Tópicos | Esgoto Aberto

Comerciantes e moradores do bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, denunciam que há meses convivem com esgoto a céu aberto, crateras e obras "intermináveis" da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) na avenida Engenheiro Alves de Souza. E decorrentes desses fatos, reclamam, ainda, da constante falta de água na área.  Segundo eles, são  quase seis meses de ligações e reclamações feitas a Companhia, sem resultados práticos.

O problema mais recente é um enorme buraco na calçada da galeria de pontos comerciais da costureira Shirley Mateus, de 40 anos. Segundo a costureira, a situação começou na última quinta-feira (8), depois que técnicos da Compesa estiveram no bairro para consertar um ponto de vazamento na rua Leonor Soares Pessoa, localizada na esquina.  No mesmo dia, a tubulação que passa por baixo da calçada se rompeu, destruindo todo o calçamento.  Desde então, o abastecimento de água foi suspenso e a dor de cabeça aumentou.  Na galeria funciona uma farmácia, um mercadinho e um salão de beleza, que desde sexta-feira (9), está fechado.

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Segundo Shirley, inicialmente a companhia alegou que devido à quantidade de consertos a serem realizados, o problema na Imbiribeira só seria solucionado na próxima quarta-feira (14). Depois de muito insistir, no último domingo (11) uma equipe da Compesa esteve no local, mas apenas resolveu o vazamento de água. Nesta segunda-feira (12), outra equipe retirou o entulho do buraco e isolou a área.

“Eles disseram que outro grupo viria realizar o conserto, mas não nos deu uma previsão de quando isso aconteceria”, declarou a costureira. Enquanto o problema não é resolvido, os moradores seguem inconformados com a situação. “Eu pago um imposto de R$ 3 mil por essa galeria e agora, além da falta de água, ainda tive a frente dos meus estabelecimentos completamente destruída”, finalizou. Ainda de acordo com Shirley, os problemas na área "vem sendo mantidos há uns seis meses, mas a indiferença da Compesa é marca".

Prejuízo - Na mesma avenida, poucos metros à frente, mais um problema afeta o dia-a-dia da população. Desta vez, um esgoto a céu aberto provoca doenças e espanta a clientela do restaurante da comerciante Sebastiana Moura de Oliveira, 55. O mau-cheiro é sentido de longe e até quem passa de carro não suporta o transtorno.

De acordo com ela, a situação se estende há dois meses.  “Cerca de 50% da minha clientela deixou de frequentar o meu estabelecimento e eu já contabilizei uma perda de quase R$ 2 mil”, desabafou. Conforme Sebastiana, há dois anos o mesmo esgoto estourou e só foi consertado quatro meses depois.

Assim como a dona do restaurante, funcionários do Depósito dos Correios, localizado ao lado do esgoto, afirmam que entraram em contato com a Compesa. De acordo com o gerente de Distribuição, Marconildo Magalhães da Silva, 47, a solicitação foi feita no dia 27 de fevereiro. “Falei com uma atendente da Gerência de Grandes Usuários da Compesa e ela disse que o prazo de atendimento era no dia 29 do mês passado, mas como essa data foi dada pelo computador ela não podia garantir que seria cumprida”, revelou.           

Fato é que o acordo não foi cumprido e mais de duas semanas após a primeira ligação, o problema persiste.  “Nós vimos que as coisas não funcionam somente através das ligações e agora a sede dos Correios está elaborando um documento para entregar a companhia na esperança de que o problema seja solucionado”, concluiu o gerente.  

Procurada pela equipe do LeiaJá, a assessoria da Compesa afirmou apenas reconhecer os problemas e informou que ainda na tarde desta segunda-feira uma equipe irá ao local para resolver a situação. Entretanto, o prazo de conclusão e da normalização do abastecimento de água não foram divulgados.

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