Tópicos | Maratona de Tóquio

Mais um evento tradicional do calendário esportivo internacional é adiado por causa da pandemia. Nesta sexta-feira, foi a vez da Maratona de Tóquio, prevista para 7 de março de 2021, com a participação de 38 mil atletas, e que será disputada após os Jogos Olímpicos, em 17 de outubro.

Junto com Boston, Berlim, Chicago, Nova York e Londres, Tóquio é uma das seis principais edições da prova mais longa do atletismo olímpico. Em 2020, a prova na capital inglesa foi realizada no domingo passado, mas apenas com atletas de elite em uma "bolha", com percurso em torno do St. James´s Park. As outras quatro foram adiadas.

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Em março deste ano, durante o início do surto do coronavírus, a corrida foi realizada na capital japonesa em condições semelhantes às de Londres. O adiamento da prova do ano que vem deixa o mundo esportivo em alerta para se saber se a Olimpíada poderá ser realizada com segurança a partir de 23 de julho de 2021.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos apresentaram algumas alternativas na busca por uma segurança maior para que as competições aconteçam no ano que vem. Foi proposto que fosse reduzido o número de funcionários nos Jogos e o encurtamento do período de abertura dos locais de treinamento.

O etíope Birhanu Legese venceu a Maratona de Tóquio, no Japão, neste domingo (1º). A competição foi limitada a pouco mais de 200 atletas, todos corredores de elite, em razão do temor por conta da epidemia de coronavírus, nomeado Covid-19, que atinge principalmente a Ásia.

Legese marcou o tempo de 2h04min34s, 34 segundos à frente do segundo colocado, o belga de origem somali Bashir Abdi. O pódio foi completo por outro atleta da Etiópia, Sisai Lema, que chegou 36 segundos atrás do vencedor.

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O recorde mundial de maratona pertence ao queniano Eliud Kipchoge, que cravou 2h01min39 em Berlim, na Alemanha. Legese ficou a pouco mais de dois minutos do seu recorde pessoal (2h02min48), estabelecido no ano passado, quando venceu em Tóquio pela primeira vez.

Na prova feminina, a israelense de origem queniana Lonah Chemtai, de 31 anos, triunfou em 2h17min45s, tempo inferior ao recorde mundial, de posse desde o ano passado da queniana Brigid Kosgei. A etíope Birhane Dibaba foi segunda classificada, a 50 segundos da vencedora, e a sua compatriota Sutume Asefa chegou em terceiro, a 2min45s da campeã.

Os japoneses dominaram as categorias paralímpicas. Tomoki Suzuki (1h21min52s) ficou com o ouro entre os homens, seguido por Sho Watanabe e Kota Hokinoue. No feminino, Tsubasa Kina (1h40min) foi a mais rápida, superando a australiana Christie Dawes e a compatriota Yurika Yasukawa.

O coronavírus obrigou a organização da prova a limitar a maratona a apenas corredores profissionais. Assim, o número de participantes foi drasticamente menor em relação às edições anteriores. A decisão foi divulgada no dia 17 de fevereiro.

O evento, considerado um dos seis principais do mundo, teve cerca de 38.000 participantes inscritos. Os atletas amadores impedidos de competir neste ano poderão garantir presença na maratona de 2021, com detalhes a serem divulgados no dia 1.º de abril. Segundo a organização, os custos da inscrição não serão devolvidos.

Alguns espectadores foram às ruas da capital japonesa, mas havia muito menos pessoas assistindo a prova do que nos últimos anos. O governo pediu que as pessoas não se reunissem em grandes multidões.

O Japão, país sede dos Jogos Olímpicos deste ano, tem mais de 200 casos - sem considerar as pessoas infectadas no Navio Diamond Princess - e já registrou três mortes. Várias competições ao redor do mundo foram canceladas, adiadas ou transferidas de seus locais originais, e há uma indecisão quanto à realização da Olimpíada, apesar de o Comitê Organizador ter mostrado confiança e dito repetidas vezes que o megaevento não será cancelado.

A brasileira Adriana Aparecida da Silva conquistou o seu objetivo na Maratona de Tóquio. A atleta brasileira terminou a versão feminina da prova em nono lugar e, mais importante, garantiu a sua classificação para a Olimpíada de Londres ao completar a corrida com o tempo de 2h29min17. No ano passado, ela venceu a maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.

A marca é 50 segundos mais rápida do que o índice exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo, que é de 2h30min07. E o tempo obtido neste domingo também é o melhor da carreira de Adriana, que marcou 2h32min30 em 2010, quando ficou em sétimo lugar na Maratona de Berlim. Com o resultado deste domingo, o Brasil já tem 151 atletas garantidos na Olimpíada de Londres.

A versão feminina da Maratona de Tóquio foi vencida pela etíope Atsede Habtamu, com o tempo de 2h25min28, novo recorde da prova. Ela foi seguida pela compatriota Yeshi Esayias (2h26min00), pela queniana Helena Kirop (2h26min02), pela japonesa Eri Okubo (2h26min08) e pela russa Tatiana Arkhipova(2h26min46).

MASCULINO - O queniano Michael Kipyego ultrapassou o etíope Haile Gebrselassie a quatro quilômetros do fim para vencer a versão masculina da Maratona de Tóquio em 2h07min37. O japonês Arata Fujiwara ficou em segundo lugar, com 2h07min48, à frente do ugandense Stephen Kiprotich, que terminou em terceiro, com 2h07min50.

Gebrselassie, que terminou em quarto lugar com o tempo de 2h08min17, correu em Tóquio com o objetivo de se classificar para a Olimpíada. Sem sucesso, vai participar de outras provas nas próximas semanas para garantir presença em Londres. O suíço Viktor Rothlin, que venceu a Maratona de Tóquio em 2008 com um tempo recorde (2h07s23), concluiu a prova neste domingo em quinto lugar, com 2h08min32.

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