Desde que o Santos foi campeão da Taça Libertadores deste ano, o possível confronto contra o Barcelona, na final do mundial interclubes, é o jogo mais esperado do ano por torcedores de todo o mundo.O confronto Messi x Neymar e Muricy x Guardiola tinha tudo para ser ofuscado se o maior jogador de todos os tempos, aposentado há mais de três décadas, aceitasse entrar em campo novamente para o torneio da FIFA.
O presidente do Santos propôs e Pelé recusou. Segundo Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, o clube gostaria de homenagear o rei para que ele se tornasse tri-campeão assim como o junto com o alvinegro praiano. Mesmo com a recusa de Pelé, a ação de marketing foi genial, ao ponto de fazer com que poucas pessoas lembrem que o time de Neymar só conquistou 11 pontos nos últimos 11 jogos do Campeonato Brasileiro.
E o maior jogador do século fez certo em não aceitar a proposta. Pelé é uma marca maior que o jogador (o que nesse caso não é pouca coisa) e é um referencial para o esporte e para o Brasil. Para se ter idéia, na década de 1960, uma pesquisa mostrou que Pelé era mais conhecido do que o Papa em todo continente africano.
É bom lembrar que desde que a FIFA começou a organizar o Mundial Interclubes, o campeão da Champions League não enfrenta diretamente o campeão da Libertadores da América. E pode acontecer com o Santos o que ocorreu com o Internacional-RS na competição do ano passado.
No plano perfeito, depois de estar goleando qualquer time desconhecido, da Oceania ou da África, Pelé entraria nos três últimos minutos da partida e colocaria em sua biografia mais um feito histórico.
O contrário acontecendo, o Rei poderia manchar uma bela história e o clube seria questionado por ter levado um senhor de 71 anos para uma competição oficial ao invés colocar um jovem profissional na delegação.
Dessa vez Pelé agiu como Pelé e não deixou que o Edson tomasse uma decisão precipitada. Viva o rei.