Análise Tática: placar do clássico não refletiu equilíbrio

Goleada do Sport por 3 a 0 sobre o Santa Cruz foi antagônico ao que as duas equipes apresentaram taticamente em campo

por Clauber Santana | ter, 03/03/2015 - 15:12
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A elasticidade do placar do Clássico das Multidões – Sport 3 a 0 no Santa Cruz -, é antagônico a analise fria e tática do duelo. O equilíbrio foi predominante entre as duas equipes em boa parte do duelo. Mas o velho clichê de que clássico é decidido nos detalhes se aplica totalmente ao jogo de abertura do Campeonato Pernambucano. Quando parecia que o Tricolor daria as cartas do confronto, no segundo tempo, o Leão soube se sair bem do momento desfavorável e chegou ao gol de pênalti. Em seguida, já em contra-ataques mortais, ampliou e fechou o placar se aproveitando do desespero coral na tentativa de voltar ao jogo. 

Contudo, antes de tudo isto acontecer, o desenho da partida era outro. A marcação se sobrepôs à criatividade no Clássico das Multidões no primeiro tempo. O Santa Cruz, embora postado no 4-3-3, foi eficiente no sistema defensivo nos 45 minutos iniciais e neutralizou a saída de bola rubro-negra. Porém, com o pouco avanço dos laterais, os atacantes Thiaguinho, Betinho e Waldison tiveram dificuldades de concluir as jogadas. Ainda assim, este último finalizou duas vezes com condições de abrir o placar. Pedro Castro, como único meia de ofício, foi o mais lúcido na criação.

O Sport adotou o 4-1-4-1 com os meias Régis e Élber aberto pelas pontas. Rithley, à frente da defesa, era o responsável pela transição. Mas devido à lentidão de toda a equipe e também a marcação coral, o Leão quase não criou problemas no setor ofensivo aos tricolores. Élber e Danilo não apareceram para o jogo, enquanto Régis ainda tentou em algumas jogadas individuais. Não foi o suficiente. Por isso, Joelinton ficou preso entre os zagueiros sem conseguir finalizar a gol.

A etapa complementar trouxe um cenário diferente para o confronto, apesar de não haver nenhuma alteração tática. E isso aconteceu por causa da postura ofensiva com que o Tricolor voltou a campo. Os primeiros minutos foram de seguidos lances perigosos, mas de chances desperdiçadas. Ao Sport, coube tentar a alternativa da ligação direta. De início, deu certo e por duas vezes a defesa coral quase foi pega desprevenida. Mas, em seguida, o Leão voltou às suas características, rodou a bola e chegou aos gols. No primeiro, Régis sofreu o pênalti convertido por Danilo. Élber, num rápido contra-ataque, e depois livre na área, deu números finais ao jogo.

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