Tópicos | greve geral

O presidente Javier Milei enfrentou uma greve geral contra pacote de medidas para desregulamentar a economia. A paralisação foi convocada pela maior central sindical da Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), que falou na adesão de 1,5 milhão de pessoas por todo país, sendo 600 mil em Buenos Aires. Na capital, os manifestantes se concentraram em frente ao Congresso, onde tramita um dos projetos prioritários para o governo. Segundo a polícia portenha, o ato reuniu entre 80 e 100 mil pessoas.

Apesar do protocolo do governo que proíbe o bloqueio de vias, a 9 de julho, uma das principais avenidas de Buenos Aires, foi tomada por manifestantes em que seguiam em direção ao Congresso ao longo da tarde. O protesto se dispersou por volta das 15h, depois que as lideranças sindicais discursaram contra o megadecreto e a chamada "Lei Ônibus".

##RECOMENDA##

As falas foram marcadas pela ameaça do sindicalista Pablo Moyano ao ministro da Economia, Luis Caputo. "Se seguir com essas medidas, os trabalhadores não vão erguer o ministro nos ombros, vão jogá-lo no Rio Riachuelo", disse. A ameaça faz referência à declaração de Javier Milei, que sugeriu no começo do mês "erguer" o ministro, se a inflação de dezembro ficasse abaixo dos 30%. Caputo, por sua vez, disse esperar que a Justiça adote as medidas cabíveis em resposta ao sindicalista.

Além da mobilização nas ruas, a greve geral afeta ainda o sistema de transporte da Argentina. Voos foram cancelados e boa parte das linhas de ônibus, trens e metrôs para de circular na noite desta quarta-feira, 24. Os serviços de coleta de lixo e correios também sofreram interrupções.

O movimento foi criticado pelo governo, que assumiu há 45 dias. "Vai de encontro ao que a maioria quer: viver em paz em um país onde as coisas começam a ser bem feitas, entendendo que é um momento extremamente complicado", declarou o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, sobre a paralisação.

Minutos antes do início oficial da greve, ao meio-dia, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, postou nas redes sociais vídeos com comerciantes do bairro de Flores, em Buenos Aires, que não aderiram à paralisação. "Todo mundo trabalhando aqui?", perguntou repetidas vezes. "Aqui estão todas as pessoas que trabalham. Quem não trabalha não come. Aqui todos estão trabalhando", declarou.

Os manifestantes se opõem aos projetos do governo que, juntos, somam mais de mil medidas para desregulamentar praticamente todos os aspectos da economia argentina. A chamada Lei Ônibus recebeu hoje o aval das comissões da Câmara para votação em plenário depois de um recuo do governo, que abriu mão de 141 artigos do pacote.

Apesar do avanço, a avaliação é de que ainda não há maioria para aprovar pontos considerados centrais do texto em plenário. Por isso, a votação que o governo esperava para esta quinta-feira, 25, foi adiada e só deve ocorrer na próxima terça, segundo a imprensa argentina. Diante da notícia, as centrais sindicais já falam em novas mobilizações para semana que vem.

O megadecreto, por sua vez, entrou em vigor automaticamente, em dezembro, mas ainda precisa passar por uma comissão do Congresso e enfrenta questionamentos na Justiça. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As companhias aéreas Gol e Latam cancelaram voos para a Argentina programados para a próxima quarta-feira, dia 24. A ação se deve à greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), que afetará toda a operação aeroportuária nas principais cidades do país, Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário, impossibilitando a realização dos voos.

Uma busca nos sites da Gol e da Latam mostra que não é possível comprar passagem para o dia 24, em nenhum trecho. Em outros dias, os voos estão normais. As companhias aéreas não informaram o número de voos cancelados no dia 24.

##RECOMENDA##

A greve geral na Argentina é uma resposta do CGT a medidas econômicas do presidente Javier Milei, que quer fazer uma série de reformas trabalhistas no país.

"A GOL informa que cancelou seus voos de ou para os aeroportos da Argentina em 24 de janeiro de 2024", afirma nota da empresa aérea. "Todos clientes terão seus voos remarcados para outras datas e poderão realizar a alteração sem custos, podendo solicitar reembolso integral", informa nota da Gol.

Segundo a companhia área, clientes com bilhetes marcados para o dia 24 estão recebendo comunicação via e-mail e SMS. A Gol informa ainda que para atender os clientes afetados, criou operações extras para os dias 25 e 26 de janeiro.

"O Grupo Latam informa sobre a possibilidade de atrasos e/ou cancelamentos nos voos com origem ou destino na Argentina em 24 de janeiro devido a uma greve geral anunciada para todo o país", informa comunicado da Latam. Os passageiros afetados por possíveis cancelamentos e/ou remarcações de voos dia 24 podem alterar voo sem multa (tanto ida quanto volta) para uma nova data de viagem até 15 dias após a data original ou solicitar o reembolso sem multa.

A França voltou a registrar grandes protestos nesta terça-feira (31) quando frentes sindicais de diversas categorias convocaram uma nova greve geral contra a reforma da Previdência apresentada pelo governo de Emmanuel Macron, que pretende aumentar a idade mínima de aposentadoria dos 62 para os 64 anos. Os protestos de rua são o segundo ato convocado pelos sindicatos, que há duas semanas reuniram mais de 1 milhão de pessoas nas ruas das principais cidades do país.

Os serviços de inteligência da França esperam que cerca de 1,2 milhão de manifestantes saiam às ruas nesta terça, um número similar ao da primeira jornada de manifestações da semana passada. Confirmaram adesão à paralisação trabalhadores dos transportes, do setor de energia, professores do ensino básico e até mesmo policiais e outros agentes da segurança pública.

