A manifestação contra a reforma da Previdência iniciou a concentração por volta das 15h, na Praça do Derby, e depois, por volta das 17h30, seguiu em caminhada pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti e Conde da Boa Vista, até as imediações do shopping. Durante o trajeto os que discursavam no trio elétrico também focavam na necessidade da paralisação.

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