Tópicos | apologia ao estupro

A música ‘Surubinha de Leve’ vem sido alvo de inúmeras críticas por conta da sua letra polêmica, acusada de fazer apologia ao estupro, e chegou a ser retirada do Spotify após denúncias. Em meio as reclamações, Ludmilla acabou entrando na discussão e ironizou a repercussão negativa do funk em questão. “Na internet fica fazendo graça, problematizando frase de música, mas quando toca na balada... Na balada não vou nem falar o que acontece”, escreveu.

O comentário foi feito após Ludmilla postar um trecho da canção: “Só uma surubinha de leve com essas filhas da” (sic), publicou a cantora. A parte controversa da música do MC Diguinho, no entanto, é outra: “Taca a bebida / Depois taca a pica / E abandona na rua”, canta o MC. Os tweets da cantora foram apagados, mas publicados pelo Jornal Extra em forma de prints.

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Já Diguinho, em um comunicado oficial, disse que “reconhece o conflito de informações devido a toda repercussão” e afirmou que lançará uma versão mais ‘light’. “A rapaziada na internet, hoje em dia, entende a música de um jeito. Cem pessoas, cada um entende a música de um jeito. Eu queria passar a música de um jeito e ela foi mal interpretada. Eu vou cantar, e só quem sabe vai cantar com Diguinho e com DJ Selminho”, comentou.

A Universidade de Brasília já identificou e convocou para explicações os dois estudantes acusados de fazer apologia ao estupro em um cartaz mostrado nas redes sociais, durante o acolhimento organizado por colegas aos calouros do curso de Engenharia de Redes. O caso está sendo apurado pela diretoria de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários e poderá até resultar na expulsão dos envolvidos, segundo a professora Sonia Carvalho, responsável por aquela diretoria.

A diretora informou hoje (26) que um dos estudantes é menor de idade e aluno do primeiro período, enquanto o outro está no segundo período do curso. “Hoje, juntamente com o coordenador do curso, vamos ouvir os dois alunos e, a partir daí, decidir a medida a ser tomada, que poderá ir de advertência até a expulsão”, disse a professora.

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Sonia Carvalho acrescentou que a repercussão do caso não ficou restrita à universidade, “foi nacional e houve uma reprovação geral a esse tipo de atitude, inoportuna e inadequada”. O cartaz mostrado pelos dois estudantes continha a frase “Caiu nas redes é... estupro”.

A diretoria de Diversidade do Decanato de Assuntos Comunitários é responsável por ações voltadas para assegurar o respeito ao convívio acadêmico na Universidade, em relação às questões de gênero, raça, etnia e diversidade sexual. De acordo com a professora Sônia Carvalho, para isso, devem ser respeitadas regras e normas de convivência comunitária que a Universidade estabelece para preservar a harmonia no campus, o que a atitude dos dois estudantes teria infringido.

Segundo a professora, o caso chegou ao seu conhecimento por meio de uma notificação da Secretaria de Comunicação da UnB sobre a imagem dos dois estudantes segurando o cartaz, postada nas redes sociais. A diretoria de Diversidade ouviu então o Centro Acadêmico do curso de Engenharia de Rede, “para entender em que contexto o documento foi parar nas redes sociais”.

O Centro Acadêmico explicou que não se tratava de um trote – diz Sônia – “mas de uma atividade de acolhida que os estudantes do 2º período fizeram aos alunos do 1º período. É de praxe. Mas durante a confraternização dos alunos do 2º período com os calouros aconteceu esse episódio”. Entre as regras de convivência da Universidade existe uma resolução proibindo trotes que coloquem novos alunos em situações degradantes.

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