##RECOMENDA##

O funcionamento de ônibus, trens e bondes em cidades como Paris e Nice foram total ou parcialmente interrompidos, e o serviço de trens de alta velocidade foram afetados "de forma significativa", de acordo com operadoras ferroviárias. A Air France estimou que um em cada 10 voos de curta e média distância seria cancelado.

Metade dos professores do ensino público, da pré-escola ao ensino médio, não deve trabalhar, de acordo com os sindicatos que convocaram os protesto. Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, onze mil policiais e gendarmes fiscalizarão os atos desta terça-feira - 4 mil deles apenas em Paris.

"A primeira-ministra [Élisabeth Borne] não pode continuar ignorando esta formidável mobilização que se criou: ‘ouça o descontentamento que está sendo expresso em todos os lugares’", pediu Laurent Berger, líder da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, uma das principais entidades sindicais da França, na segunda-feira, 30.

Borne assegurou no domingo (29) que o adiamento progressivo até 2030 da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos "não era mais negociável", enfurecendo a oposição de esquerda, que pediu uma "moção popular de censura" nas ruas, onde foram convocadas 240 manifestações.

O novo dia de protesto pode aumentar a tensão na Assembleia Nacional, a Câmara Baixa do Parlamento francês, que iniciou na véspera a revisão da reforma e tem menos de uma semana para debater 7 mil emendas apresentadas ao projeto original, que deve ser levado ao plenário na segunda-feira.

O plano atual, apresentado pela primeira-ministra Élisabeth Borne no último dia 10, prevê além do aumento da idade mínima de aposentadoria, o aumento do tempo mínimo de contribuição para aposentadoria integral (de 42 para 43 anos). Há dispositivos diferenciados para quem começou a trabalhar antes dos 20 anos e para aqueles que interromperam suas carreiras por motivo de saúde ou pessoais - como no caso de mulheres que ficaram períodos sem trabalhar para cuidar dos filhos.

Com a já anunciada rejeição da frente de esquerda e da extrema direita, o governo espera o apoio do partido de direita Os Republicanos (LR), favorável a uma reforma, mas dividido sobre a proposta atual, afirmou o deputado Stéphane Viry um dia antes.

Sabendo que seus votos são fundamentais, os legisladores da LR aumentam suas exigências sobre a reforma em vários dos pontos mais impopulares: melhor consideração para mulheres sem carreira de trabalho contínua, para aquelas que começaram a trabalhar jovens, entre outros.

No entanto, o adiamento da aposentadoria para 64 anos e a antecipação para 2027 da exigência de contribuir por 43 anos - e não 42 como atualmente - para receber uma pensão completa provoca a oposição da opinião pública, que avança, apesar do esforço do governo para convencê-la do contrário.

Em Haia (Holanda), Emmanuel Macron, de 45 anos, voltou a defender na segunda-feira uma reforma "indispensável", especialmente quando a idade de aposentadoria na França é uma das menores da Europa, para "salvar" um sistema que, segundo o governo, enfrentaria um déficit no futuro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) expressou seu apoio ao presidente francês na segunda-feira, manifestando-se a favor de uma reforma que, juntamente com a aprovada sobre o seguro-desemprego, permitiria à França reduzir a sua dívida pública, que supera 110% do PIB. (Com agências internacionais).

A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) pretende paralisar o Campeonato Brasileiro para uma greve geral, motivada pela falta de pagamentos dos patrocínios, segundo eles, desde que Ednaldo Rodrigues assumiu o comando da Confederação Brasileira de Futebol. A associação promete se reunir com os árbitros FIFA e CBF para tomar uma decisão.

A pressão é para que o pagamento das marcas expostas nos uniformes dos juízes continue sendo feito como antes, sem nenhuma corte. O comunicado assinado por Salmo Valentim, presidente da entidade, acusa o presidente da CBF de descaso e de “enfraquecer” os árbitros e até afirma que, quando Ednaldo foi presidente da Federação Baiana, teria agido da mesma forma.

##RECOMENDA##

“Estamos há seis meses tentando um contato, mas ele foge! Trata as pessoas com descaso e indiferença. Não tem postura para estar no cargo que exerce. E agora verá a força que a arbitragem brasileira possui. Se tornou presidente da CBF entrando pela porta dos fundos, criando desafetos políticos e prometendo coisas que deixou de cumprir. Governa isolado. Por isso, até seguranças particulares teve que contratar, algo que ao longo da história não me recordo de ter ocorrido com um presidente da CBF”.

Por enquanto, não existe um novo posicionamento e a pressão pela greve geral segue. A CBF oficialmente não comentou o caso.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional dos Pós Graduando (ANPG), anunciaram, nessa sexta-feira (13), o adiamento dos atos de rua marcados para próxima quarta-feira (18). A não participação na 'Greve Geral', em decorrência do coronavírus (COVID-19), tem o objetivo de evitar grandes aglomerações, conforme orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. 

Em nota, unificada, as entidades estudantis expressão que “diante do avanço da contaminação do COVID-19 no Brasil, as entidades estudantis acreditamos que esse é um momento de responsabilidade com a saúde do povo brasileiro e por isso em conjunto com outros movimentos, decidimos pelo adiamento dos atos de rua do dia 18”. Além do posicionamento, as entidades divulgam os métodos de prevenção orientados pelos órgãos competentes engajados na contenção do vírus.

##RECOMENDA##

O posicionamento ainda ressalta o uso das redes sociais para fazer reivindicações e protestos com relação à democracia, educação e o desmonte dos serviços públicos. Segundo informações do vice presidente da UBES em Pernambuco, Kelvin Rodrigues, "as entidades estudantis aguardam novas informações sobre o alastramento do coronavírus para definir nova data para o grande ato unificado".

