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Como uma alternativa aos procedimentos de histerectomia, que é a remoção de parte ou total do útero, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) passará a ofertar, além do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, o sistema intrauterino (SIU) de levonorgestrel, mais conhecido como DIU hormonal.

Esse sistema será indicado para pacientes diagnosticadas com endometriose, dor pélvica crônica, tumores uterinos, sangramento uterino anormal, além de mulheres que convivem com alguma cardiopatia grave.

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A ginecologista e gestora pública da SES-PE, Letícia Katz, revela que o número de histerectomia vem aumentando no SUS ao longo dos anos e a inserção do DIU hormonal pode diminuir as indicações cirúrgicas. "Reduz riscos das cirurgias e os gastos do Estado com este tipo de procedimento. Já as mulheres com cardiopatias graves, que têm contraindicação à gravidez e não querem realizar a laqueadura, poderão prevenir uma gestação de alto risco”, explica.

Inicialmente, a inserção será restrita ao ambulatório especializado do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), absorvendo, neste primeiro momento, a demanda das pacientes acompanhadas no próprio serviço. A proposta é expandir, ao longo dos próximos meses, a iniciativa para as demais macrorregiões de Saúde.

O sistema intrauterino de levonorgestrel, além de ser um método contraceptivo com cerca de 99% de eficácia, é um dispositivo de longa duração (dura, em média, de 5 anos) que beneficia as mulheres com patologias uterinas. Com poucos centímetros de comprimento e em formato de ‘T’, o DIU hormonal possui 52mg do hormônio levonorgestrel e libera, inicialmente, 20mcg/24horas da substância no útero. 

Dessa forma, impede a gravidez e atua no alívio dos sintomas de diversas doenças. A inserção é feita no próprio consultório, sem necessidade, na grande parte dos casos, de anestesia.

*Com informações da assessoria

Com o nascimento de um bebê, os médicos ficaram surpresos com o que viram: o recém-nascido segurava o Dispositivo Intrauterino (DIU) que havia sido colocado na sua mãe - que deveria evitar a gravidez. O caso aconteceu em Hai Phong, no Vietnã.

À imprensa local, a mulher de 34 anos revelou que usava o DIU há dois anos e só descobriu que ele não estava funcionando quando descobriu a gravidez.

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Tran Viet Phuong foi o obstetra responsável pelo parto e pelas fotos do bebê que estava com o DIU nas mãos. Ao site Daily Mirror, Phuong revelou que o DIU deve ter se movido da posição original e que, por isso, se tornou sem eficácia como método contraceptivo.

O bebê é um menino e nasceu com 3,2kg e até esta segunda-feira (6), estava em observação no hospital.

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Entre 2015 e 2018, o número de inserções do dispositivo intrauterino (DIU) cresceu 860% em Pernambuco. O método contraceptivo, voltado para o público feminino, é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e seu uso é de longa duração.

Em 2015, 519 mulheres passaram a utilizar o DIU, quando apenas o procedimento de intervalo era ofertado. Já em 2018, o número subiu para 4.982, com a implantação do dispositivo no pós-parto, pós-abortamento e de intervalo. Entre 2015 e 2018, foram 7,5 mil mulheres beneficiadas com a estratégia. Em 2019, apenas no primeiro semestre, já são 2.223 utilizando o método contraceptivo.

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“Começamos a criar estratégias de estímulo à inserção do DIU de pós-parto e pós-abortamento com o surgimento de casos da síndrome congênita do zika, e também com a percepção que esse método contraceptivo vinha sendo subutilizado. O DIU é eficaz e prático, com poucos efeitos colaterais e que pode ser utilizado pela mulher que deseja evitar a gravidez em qualquer faixa etária. Buscamos ampliar o acesso ao procedimento, que dá uma estabilidade de 10 anos, e estimular os profissionais médicos a apresentarem essa opção de contracepção nos serviços municipais”, destaca a gerente de Atenção à Saúde da Mulher da SES-PE, Letícia Katz.

O dispositivo de longa duração, com duração média de 10 anos, não possui hormônio, é seguro e beneficia as mulheres que não desejam engravidar, pois o cobre liberado por ele interfere no número e no transporte de espermatozoides, além de dificultar a movimentação do óvulo pela trompa, impedindo a fecundação.

Com comprimento de 2 a 3 cm, o DIU é inserido no útero da mulher, e tem o potencial de eficácia de 99,3%. O dispositivo também pode ser utilizado por adolescentes e mulheres que não engravidaram.

Em Pernambuco, realizam o procedimento para inserção do Dispositivo Intrauterino os hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Jaboatão Prazeres, Clínicas, Cisam, Imip e o Hospital da Mulher do Recife, além de serviços municipais, como maternidades e policlínicas, que fazem o procedimento de forma ambulatorial. Desde 2016, cerca de 1 mil médicos foram capacitados pela SES-PE sobre DIU.

“É extremamente importante que os serviços de saúde municipais estejam alinhados com essa proposta e que façam investimentos em instrumentos e formação de pessoal para que a mulher que não deseja ter filhos, ou mais filhos, e aquelas em situações como as de pós-abortamento e pós-parto tenham o poder de escolha sobre sua vida reprodutiva e que encontrem profissionais e serviços prontos para atendê-las. A orientação da mulher se inicia nesses serviços e no momento do pré-natal”, acrescentou Katz.

Da assessoria

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