LeiaJá também

-> Coronavírus: UFRPE divulga métodos de prevenção

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), emitiu nota se posicionando sobre a greve decretada pelos professores e professoras da rede municipal de ensino, nesta terça-feira (10). A decisão foi tomada em assembleia do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere).

A categoria exige o pagamento do piso salarial do magistério (que implica em um aumento de 12,84%), estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), com retroativo a janeiro, tanto para quem tem salários abaixo do valor do piso, quanto o reajuste para os demais. 

##RECOMENDA##

Em nota, o PCR diz que “foi surpreendida com a decretação de greve por parte do Simpere, tendo em vista que estava aberto o canal de diálogo com a categoria”. Na última segunda-feira (9), foi realizada a segunda mesa de negociação setorial, além de quatro rodadas da Mesa Geral de Negociação dos Servidores, diz nota. Para a prefeitura, a decisão do sindicato prejudica 90 mil estudantes da rede de ensino municipal e seus familiares. 

De acordo com afirmações da coordenadora geral do Simpere, Claúdia Ribeiro, a prefeitura apresentou a proposta de "parcelamento percentual em três vezes a partir do mês de outubro (duas parcelas de 4,5% em outubro e novembro e uma de 3,80% em dezembro), sem retroativo". A proposta não atendeu às demandas da categoria, sendo recusada. A coordenadora ainda enfatizou que houve exigências de reposição de horas que foram “gastas em assembleia”.

Em nota, a Prefeitura do Recife confirma a proposta. “A extensão do reajuste de 12,84% para toda a categoria, aplicado em três parcelas (4,5% em outubro, 4% em novembro e 3,83% em dezembro), além de reajustar o abono educador, que é pago sempre no mês de outubro, em 9,54%”, ressalta, em nota. No entanto, nega a exigência de reposição de aulas e o não pagamento do retroativo. “[A Prefeitura do Recife] respeita o acordo firmado com o Sindicato que prevê 12 assembleias sem reposição de horas”. 

LeiaJá também

-> Professores da Rede Municipal do Recife decretam greve

A França vive, nesta quinta-feira (5), um dia de greve geral contra o projeto de reforma da Previdência defendido pelo presidente Emmanuel Macron, que afeta vários serviços no país, incluindo trens, aviões, escolas e hospitais.

Quase 90% das viagens dos trens de alta velocidade foram canceladas nesta quinta-feira, 10 das 16 linhas de metrô de Paris estavam fechadas, centenas de voos foram cancelados e muitas escolas não abriram as portas.

Para evitar o caos nos transportes, muitos franceses optaram por trabalhar de casa. "Pedi para trabalhar de casa hoje, mas espero que a greve não dure muito porque não posso fazer isto por muito tempo", declarou à AFP Diana Silavong, executiva em uma empresa farmacêutica.

Muitas pessoas decidiram caminhar de suas casas até o local de trabalho. "Eu queria pegar uma bicicleta, mas acho que todos tiveram a mesma ideia", disse Guillaume, sorrindo, diante de uma estação de bicicletas de serviço gratuito completamente vazia em Paris. "Vou ter que seguir para o escritório a pé", acrescentou, resignado.

O caos e a desinformação também prejudicaram os turistas, muitos deles surpresos ao ver as portas do metrô fechadas. "Ontem compramos passagens e hoje não há ninguém para nos informar", disseram Pedro Marques e Ana Sampaio, dois portugueses que pretendiam visitar Montmartre.

- Torre Eiffel fechada -

A Torre Eiffel, um dos monumentos mais populares de Paris, permanecerá fechada na quinta-feira. A equipe presente "não é suficiente para abrir o monumento em condições ótimas de segurança e acolhida ao público", informou a empresa que administra o local.

O Castelo de Versalhes aconselhou que os turistas "adiem" as visitas de quinta-feira sexta-feira. Também era quase impossível chegar ao aeroporto Charles de Gaulle porque a linha de trem que liga Paris aos terminais funcionava de maneira parcial, apenas nos horários de pico.

A paralisação de parte dos controladores aéreos obrigou a Air France a cancelar 30% dos voos domésticos e 15% dos voos europeus. A empresa informou, no entanto, que todos os voos de longa distância serão mantidos.

A companhia britânica de baixo custo EasyJet cancelou 223 voos nacionais e internacionais de curta distância e advertiu que outras viagens podem sofrer atrasos. Muitas escolas do país permaneceram fechadas.

"Quase 70% dos professores do ensino básico estão em greve. Os números do ensino médio são similares. Nunca havia visto algo semelhante", disse à AFP Bernadette Groison, secretária-geral do FSU, o principal sindicato dos trabalhadores do setor de ensino.

Policiais, garis, advogados, aposentados e motoristas de transportadoras, assim como os "coletes amarelos", o influente movimento social surgido em novembro de 2018 na França, aderiram à greve.

O movimento de protesto também recebeu o apoio de 182 artistas e intelectuais, entre eles o economista Thomas Piketty, autor de um 'best-seller' sobre a desigualdade, assim como dos partidos de esquerda.

Quase 250 comícios estão previstos em dezenas de cidades. Em Paris, as autoridades anunciaram a mobilização 6.000 policiais para evitar distúrbios durante uma passeata prevista para a tarde.

A indignação popular foi motivada pela reforma da Previdência preparada pelo governo de Macron, uma promessa de campanha que tem como objetivo eliminar os 42 regimes especiais que existem atualmente e que concedem privilégios a determinadas categoria profissionais.

O governo pretende estabelecer um sistema único, no qual todos os trabalhadores terão os mesmos direitos no momento de receber a aposentadoria.

Para o governo, este é um sistema mais justo e mais simples, no qual "cada euro cotado dará a todos os mesmos direitos". Porém, os sindicatos temem que o novo sistema adie a aposentadoria, atualmente aos 62 anos, e diminua o nível das pensões.

O Chile completa nesta terça-feira 26 dias de mobilizações, com uma grande manifestação em Santiago e uma greve geral que paralisa as atividades na cidade costeira de Valparaíso e em outras partes do país, com pedidos de melhorias sociais e em meio ao debate sobre uma reforma na Constituição.

Milhares de pessoas se manifestavam na Plaza Italia, no centro da capital, batizada popularmente como "Praça da Dignidade". Com bandeiras chilenas e dos indígenas mapuches, a manifestação era pacífica.

##RECOMENDA##

Em Santiago, o registro civil aderiu à paralisação convocada pela Associação Nacional de Empregados Fiscais e prestava serviços mínimos para aqueles que fossem casar e já tivessem hora marcada. Trabalhadores da saúde pública, por sua vez, interrompiam o trânsito perto do Ministério da Saúde, também no centro da cidade. As aulas foram suspensas porque muitos professores e alunos não podiam comparecer às escolas.

Em Valparaíso, o Congresso suspendeu as atividades tanto da Câmara dos Deputados como do Senado. Houve ainda a suspensão do Merval, o metrô que une Viña del Mar a Valparaíso e que comunica a região, bem como do transporte público em geral. Algumas pessoas ofereciam voluntariamente transporte para outras em seus automóveis para ajudá-las a se manifestar.

No começo da manhã, alguns locais foram apedrejados, o que inibiu a abertura de muitos comércios e pequenas e médias empresas, diante do temor de saques ou ataques. A cidade de Valparaíso confirmou a paralisação de funcionários públicos.

Na rota que une Viña del Mar e Valparaíso a Santiago, havia dificuldades no trânsito por causa de barricadas. Em Concepción, no sul do país, havia grandes manifestações, com grupos menos numerosos em Temuco, também no sul. Em Antofagasta, no norte, foram levantadas barricadas que levaram à suspensão do transporte público.

Os 26 dias de mobilizações representam um alto custo econômico. A Câmara Nacional de Comércio, Serviços e Turismo estimou que poderiam ser perdidos até 100 mil empregos e que as finanças familiares de muitos pequenos e médios empresários foram fortemente afetadas. Nesta terça-feira, o dólar superava o recorde histórico de 800 pesos nos mercados, quando antes das manifestações estava entre 700 e 720 pesos chilenos.

O Chile vive uma revolta social sem precedentes desde 18 de outubro, quando uma elevação no preço do metrô detonou incêndios e ataques na maioria de suas estações e centenas de saques a supermercados, seguidos por grandes protestos com uma ampla gama de demandas, desde melhorias na educação, na saúde, na previdência e até uma nova Constituição. Fonte: Associated Press.

Manifestantes entraram nesta quarta-feira (9) em choque com a polícia no centro de Quito, em meio a uma greve geral convocada por grupos indígenas que se opõem ao presidente do Equador, Lenín Moreno, e às reformas econômicas de seu governo que provocaram o aumento do preço dos combustíveis.

Uma multidão de indígenas avançou para o centro da capital equatoriana, enquanto grupos de trabalhadores e estudantes atiravam pedras perto do palácio presidencial contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.

##RECOMENDA##

O Equador, que recentemente deixou a Opep, interrompeu nesta quarta a produção de petróleo em razão dos protestos, que também provocaram o bloqueio de estradas, paralisações no transporte público e o fechamento do comércio em Quito e em outras cidades do país.

Os indígenas, liderados pela Confederação Nacional Indígena do Equador (Conaie), marcharam de pontos da Amazônia e da Cordilheira dos Andes em protesto contra as reformas econômicas de Moreno, que provocaram um aumento de até 123% no preço dos combustíveis.

Em Guayaquil, para onde transferiu a sede do governo depois de decretar estado de exceção, Moreno descartou a possibilidade de renunciar e de revogar as medidas, anunciadas após um acordo com o FMI no valor de US$ 4,2 bilhões.

Moreno retornou nesta quarta a Quito para, segundo a ministra de governo, María Paula Romo, supervisionar a situação "diante do risco de incidentes". O vice-presidente, Otto Sonnenholzner, que permaneceu em Guayaquil, afirmou que, com o apoio das Forças Armadas, da Polícia Nacional e dos municípios, estava conseguindo "conter" a intenção de "desestabilizar" o governo. Ele ameaçou prender e deportar estrangeiros que tentam desestabilizar o presidente.

Sem entrar em detalhes, Paula Romo disse que continuam "as mesas de diálogo" instaladas em Quito com as organizações indígenas, tendo a ONU e as universidades como mediadoras. Na terça-feira, o governo se mostrou disposto a aceitar a mediação da ONU e da Igreja para resolver a crise no país.

Na manhã desta quarta-feira, os militares, que apoiam Moreno, pediram que a manifestação ocorresse sem violência. Nos últimos dias, ao menos 700 pessoas foram presas nos protestos contra o presidente, que assumiu o governo em 2017 e se distanciou de seu padrinho político, o ex-presidente Rafael Correa, ao adotar uma política econômica pró-mercado.

A Conaie acusou o governo de atuar como uma ditadura militar ao reprimir os protestos. Na noite de terça-feira, o presidente decretou toque de recolher em alguns bairros de Quito que abrigam prédios públicos, depois de um grupo de manifestantes ter invadido a Assembleia Nacional.

"O governo tem dado dinheiro aos bancos e punido os equatorianos mais pobres", disse o presidente da Frente Unida dos Trabalhadores, Messias Tatamuez, um dos sindicatos que apoiam a paralisação. "Pedimos a todos que sejam contra o FMI, o responsável pela crise. Que se juntem à greve."

Indígenas

Historicamente, os grupos indígenas têm papel de protagonistas na política equatoriana. Durante a instabilidade dos anos 90 e 2000, a Conaie apoiou a destituição dos presidentes Jamil Mahuad, Abdalá Bucaram e Lucio Gutiérrez. Na época, o Equador teve oito presidentes em dez anos.

Com a chegada de Correa ao poder, em 2007, o país viveu um período de estabilidade econômica e política graças ao boom das commodities e às políticas sociais do presidente, que reformou a Constituição para se reeleger.

No começo do mandato, Correa se aproximou de lideranças indígenas. Adotou símbolos quíchuas - etnia da maioria dos indígenas do país - em seus discursos e aparições públicas e aprovou leis de interesse da comunidade. A partir do segundo mandato, a exploração mineral da Amazônia equatoriana abriu uma cisão entre Correa e a Conaie. Uma marcha similar à atual foi convocada contra o então presidente, em 2015.

Em 2017, Correa surpreendeu todos ao desistir da reeleição e indicar Moreno, que foi seu vice-presidente. Logo depois de assumir o poder, ambos romperam e Moreno se aproximou da oposição.

Hoje, o presidente acusa Correa de tentar derrubá-lo. O ex-presidente chama o antigo pupilo de traidor e, apesar de viver no exílio na Bélgica e de ter uma ordem de captura contra ele no Equador por corrupção, disse estar disposto a voltar ao país se houver eleições.

Correa rejeitou nesta quarta as acusações de que estaria por trás das manifestações de grupos indígenas e dos protestos contra as medidas econômicas. No entanto, ele pediu ao povo que siga "defendendo seus direitos com firmeza, mas em paz". (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta terça-feira (13), a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), em parceria com as clínicas-escola da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está promovendo, na Praça do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, o Universidade nas Ruas, projeto que integra o Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação e da Previdência, uma greve Geral que consiste em realizar movimentos em defesa da educação em todo Brasil.

Com o objetivo de protestar principalmente contra os cortes na educação, docentes da Adufepe promovem palestras e oficinas voltadas para a área de saúde. Também estão sendo oferecidos para a população exames, serviços de fisioterapia, entre outros. Segundo o professor de tecnologia computacional educacional da UFPE, Ederson Siqueira, mais de 500 pessoas já passaram pelo local até o momento. “É importante falar para a sociedade civil a relevância que tem o estudo e as práticas de extensões universitárias.”, explica o docente.

##RECOMENDA##

Dentro das pauta de contraponto propostas pelo ato também está a Reforma Previdenciária e a discordância em relação ao programa Future-se.

À tarde, a greve geral da educação conta com um ato unificado na Rua da Aurora, localizada no centro da capital pernambucana, com a presença de movimentos estudantis, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), além da presença da categoria de professores, por meio dos Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), entre outros. Movimentos sociais e centrais sindicais em geral também participam do encontro.

Em decorrência do ato, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) divulgou uma nota oficial comunicando a suspensão das aulas e atividades administrativas a partir das 17h.

O deputado federal e vice-presidente nacional do PSL, Julian Lemos, repercutiu a movimentação de Greve Geral, realizada na última sexta-feira (14), através de seu perfil oficial no Twitter.

“Resultado da ‘Greve Geral’: tentativa de assassinato a uma policial, destruição de comércios, incitação a saques bloqueios até em bairros e como sempre Lula Livre. Quem em sã consciência deseja que esses demônios voltem ao poder? São um câncer dentro de nossa nação”, escreveu.

##RECOMENDA##

Lemos, que também é presidente estadual do PSL na Paraíba, aproveitou para aflinetar o trabalho feito pelo Partido dos Trabalhadores enquanto esteve 14 anos à frente do Planalto.

“O PT com sua ‘política de boa vizinhança’, mandou para o exterior mais de 400 Bilhões que a preço de hoje estão perdidos. Com esse dinheiro, a pobreza do Nordeste teria sumindo para nunca mais voltar, o dano é maior do que se imagina, perdemos não o dinheiro, mas gerações”, disse.

O deputado federal Carlos Jordy (PSL) comentou, neste sábado (15), as manifestações da Greve Geral que foram realizadas em várias cidades do Brasil nesta sexta-feira (14). “Manifestações contra a previdência pelo Brasil estão sendo noticiadas com depredação, pneus incendiados, manifestantes impedindo carros de passarem, etc. A diferença entre as manifestações da direita e esquerda deixa claro o princípio básico que nos distingue: a civilidade”, avaliou.

O parlamentar também aproveitou para alfinetar parlamentares da oposição. “A demência da esquerda é tão grande que você chega ouvir absurdos como o da deputada abobrinha do PSOL de que policiais se suicidam com remorso de matarem bandidos”, escreveu sem mencionar de quem estava falando.

##RECOMENDA##

“Isso é uma clara demonstração de como vivem numa bolha e acham que a sociedade, a parte normal, pensa como eles”, finalizou.

O chamado nacional para a Greve Geral, realizada nesta sexta-feira (14) em diversas cidades do Brasil, atraiu milhares de pernambucanos ao centro da capital pernambucana. Apesar de ter uma concentração tímida na Avenida Guararapes, ao longo do percurso os grupos se juntaram e um mar de pessoas vestidas - em sua maioria - de vermelho tomou a Avenida Conde da Boa Vista.

As principais pautas da manifestação eram contra o projeto de reforma da Previdência proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a favor da educação e também chamaram atenção para as polêmicas envolvendo o ministro da Justiça Sergio Moro após o vazamento de conversas dele com procuradores da Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

Porém, uma das principais bandeiras levantadas pela militância foi em favor da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa era, talvez, a questão mais homogênea presente entre todos os níveis dos atos. As dezenas comunidades presentes levavam, de alguma forma, o nome de Lula como pauta de luta.

Muito se sabe sobre a importância de Lula na política brasileira - amando ou odiando, há de se reconhecer que o protagonismo dele na história política atual brasileira é forte. Mas, quem é que estava nas ruas do Recife nesta sexta-feira pedindo a liberdade de Lula e por qual motivo?

A reportagem do LeiaJa esteve presente em todo o percurso da Greve Geral e pôde observar a citação de Lula a todo o momento. As centrais sindicais, por exemplo, são as categorias que usaram bastante a causa do ex-presidente como motivo de militância. Metroviários e rodoviários discursavam a favor ‘de justiça’ por Lula e acrescentavam o repúdio ao trabalho feito por Sergio Moro.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) é outro exemplo de grupo que estava a todo o momento fazendo menção ao ex-presidente. “Entre tantas pautas importantes para estarmos aqui, talvez a mais importante seja lembrar o nome de Lula. Ele é herói do povo brasileiro e nunca será esquecido”, disse a diretora nacional da Central, Lindinery Ferreira.

[@#galeria#@]

A Comunidade LGBT também reforçou o discurso a favor do petista. Com bandeiras que remetem ao arco-íris, o grupo pedia respeito e o fim da homofobia. Mas também caminhava com adesivos e camisas com o rosto de Lula. “Ele foi um presidente importante para a nossa causa, muito diferente do que é pregado por Bolsonaro. O discurso de ódio não existia com Lula”, disse a estudante Fabiana Godoy.

Lula foi presidente do Brasil de 2002 a 2010, quando foi sucedido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Já são quase dez anos que o pernambucano está fora do poder e um fato chama atenção: a quantidade de jovens militando pelo petista. Na manifestação do Recife, foram vistos muitos estudantes militando por Lula.

Não há como precisar a idade de todos, porém, em conversa com o LeiaJá, alguns admitiram não lembrar de Lula enquanto presidente da República, mas que sabiam da relevância dele para o Brasil. “Eu tenho 19 anos, lembro vagamente da Lula na presidência, mas estudei e li muito para saber que ele foi o maior político que o Brasil já teve”, disse a estudante de veterinária Agatha Azevedo.

Preso em Curitiba desde 7 de abril de 2018, Lula é considerado ‘preso político’ por uns e o ‘maior bandido do Brasil’ por outros. Uns dizem que ele vai virar um mártir, já outros acreditam que ele é uma farsa. Entretanto, o que se sabe é que Lula ainda deve dar muito pano para manga na história do país.

A Polícia Civil ouviu neste sábado, 15, o motorista acusado de atropelar manifestantes durante um protesto contra a reforma da Previdência em Niterói, na região metropolitana do Rio.

O fisioterapeuta André Luiz da Cunha Serejo, de 46 anos, avançou com o carro que dirigia em direção aos manifestantes, na manhã desta sexta-feira, 14, na avenida Marquês do Paraná, no bairro de Icaraí.

##RECOMENDA##

Uma mulher de 35 anos foi atropelada e teve que ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros. Kate L. Costa foi levada ao Hospital Estadual Azevedo Lima, onde foi atendida e liberada em seguida.

De acordo com informações da 76ª Delegacia de Polícia, de Niterói, um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso. O motorista foi identificado e prestou depoimento na unidade, onde se apresentou espontaneamente. O veículo de Serejo foi apreendido e passou por perícia.

Contra a reforma da previdência, movimentos sociais e centrais sindicais realizam Greve Geral, nesta sexta-feira (14), no Centro do Recife. Além do apoio de trabalhadores, o ato conta com a participação de políticos pernambucanos contrários às medidas tomadas pelo governo Bolsonaro.

Candidata derrotada na disputa ao governo do estado nas eleições de 2018, Dani Portela (PSOL) afirmou que os vazamentos de conversas envolvendo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reforçou as pautas da greve. “A greve geral já estava convocada há muito tempo, antecedida por dois grandes atos contra os cortes na educação, os atos dos dias 15 e 30 de maio. A greve já estava se fortalecendo para que a população parasse o Brasil contra os retrocessos do governo Bolsonaro e contra as retiradas de direitos. Nessa semana, os vazamentos dos áudios do ministro Sergio Moro, que é o garoto propaganda e carro chefe da mídia, no atual governo, veio reforçar esse nosso momento aqui nas ruas”, destacou.  

##RECOMENDA##

O deputado estadual Isaltino Nascimento (PT) criticou pontos do texto de reforma da previdência, apresentado pelo Governo Federal. “Essa reforma acaba com a média salarial, na prática, você vai contar com cem por cento do tempo que você vai trabalhar. Outra questão é a do tempo, 40 anos permanece ainda na questão do tempo de contribuição para aposentadoria. Portanto, é uma proposta muito ruim, mesmo havendo mudanças”, pontuou o parlamentar.

Segundo o vereador do Recife Ivan Moraes (PSOL), a greve geral não é só um ato contrário à reforma da previdência, e sim, contra “uma série de desmontes que estão acontecendo de políticas públicas importantes e também uma indignação muito grande pelo vazamento da Vaza Jato”, disse. Moraes defendeu que os processos conduzidos pela Lava Jato, que resultaram na prisão do ex-presidente Lula sejam anulados.  

“No sistema brasileiro penal, o juiz precisa ser isonômico, ele precisa conversar com as duas partes de forma equitativa. Ele não pode fica de conversa e conchavo, passando fonte, dando orientação para uma das partes, seja qual for a parte. (...) todos os atos vindo de julgamentos ilegais dessa forma, com esse tipo de suspeição, deveriam ser nulos. Não se trata mais de achar ou não achar que Lula é culpado, que Lula é inocente, se a gente quiser manter viva as nossas instituições, a gente precisa zelar pela regra do jogo. Pela regra do jogo, os julgamentos são nulos e o juiz e o promotor precisam responder pelo que fizeram”, concluiu.

Membro do mandato coletivo Juntas, a co-deputada estadual Carol Vergolino (PSOL), pontuou as pautas levantadas pela greve. “Aqui, as pessoas estão contra um projeto de país, que é um projeto deles de extermínio e tudo que vem em cima de um golpe arquitetado. Esse governo é resultado de tudo isso, esse desgoverno. A gente está aqui lutando, pela previdência, lutando contra o porte de armas, lutando contra o corte na educação, que já voltou atrás. A gente está lutando contra todos esses retrocessos, contra essa política de extermínio, por isso que estamos aqui”, afirmou.

*Com informações de Pedro Bezerra Souza

 

Milhares de pernambucanos tomaram as ruas do centro do Recife na tarde desta sexta-feira (14) endossando o chamado nacional de Greve Geral contra medidas tomadas pelo Governo Federal e a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, outro nome recorrente no discurso dos militantes foi o do ministro da Justiça Sergio Moro, motivado pela polêmica do vazamento de sua troca de mensagens com procuradores da Operação Lava Jato enquanto era juiz federal.

O ato na capital pernambucana foi caracterizado pela forte presença de políticos, expressões culturais e pautas em prol da educação. Na concentração, que iniciou por volta das 14h no cruzamento da Rua do Sol com a Avenida Guararapes, na área central da cidade, grupos de maracatu, vendas de livros e vários cartazes e faixas com mensagens políticas se aglomeravam aos poucos.

##RECOMENDA##

Centrais sindicais como metroviários, rodoviários e professores levaram suas pautas e endossaram o discurso central do ato. A comunidade LGBT também levou sua bandeira, assim como manifestantes que lembraram da causa da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março de 2018 após uma emboscada no Rio de Janeiro.

Diversos integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), vindos de dezenas de cidades do estado, ocuparam as ruas com bandeiras vermelhas e pautas voltadas à causa rural e população mais pobre. “A reforma da Previdência é um projeto excludente. Estamos lutando pela nossa unidade, em defesa do país e da nação. A educação é outro ponto importantíssimo. Sem falar, claro, do nosso presidente Lula. Também defendemos aqui o SUS, para que não haja a privatização desse serviço que é tão importante. As estatais são outras pautas nossas, pois são elas que fortalecem nossa soberania. É preciso lembrar também da causa do transporte público. São muitas pautas pelas quais temos que ir às ruas”, expressou a diretora nacional da CUT, Lindinery Ferreira.

Figuras políticas conhecidas no âmbito local não deixaram de dar reforço à militância no Recife. A deputada estadual Teresa Leitão (PT) costuma integrar os atos de caráter popular. “Desde o dia 15 de maio estamos fazendo prévias desse dia de hoje. As pautas são várias, mas principalmente estamos aqui para mostrar nossa indignação a esse conluio que fizeram. Moro desmoronou. Além dele, tem esse governo que vende nossas riquezas e tira de quem mais precisa. O governo não olha pros mais pobres. É falácia essa história de que a reforma da previdência vai beneficiar quem menos tem”, pontuou a parlamentar.

O também petista, o senador Humberto Costa, mostrou sua indignação com atitudes do ministro Sergio Moro. “Ficou claro que tudo que dizíamos sobre Moro era verdade. Ele foi um juiz que se associou ao Ministério Público para fazer uma perseguição política. Nós estamos firmes para exigir essas apurações e desmascarar Moro e a Lava Jato como um todo”, afirmou.

No ato, a secretária de Cultura do Recife, a atriz Leda Alves, assegurou que é contra tudo que venha do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Não precisa nem citar muitos motivos para estar aqui porque é tudo muito óbvio. Eu sou absolutamente contra tudo o que vem de Bolsonaro. Nós temos que entender que isso aqui tem relevância pro povo. Estou aqui pra dizer que estou com o povo. Democracia é entender as pautas do povo”, disse.

O vereador Ivan Moraes (PSOL) acompanhou a movimentação da Greve Geral com suas colegas integrantes do mandato coletivo Juntas (PSOL). De acordo com Moraes, o site The Intercept fez bem o seu trabalho. “Os desmontes que estão acontecendo causam indignação muito grande. Sobre o vazamento das mensagens de Moro, o Intercept tinha a obrigação de divulgar. O que eles estão fazendo não é nada além do dever de qualquer jornalista. O Intercept nesta história está todo certo. Quem está errado é o Sergio Moro. Moro, enquanto juiz, não podia ficar de conversinha nem de conchavo com nenhuma das partes”, opinou Moraes.

[@#galeria#@]

 

Já as deputadas do Juntas vieram representadas por Jô Cavalcanti, Carol Vergolino, Robeyoncé Lima e Kátia Cunha. Segundo Kátia, a ficha do povo brasileiro já caiu. “As pessoas já entenderam que esse governo ganhou à base da fake news. A verdade está aparecendo. Estamos aqui para mostrar que eles não ficarão impunes. As pessoas estão aqui contra um projeto de extermínio proposto por esse governo”, alegou.

O líder da Situação na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Isaltino Nascimento (PSB), disse esperar que as denúncias apresentadas pelo The Intercept sejam apuradas. “Em um país sério, esse cidadão não teria condições de atuar como ministro da Justiça. Até porque a Polícia Federal está sob sua responsabilidade. Sem falar no procurador Dallagnol. É tudo muito grave, tem que ser analisado e apurado e, no final, os culpados têm que ser punidos”, exprimiu.

Em caminhada com os manifestantes, a ex-candidata ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2018 pelo PSOL, Dani Portela, alfinetou o pacote anticrime proposto por Sergio Moro. “É um pacote que dá o direito legal de matar. É deixar o policial fazer o que já faz: matar e não ser nem obrigado a se desculpar por isso. É uma política neoliberalista do governo. É o estado mínimo garantidor de direitos. Sergio Moro quer aprovar esse pacote junto com a reforma da Previdência, mas os escândalos envolvendo o nome dele diminuem o nome dele”, criticou.

Acompanhando cerca de cinco trio elétricos, a multidão seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Praça do Derby. Por volta das 18h, o grupo chegou ao ponto final, onde culminou a participação dos pernambucanos na Greve Geral. Durante todo o ato não foi registrada nenhuma violência nem confronto entre os manifestantes e o público externo.

A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, integrou o ato da Greve Geral na capital pernambucana na tarde desta sexta-feira (14). Acompanhada de amigos, Leda expressou a importância de estar presente em um movimento como esse.

“Não precisa nem citar muitos motivos para estar aqui porque é tudo muito óbvio. Eu sou absolutamente contra tudo o que vem de Bolsonaro”, disse a estudiosa da cultura.

##RECOMENDA##

Leda Alves também disse que está do lado da população. “Nós temos que entender que isso aqui tem relevância pro povo. Estou aqui pra dizer que estou com o povo. Democracia é entender as pautas do povo”, afirmou.

A secretária fez uma avaliação sobre o ministro da Justiça Sérgio Moro. “Eu acho que ele teve um papel importante para o Brasil, mas se perdeu depois que se juntou com Bolsonaro. Depois disso, ele se desvirtuou e mostrou quem ele é de verdade”, opinou.

 

Conhecida por levantar pautas populares e voltadas à esquerda, a CUT se mobiliza com bandeiras e camisas uniformizadas em prol do ex-presidente Lula e contra medidas do Governo Federal.

A diretora nacional da CUT, Lindinery Ferreira, afirma que a central luta contra o que ela chama de desmontes. “A reforma da previdência é um projeto excludente. Estamos lutando pela nossa unidade, em defesa do país e da nação. A educação é outro ponto importantíssimo. Sem falar, claro, do nosso presidente Lula”, pontuou.

##RECOMENDA##

“Também defendemos aqui o SUS, para que não haja a privatização desse serviço que é tão importante. As estatais também são pautas nossas, pois são elas que fortalecem nossa soberania. É preciso lembrar também da causa do transporte público. São muitas pautas pelas quais temos que ir rãs ruas”, afirmou.

Por fim, Lindinery falou sobre a situação do ex-presidente Lula. “Tudo que aconteceu com Lula foi premeditado. Tudo arquitetado com Sérgio Moro e com alguns atores do STF. Agora já sabemos a verdade”, finalizou.

 

A deputada estadual Teresa Leitão (PT), opositora ferrenha ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), marca presença no ato de Greve Geral do Recife, na tarde desta sexta-feira (14).

De acordo com a parlamentar, a manifestação de hoje é oriunda de um chamado anterior. “Desde o dia 15 de maio estamos fazendo prévias desse dia de hoje. As pautas são varias, mas principalmente estamos aqui pra mostrar nossa indignação a esse conluio que fizeram”, disse a deputada.

##RECOMENDA##

Leitão lembrou da causa dos sindicatos e dos estudantes. “É muita gente unida contra os desmontes que estão fazendo. Hoje o Brasil mostra que está indignado com tudo que aconteceu, com a injustiça cometida contra Lula”, pontuou.

Teresa leitão aproveitou para falar sobre o ministro da Justiça Sérgio Moro e causas econômicas e sociais do Brasil. “Moro desmoronou. Além dele, tem esse governo que vende nossas riquezas e tira de quem mais precisa. O governo não olha pros mais pobres. É falácia essa história de que a reforma da previdência vai beneficiar quem menos tem”, finalizou.

 

Atraídos à Avenida Guararapes, na área central do Recife, na tarde desta sexta-feira (14), milhares e pernambucanos aderem ao movimento nacional de Greve Geral e se mostram contrários à uma série de pautas defendidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Uma série de centrais sindicais marcam presença na manifestação do Recife. Há representantes de categorias como professores, metroviários, rodoviários, integrantes de torcidas organizadas e coletivos feministas.

##RECOMENDA##

O ato também congrega movimentos culturais e há a presença de grupos de maracatu, dança e, inclusive, a venda de livros. A livreira Rosângela Sampaio montou uma bancada na rua do sol, expôs dezenas de livros e os colocou à venda.

“Não estou aqui só por estar. Quero disseminar cultura e educação. A greve geral é válida para fazer uma série de alertas, inclusive a importância da educação na vida do brasileiro. E isso é exatamente o contrário do que prega esse governo que está aí”, disse Rosângela.

Os presentes levantam como pauta, principalmente, o contraponto ao projeto de reforma da previdência, aos cortes recentemente feitos na educação e ao ministro da Justiça Sérgio Moro.

Cerca de dez trio elétricos sairão da Avenida Guararapes em direção da avenida conde da Boa Vista, área central do Recife .

[@#video#@]

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando