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As seis vitórias consecutivas e oito jogos de invencibilidade são mais do que prova de que o técnico Givanildo Oliveira mudou a forma de jogar do Náutico nesta Série B. O técnico, que recebeu o time na 8ª colocação da competição após a queda de Alexandre Gallo, conseguiu em pouco tempo corrigir alguns erros de posicionamento do time em campo para colocá-lo de volta na briga pelo G4. Para o trabalho funcionar, o comandante alvirrubro tem como pilares da nova forma do time jogar o meia Marco Antônio e o atacante Rony.

Para entender a mudança em campo sofrida, é preciso analisar algumas mudanças de posicionamento realizadas pelo técnico. Utilizando de um 4-2-3-1, com algumas variações para o 4-1-3-2 e o 4-1-4-1, Givanildo tem no setor de criação do time o grande diferencial para a evolução nos últimos jogos, com constantes inversões de posicionamento entre Marco Antônio e Rodrigo Souza no meio e com Rony jogando mais aberto pelo lado direito, mas tendo a liberdade de flutuar na peça ofensiva sendo coberto por Vinícius. A marcação alvirrubra também passou a atuar de forma mais avançada pressionando na saída de bola.

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Diante do Brasil de Pelotas pela 30ª rodada, já no início da jogada do time gaúcho os alvirrubros se posicionam para fazer pressão sobre as opções de passe do defensor e assim conseguir recuperar a bola rapidamente. Um jogador do ataque, nesse caso Rony, fica com mais liberdade para em caso de retomada da posse de bola dar início a um ataque

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Contra o Joinville no primeiro turno, apesar do Náutico ter vencido o jogo, em alguns lances, a marcação do time no campo ofensivo do time catarinense era nula. Ao perder a bola, ninguém fazia pressão sobre o adversário que já tinham diante de si a última linha de marcação do Náutico, espaços abertos pelas laterais de campo e quatro opções de passe para sair jogando.

A compactação e pressão não foi vista apenas no campo ofensivo, mas também no defensivo. Exemplos contra o Ceará no primeiro turno e contra o mesmo alvinegro no segundo mostraram uma clara diferença de posicionamento da defesa em jogadas de ataque adversária.

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No jogo no Castelão, em um dos vários ataques do time somente no primeiro tempo do Ceará, perceba como os jogadores da última linha ficaram mal distribuídos em seu campo, dando total liberdade para que o time da casa construísse jogadas pelas laterais de campo. No alto da imagem, um jogador do Ceará aparece sem nenhum tipo de marcação. Entre as linhas, também haveria espaço caso para um jogador do Ceará receber sem marcação e ter bastante tempo para construir um jogada perigosa.

Contra o mesmo Ceará, as linhas seguiram compactas, mas com melhor distribuição em campo. Nenhum jogador do Ceará teve muita liberdade, além disso Marco Antônio, nesse momento atuando como volante fica colocado entre as linhas.

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O posicionamento de Marco Antônio também é um diferencial no time. Givanildo faz com que o meia desempenhe uma função bem parecida com a que Renato Augusto fazia no Corinthians de Tite campeão brasileiro de 2015. O meia recua para a linha defensiva ao lado dos zagueiros durante as saídas de bola para distibuir melhor o jogo. Enquanto isso, Rodrigo Souza sobe um pouco mais para compor a linha de três meias aparecendo como surpresa no ataque e marcando gols, assim como fez contra o Paraná, na  27ª rodada do campeonato.

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No campo de defesa, Marco Antônio começa a armação de jogadas do Náutico com total liberdade para poder pensar sobre a melhor opção de passe, dando assim uma melhor saída de bola ao time.

Sendo assim, as principais correções realizadas pelo pernambucano a frente do Timbu consertaram um dos principais erros que a equipe vinha tendo sob o comando de Gallo: a defesa em contraste com o ataque. Enquanto o setor ofensivo conseguia marcar bastante gols, sendo um dos melhores da Série B, a parte defensiva era falha e sofria muitos gols. Em oito jogos com Givanildo no comando, o time alvirrubro sofreu apenas três gols.

Sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o Sport não conseguiu ainda nenhuma vitória. Até então, foram quatro derrotas e dois empates nos seis jogos. Aproveitamento de apenas 11,11%. Enquanto a torcida cobra reforços à diretoria rubro-negra, o treinador tenta montar a equipe com o que tem à disposição e organizar a bagunça deixada por Paulo Roberto Falcão. Em um comparativo entre os confrontos, como mandante, contra o Corinthians em 2015 e em 2016, nota-se que o principal problema do Leão diz respeito ao comportamento coletivo.

No ano passado, o Sport enfrentou o Corinthians sob comando de Paulo Roberto Falcão - que herdou a boa base montada por Eduardo Baptista - e venceu por 2 a 0, na Arena Pernambuco. Em relação à partida no ano passado, além da entrada do goleiro Magrão no lugar de Danilo Fernandes, o time passou por apenas quatro mudanças, entrando em campo com a seguinte escalação: Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel (Serginho), Élber (Everton Felipe), Diego Souza e Marlone (Gabriel Xavier); André (Edmilson). Três delas no setor ofensivo, o mais criticado neste início de campeonato. Agora, em 2016, o Sport perdeu nesse domingo (29), na Ilha do Retiro.

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Mesmo sem a chegada dos três pontos até o momento, a evolução do Sport sob o comando de Oswaldo de Oliveira é bastante nítida. As alterações no posicionamento e na movimentação da equipe derrotada pelo Santa Cruz na estreia do treinador, em relação à que perdeu para o Corinthians no último domingo (29), são reais e importantes, apesar do lento processo de adequação - inclusive, o Leão teve duas boas chances de abrir o placar no primeiro tempo, apesar da desorganização de alguns setores -. As contratações feitas por Paulo Roberto Falcão não encaixaram e ainda precisam de tempo para se entrosar com o restante do time. Por isso, o conjunto tem sofrido tanto e errado em conceitos fundamentais das fases de jogo. Consequentemente - e somando-se à má fase - as vitórias não saíram.

As imagens a seguir (retiradas de flagrantes dos jogos em 2015 e em 2016) foram analisadas de acordo com os conceitos ofensivos e defensivos do futebol no qual a filosofia do Sport propôs. Nas duas ocasiões, o Leão fez marcação por zona. Porém, neste ano, foi notável a assimetria entre a primeira linha de quatro (formada pelos zagueiros e laterais) e a segunda (com os meias e volantes). Apesar da melhora, o time comandado por Oswaldo de Oliveira deixou muito espaço durante a recomposição defensiva e os meio-campistas corinthianos tiveram espaço e tempo para criar as jogadas. 

Em "linhas quebradas", nota-se que apenas Serginho (1) e Rithely (4) estavam bem posicionados, enquanto Diego Souza (3) e Gabriel Xavier (2) não conseguiram fechar os devidos espaços para evitar a infiltração e o arremate à distância de Bruno Henrique. A intenção de Oswaldo Oliveira é fazer a marcação zonal como houve em 2015, com linhas próximas e simétricas impedindo, assim, a aproximação dos meias corinthianos aos atacantes.

Além de não se posicionarem da maneira ideal, os jogadores falharam em outros fundamentos muito bem utilizados pela equipe de 2015: a pressão e o pressing. A diferença entre os dois é que o primeiro se preocupa em apertar apenas o portador da bola, enquanto o segundo (o qual Oswaldo está tentando implementar) busca fechar também as opções de espaço. O único problema é que o pressing (como mostra a imagem da origem do lance que ocasionou o primeiro gol) torna a recomposição do Sport espaçada e lenta, gerando espaço e opções de passe entre os atletas corinthianos. Repare a compactação: todos os dez atletas de linha alvinegros estão na imagem e progridem juntos, com velocidade e toques rápidos.

Em 2015, a equipe leonina costumava marcar a saída de bola com uma linha simétrica e alta. O modelo dá amplitude (leia-se também largura), profundidade e dificulta o início das jogadas com toques curtos. Na imagem, os corinthianos tentaram um recurso muito útil, da triangulação, mas acabaram supreendidos pelos rubro-negros e foram desarmados. O posicionamento montado dá também uma recomposição ofensiva muito veloz, já que os atletas de ataque estão próximos e alinhados. Nesta jogada, o lateral Samuel Xavier (6) e o volante Rithely (5) apertam e retomam a posse já no último terço do campo. André (3) é encontrado com três opções de passe Élber (4), Marlone (1) e Diego Souza (2), que recebe e chuta da intermediária.

O Sport carece de reforços e isso é inegável. O técnico Oswaldo de Oliveira já se manifestou várias vezes sobre o assunto e disse após a derrota desse domingo que "não seria inteligente criticar os jogadores que estão aqui, porque é o que tenho à disposição e preciso trabalhar com eles". Porém, antes mesmo de achar boas peças individuais, o Leão tem a necessidade de organizar o conjunto. Caso contrário, nenhum atleta vai conseguir render o suficiente e as críticas serão apenas relocadas para os novos contratados.

 

Há pelo menos três jogos, o técnico Marcelo Martelotte arma o time do Santa Cruz numa variação entre o 4-1-4-1 e o 4-1-3-2. Esta última para ter dois artilheiros na área na fase ofensiva do jogo: Grafite (quatro jogos e três gols) e Anderson Aquino (vice-artilheiro da Série B com dez gols). Na vitória contra o Macaé, na sexta-feira (21), embora o placar tenha sido o magro 1 a 0, a dupla finalizou sete vezes, incluindo o gol marcado por Grafite. Quase 50% das conclusões do Tricolor na partida.

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4-1-3-2 do Santa Cruz após os 20 minutos do primeiro tempo, quando Bileu saiu machucado para a entrada de Bruninho. Vitor foi avançado para a ponta direita e Bruninho ficou na cobertura

Na fase defensiva, a equipe coral se arma no 4-1-4-1 e a dupla de ataque se desfaz. Apenas Grafite segue no setor ofensivo, enquanto Anderson Aquino recua para a linha de quatro no meio-campo e fica ao lado de João Paulo centralizado. No entanto, por vezes, Aquino demorou a recompor e abriu espaço para o Macaé na transição ofensiva. Problema que o técnico Marcelo Martelotte ainda precisa resolver para a sequência do Campeonato Brasileiro da Série B.

Santa Cruz com a bola saindo do 4-1-4-1 para o 4-1-3-2. Marlon inicia a jogada e Anderson Aquino sai da linha de quatro para o ataque

O confronto diante do Macaé ainda apresentou outro cenário ao treinador do Santa Cruz. Empatando por 0 a 0, em casa, e com a necessidade da vitória, Martelotte voltou para o segundo tempo com Luisinho na vaga de Wellington Cézar, único volante de função e já pendurado com cartão amarelo. Vitor retornou para a primeira linha de quatro para que o atacante ficasse mais à frente pela direita. Além desta mudança, João Paulo atuou mais recuado. Como o próprio técnico falou após o jogo, o camisa 10 foi sobrecarregado para ajudar na marcação e equilibrar o time.

O técnico Lisca testou a formação com três zagueiros na Série B pela primeira vez contra o Vitória e executou, de fato, diante do Bahia, na Arena Fonte Nova. O esquema tático deu certo e o Náutico trouxe um ponto de Salvador. Por este motivo, o treinador alvirrubro resolveu manter a linha defensiva no jogo seguinte, na vitória sobre o Bragantino por 3 a 1, no último sábado (15). Mas durou apenas 25 minutos a estratégia. Apenas com as substituições o Timbu voltou ao caminho dos triunfos.

Para ser mais ofensivo e ter opções no último terço do campo, Lisca soltou os laterais – Gil Mineiro e Lucas Farias -, e o Timbu iniciou no 3-4-3. Marino e Hiltinho abertos pelas pontas com Patrick Vieira centralizado. Custou um pouco para encaixar, ainda assim, os alvirrubros tiveram um gol anulado. Marino entrou livre na área e tocou para Patrick Vieira, impedido, empurrar para o fundo das redes. Por outro lado, a defesa se complicou em lances infantis, principalmente em cima de Flávio. E antes de sofrer um gol, o técnico cortou o mal pela raiz sacando o zagueiro da base para a entrada de Rogerinho.

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Formação inicial do Náutico, que durou apenas 25 minutos até Flávio ser substituído por Rogerinho

Recomposta a formação que o Náutico está acostumado a jogar: o 4-2-3-1 com a bola e se defendendo no 4-4-2. Se para alguns torcedores Lisca errou na escalação, é inevitável reconhecer os méritos do técnico nas substituições. Rogerinho, centralizado na linha de três, fez Marino e Hiltinho serem mais participativos pelas extremidades do campo. Em todo o jogo, Rogerinho acertou 20 passes e contribuiu para o aproveitamento de 91% do Náutico no fundamento. O camisa 18, ainda na etapa inicial, sofreu o pênalti convertido por Patrick Vieira, que abriu o placar. 

Rogerinho centralizado na linha de três deu outra dinâmica ao setor de criação alvirrubro

Apesar de o time alvirrubro ter melhorado, o segundo tempo ficou perigoso. O Bragantino com mais posse de bola e o Náutico sem a presença efetiva no ataque. Aos 20 minutos, Lisca tirou Hiltinho para a entrada de Stéfano Yuri. Sangue novo no setor ofensivo, que trouxe a tranquilidade no placar. O atacante roubou a bola no campo de ataque e iniciou a jogada do segundo gol, concluída por Rogerinho – em sua única finalização - após cruzamento de Lucas Farias. 

No final da partida, o próprio Stéfano Yuri aproveitou a primeira oportunidade que teve e garantiu a vitória do Timbu. Só não deu números finais ao jogo porque o Bragantino ainda diminuiu o placar com Alan Mineiro. Mas não tirou o brilho da importante vitória do Náutico, que segue firme na briga pelo acesso passado 19 rodadas, com opções táticas e ganhando peças com a chegada de reforços.

A leitura do técnico Lisca após a vitória do Náutico por 2 a 1 sobre o Vitória-BA foi de que os alvirrubros se adaptaram melhor às expulsões. Ainda no primeiro tempo, aos 29 minutos, o lateral esquerdo Gastón e o atacante Élton foram expulsos. Naquele momento, os rubro-negros já venciam por 1 a 0, mas o Timbu era superior em campo. Mas não se trata apenas de uma questão de adaptação. O triunfo, que viria apenas na etapa complementar, teve participação fundamental de Lisca na montagem da estratégia e dos jogadores na execução. A versatilidade dos atletas colocou em prática as ideias do treinador.

Antes, porém, vamos às formações iniciais das duas equipes. O Náutico no tradicional 4-4-2 trouxe como única novidade Gil Mineiro aberto na segunda linha de quatro pelo lado direito. Marcação forte no meio-campo e saída rápida pelos lados. O Vitória, de Vágner Mancini, é ofensivo e veloz no 4-1-4-1. Amaral entre as linhas se desdobra. Rhayner dá velocidade pela direita e Escudero mais cadência com qualidade no passe, junto com Flávio e Pedro Ken. Time ofensivo e marcando a saída de bola. Assim aconteceu o gol rubro-negro. João Ananias errou o passe no meio, a bola sobrou para Escudero. O camisa 11 lançou Rhayner, que chutou cruzado e abriu o placar aos cinco minutos.

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Embora estivesse atrás no marcador, a equipe do técnico Lisca não se desesperou e acumulou chances desperdiçadas. Até Gastón e Élton serem expulsos. A primeira atitude do treinador do Náutico foi deslocar João Ananias para lateral esquerda quando o time estava sem a bola, com a posse o meio-campista voltava à sua posição de origem e Hiltinho virou um ala. Pedro Carmona já havia entrado na vaga de Rogerinho, machucado, e assumiu a ponta direita. Vágner Mancini deu mais liberdade para Rhayner e Escudero revezarem na referência do ataque. Tudo isto até o intervalo.

No segundo tempo, sem substituições, não houve mudanças no posicionamento dos jogadores. O comandante alvirrubro apostou no bom momento dos atletas e o gol de empate saiu nos primeiros dez minutos. O empate era bom, mas não o suficiente. Por isso, Lisca apostou ainda mais na versatilidade de seus jogadores. Colocou Josimar no lugar de Guilherme, Douglas deixou de ser referência para ocupar o lado esquerdo do campo e Gil Mineiro foi para a lateral direita. Desgastado, não aguentou muito tempo e logo foi substituído.

Rafael Pereira, que viria a ser o herói da partida, alternou entre lateral direito e zagueiro. Na primeira função, foi ao ataque, se infiltrou na área e marcou o gol da vitória ao dominar e chutar de pé esquerdo no canto do goleiro. Devido à força do Leão baiano no meio-campo, João Ananias voltou para sua posição de origem. O Náutico retomou a linha de quatro na defesa com Rafael Pereira pela direita e Hiltinho na esquerda, mais um a mudar de posicionamento e cumprir bem o que foi pedido.

Crédito: Reprodução/TV Globo

Ainda houve tempo para Rafael Pereira atuar como terceiro zagueiro, com Ronaldo Alves centralizado e Fabiano Eller pela esquerda. Mais uma alternativa para as próximas partidas que o técnico alvirrubro ganhou. Foram poucos minutos e já na pressão rubro-negra em busca do empate, porém, sem sucesso. 

Crédito: Reprodução/TV Globo

O confronto comprovou mais do que a força do Náutico na Arena Pernambuco nesta Série B. Lisca mostrou conhecer bem seu elenco e o que pode fazer nas mais determinadas situações de jogo. Afinal, foram pelo menos quatro improvisações ou variações diante do Vitória. João Ananias e Hiltinho na lateral esquerda, além de Rafael Pereira na zaga e na lateral direita - este ainda pode jogar como volante. Sem perder força ofensiva e mantendo a consistência defensiva. 

"Juan Carlos Osorio estudou o Sport detalhadamente, a maneira como ele trouxe o São Paulo (ontem) mostrou isso", foi assim que Eduardo Baptista explicou a dificuldade do Sport em manter o controle do jogo, principalmente no primeiro tempo, antes do gol de Élber. O treinador rubro-negro ainda elegeu o adversário como "talvez o mais forte do Brasileirão no quesito tática e técnica". Não é para tanto, mas o Tricolor Paulista - por atitudes estratégicas - foi o rival que mais abafou as qualidades do Leão e acentuou os erros.

>> Sport vence São Paulo, quebra recorde de público na Arena Pernambuco e volta ao G4

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Bem diferente da maneira como vinha armando o time e do que projetava para o jogo, Osorio escalou o São Paulo com três zagueiros e dois volantes. Variando do 3-5-2 para o 3-4-3.  O treinador colocou dois jogadores que vinham atuando no meio-campo nas alas: Tiago Mendes na direita e Michel Bastos na esquerda. E foi o que segurou os alas do Leão e travou o principal escape do time no Brasileiro, as pontas. 

Em vários momentos foi possível ver a primeira linha defensiva do São Paulo com cinco jogadores, formada pelo trio de zagueiro e os dois alas. Por outro lado, colocou Alexandre Pato caindo pelo lado esquerda para conter os avanços de Samuel Xavier, que é o lateral mais ofensivo e apoiador. O sistema tático proposto por Osorio colocou o Tricolor quase sempre em vantagem numérica contra o Sport. Por que não deu certo? Pelos fracos desempenhos individuas dos tricolores: Ganso pouco apareceu, Michel Bastos falhou defensivamente, Tiago Mendes não ofereceu tanta agressividade, a dupla de volantes não acertou a marcação e Alexandre Pato não conseguiu aproveitar as poucas chances criadas. 

 

>> Eduardo Baptista elogia técnico do São Paulo em "jogo estratégico"

Nos principais lances de jogada ofensiva, o Sport tem desvantagem numérica. Inclusive no gol. O rubro-negro se sobrepôs a partir do entrosamento, em tabelas e triangulações, principalmente envolvendo André. Algo que o São Paulo não conseguiu aplicar na partida. Os três zagueiros tricolores ficaram perdidos diante da movimentação do Leão. No gol marcado e invalidado - corretamente - por André, Edson Silva novamente ocupa um espaço vazio, sem marcar ninguém e quase quebra a linha defensiva porque acompanha a trajetória da bola.


FOTO: Flagrante do primeiro gol rubro-negro; No momento do passe, são-paulinos têm o dobro do número de jogadores do Sport, mas falham na marcação, na defesa em linha e na recomposição defensiva. Crédito: Reprodução/TV Globo

A formação aplicada por Juan Carlos Osorio se mostrou a melhor - ao menos até aqui - para confrontar o Sport. Porém, a equipe são-paulina não conseguiu aplicá-la com sucesso. Além da nítida falta de variação a característica de alguns jogadores não ajudaram na implementação. Os casos de Paulo Henrique Ganso que teve pouca movimentação no meio-campo e das fragilidades defensivas de Michel Bastos e Tiago Mendes.  

No segundo tempo, o treinador colombiano abriu mão da estratégia inicial: trocou o zagueiro Edson Silva pelo atacante Luís Fabiano e mudou rapidamente para o 4-3-3. Michel Bastos continuou dando espaço na esquerda. Osorio colocou o jogador na meia direita na posição antes ocupada por Centurión, que foi substituído pelo lateral esquerdo Reinaldo (ex-Sport). Depois ainda colocou o meia Boschilia no lugar do então ala direito Tiago Mendes para tentar retomar o controle da bola. Mas a ideia sequer foi testada, já que minutos depois perdeu Ganso e Luís Fabiano expulsos. E o time da casa ainda teve tempo e espaço para marcar o segundo gol - que poderia ter saído muito antes.

O futebol é, acima de tudo, um esporte tático. Formação inicial, variação tática, recomposição, transição e intensidade são termos cada vez mais comuns e necessários no debate sobre as partidas. O Portal LeiaJá, que desde 2014 faz análises táticas de jogos das equipes de Pernambuco, agora terá um espaço totalmente voltado para o assunto. A partir desta quinta-feira (9), o blog de Esportes passa a se chamar Padrão Tático. É um convite para vocês nos acompanharem e juntos discutirmos e entendermos todas essas composições do esporte.

Além das análises dos jogos de Náutico, Santa Cruz e Sport, o Blog Padrão Tático trará abordagens sobre diversos assuntos que envolvem a parte tática do futebol. Desmistificando alguns termos e esclarecendo as opções técnicas. A intenção aqui é facilitar o jogo, mas sem escantear o principal: o que é feito dentro das quatro linhas.

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Já nesta sexta-feira (10), uma publicação - que teve os treinadores Lisca e Eduardo Baptista como personagens principais - ajudará na compreensão sobre função e posição no futebol. O Blog Padrão Tático pretende contribuir com os debates das equipes de Pernambuco na renovação que existe no futebol. Seja qual for as cores que você defende, sejam bem-vindos! Aqui o nosso PADRÃO é TÁTICO!

A vitória do Náutico sobre o Moto Club-MA por 1 a 0, na Arena Pernambuco, mostrou que a maior preocupação do técnico Lisca, neste início, é com a defesa. Diante do Central, o treinador nem escalou a equipe. Desta vez, ele não só armou, como fez grandes mudanças – até precavidas demais. Porém, deu certo. O Timbu voltou a ganhar sem tomar gol e quase não sofreu sustos. Mas ainda está longe do ideal, reconhecido pelo próprio Lisca após a partida.

Na véspera do jogo, o treinador alvirrubro afirmou que não escalaria a equipe no 3-5-2. E, de fato, não foi essa mesmo a formação escolhida. O time partiu do 5-3-2 com pouca movimentação e criatividade. Lisca soltou mais Guilherme e deixou Gastón preso. O que era desnecessário, pois o Moto, com um time misto, também não queria se expor.

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Sem a bola, o time se defendia no 5-3-2. No momento de atacar, Hélder Ribeiro, até então alinhado a Fillipe Soutto no meio-campo, se deslocava ao ataque. Assim, o Náutico passava a jogar no 3-4-3. Contudo, o camisa 11 foi peça nula na engrenagem timbu. Nem marcava como volante, tampouco atacava como jogador ofensivo. Por isso, foi merecidamente substituído no intervalo.

Lisca tirou Hélder Ribeiro e colocou Renato, que entrou mais avançado com Bruno Alves sendo recuado para o meio. O atacante entrou e, com seis minutos, marcou o gol da vitória. E não ficou só nisso. Ele se aproximou de Bruno Alves e o Náutico ganhou em criatividade. David substituiu Bruno Alves e Guilherme, em outra boa apresentação, saiu da lateral para a zona central. O Alvirrubro ganhou em velocidade, mas com o passar do tempo se preocupou mais em defender para garantir o resultado do que agredir o adversário.

Já com Preto em campo na vaga de Josimar, o Náutico, cansado por causa do excesso de treinos na semana, se fechou na defesa. A bola na trave de Vavá, o maior susto na partida, já havia passado e a pressão do Moto Club não foi consistente. Isto ajudou a minimizar os problemas do Timbu e dar tranquilidade aos três zagueiros alvirrubros, pouco exigidos.

Vitória construída mais na vontade do que na tática ou técnica. Importante dentro do atual contexto do Timbu. Entretanto, não ilude os alvirrubros e muito menos o técnico Lisca. Com apenas três dias de treinamentos puxados, é impossível corrigir todos os erros. O Timbu ainda tem setores espaçados e pouca movimentação, dando poucas opções ao jogador que está com a bola. 

Apenas com treinamentos, que serão raros nos próximos dias devido à sequência de jogos, esses problemas podem ser solucionados. Só com o tempo Lisca terá a equipe do jeito que quer e gosta: “Com entrosamento, dinâmica e sincronia de movimentos”.

A vitória do Náutico sobre o Moto Club-MA por 1 a 0, na Arena Pernambuco, mostrou que a maior preocupação do técnico Lisca, neste início, é com a defesa. Diante do Central, o treinador nem escalou a equipe. Desta vez, ele não só armou, como fez grandes mudanças – até precavidas demais. Porém, deu certo. O Timbu voltou a ganhar sem tomar gol e quase não sofreu sustos. Mas ainda está longe do ideal, reconhecido pelo próprio Lisca após a partida.

Na véspera do jogo, o treinador alvirrubro afirmou que não escalaria a equipe no 3-5-2. E, de fato, não foi essa mesmo a formação escolhida. O time partiu do 5-3-2 com pouca movimentação e criatividade. Lisca soltou mais Guilherme e deixou Gastón preso. O que era desnecessário, pois o Moto, com um time misto, também não queria se expor.

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Sem a bola, o time se defendia no 5-3-2. No momento de atacar, Hélder Ribeiro, até então alinhado a Fillipe Soutto no meio-campo, se deslocava ao ataque. Assim, o Náutico passava a jogar no 3-4-3. Contudo, o camisa 11 foi peça nula na engrenagem timbu. Nem marcava como volante, tampouco atacava como jogador ofensivo. Por isso, foi merecidamente substituído no intervalo.

Lisca tirou Hélder Ribeiro e colocou Renato, que entrou mais avançado com Bruno Alves sendo recuado para o meio. O atacante entrou e, com seis minutos, marcou o gol da vitória. E não ficou só nisso. Ele se aproximou de Bruno Alves e o Náutico ganhou em criatividade. David substituiu Bruno Alves e Guilherme, em outra boa apresentação, saiu da lateral para a zona central. O Alvirrubro ganhou em velocidade, mas com o passar do tempo se preocupou mais em defender para garantir o resultado do que agredir o adversário.

Já com Preto em campo na vaga de Josimar, o Náutico, cansado por causa do excesso de treinos na semana, se fechou na defesa. A bola na trave de Vavá, o maior susto na partida, já havia passado e a pressão do Moto Club não foi consistente. Isto ajudou a minimizar os problemas do Timbu e dar tranquilidade aos três zagueiros alvirrubros, pouco exigidos.

Vitória construída mais na vontade do que na tática ou técnica. Importante dentro do atual contexto do Timbu. Entretanto, não ilude os alvirrubros e muito menos o técnico Lisca. Com apenas três dias de treinamentos puxados, é impossível corrigir todos os erros. O Timbu ainda tem setores espaçados e pouca movimentação, dando poucas opções ao jogador que está com a bola. 

Apenas com treinamentos, que serão raros nos próximos dias devido à sequência de jogos, esses problemas podem ser solucionados. Só com o tempo Lisca terá a equipe do jeito que quer e gosta: “Com entrosamento, dinâmica e sincronia de movimentos”.

A impaciência do torcedor do Santa Cruz com o técnico Ricardinho é justificada pelos resultados. Foram quatro jogos oficiais, três derrotas (duas em casa) e apenas uma vitória. No entanto, é importante ressaltar que o treinador ainda busca a equipe ideal neste início de trabalho. Contra o Salgueiro, no último sábado, a derrota por 1 a 0 não pode apagar o que a equipe fez de bom no primeiro tempo. Aos poucos, Ricardinho começa a encaixar os jogadores e encontrar o equilíbrio na equipe.

Ainda com alguns desfalques, o treinador coral repetiu o mesmo time do segundo tempo da vitória contra o Central. Assim, o Santa Cruz foi montado no tradicional 4-4-2 com Bileu improvisado na lateral direita, João Paulo como volante e, na frente, Waldison e Betinho. Na criação, Guilherme Biteco e Emerson Santos aberto pelas pontas. 

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Com esta equipe, o Tricolor ganhou mais equilíbrio. A entrada de Bileu deu consistência ao setor, apesar de ele também subir ao ataque constantemente. O volante já mostrou que é muito mais confiável na posição do que Moisés. Assim como Renatinho na esquerda. Todos já conhecem o potencial dele e na concorrência com Léo Veloso, ele também sai na vantagem.

No meio-campo, Ricardinho optou por deixar seu jogador com melhor passe como responsável pela transição. Praticamente todas as jogadas começaram nos pés de João Paulo. O problema é que o meia cansou por querer também chegar ao ataque com frequência. No final do primeiro tempo e depois dos 15 da etapa complementar, ficou evidente o cansaço do atleta, que já não rendia o esperado.

Pelo lado direito, Guilherme Biteco foi o melhor jogador coral em campo. Com velocidade e habilidade, o meia deu uma boa dinâmica de jogo à equipe. Enquanto Emerson Santos não foi tão participativo. E, aí, vai a crítica a Ricardinho. O treinador sacou Biteco e colocou Raniel, após o gol do Salgueiro. Mesmo o treinador justificando o cansaço para a mudança, Biteco poderia ter ido para o sacrifício porque o Santa estava perdendo e ele era peça importante em campo.

Enquanto no ataque, Waldison teve uma boa movimentação. Embora como segundo atacante, voltou para ajudar na criação. Já Betinho foi o jogador mais perigoso, teve presença de área e colocou duas bolas na trave. Porém, nenhum dos dois deve ser titular quando Anderson Aquino e Bruno Mineiro voltarem.

Por tudo isso, não dá para execrar todo o trabalho de Ricardinho. Os resultados influenciam muito, mas já há uma evolução aparente na equipe. Com todas as peças à disposição, o treinador pode melhorar o desempenho do time. Não será por falta de tentativas. Ao menos, taticamente, o comandante coral mostrou ter alternativas. Falta agora executar da melhor forma.

Sem a pressão e a obrigatoriedade de conquistar a vitória a todo custo – como aconteceu contra o Socorrense, na Copa do Nordeste –, o Sport voltou às suas características ao enfrentar o Serra Talhada. Não foi um massacre, apesar do palcar de 4 a 2, porém, foi um jogo controlado amplamente pelo Leão e com poucos sustos. Claro, não foi uma partida perfeita e alguns erros aconteceram. E após o confronto, o técnico Eduardo Baptista reconheceu pontos a melhorar e isso é importante para o crescimento do time na temporada.

O 4-1-4-1, adotado desde a pré-temporada, foi a formação executada em campo pelos rubro-negros e sem muitas novidades. Eduardo Baptista optou por repetir praticamente a mesma equipe do último jogo pela falta de tempo para treinar novas alternativas. As únicas alterações foram as entradas de Vitor no lugar de Alex Silva e Oswaldo na vaga de Ewerton Páscoa, poupado. Alterações que modificaram pouco o estilo de jogo da equipe.

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Com o controle da partida desde os primeiros minutos, devido ao gol de Joelinton na falha do goleiro do Serra Talhada, o Sport dosou o ritmo na etapa inicial. Por isso, não foi uma equipe tão criativa. O segundo gol com Rithely, de cabeça, após cobrança de falta, era a tranquilidade necessária ao Leão. Ficou a sensação de que se a equipe da casa tivesse um pouco mais de ímpeto, teria matado o jogo logo no primeiro tempo, até porque o adversário não colocava resistência.

Diego Souza, outra vez escalado pelo lado esquerdo do campo, teve liberdade para rodar o campo. Por muitas vezes, apareceu na zona central e também na ponta direita. Mas, apesar dessa movimentação, não participou muito do jogo. Além disso, contribuiu com o gol do Serra Talhada ao errar um passe no meio-campo cedendo o contra-ataque, que resultou no gol de Diogo. Depois disso, o camisa 87 foi substituído por Régis.

Embora a equipe sertaneja estivesse num melhor momento em campo, o Sport voltou a fazer o que mais sabe. Colocou a bola no chão, teve paciência, trocou passes rápidos e logo retomou às rédeas da partida. O terceiro tento saiu em nova bola parada e em outra falha do goleiro Gleibson. Em seguida, Régis marcou de pênalti e a vitória estava garantida. O gol de falta do Serra Talhada alterou o placar, mas não o panorama do confronto.

Ao Sport, ficou a lição de que sem afobação o futebol é outro. Contra o Socorrense, a equipe insistiu em vários cruzamentos à área sem sucesso. Diante do Serra Talhada, os leoninos aplicaram o que foi treinado na pré-temporada. Bola no chão, de pé em pé, saindo de Magrão, passando por Rithely, que inicia a transição, até chegar ao ataque em triangulações. Esse é o estilo de jogo que propõe Eduardo Baptista, mas ainda faltam ajustes na equipe que podem acontecer com mudanças de peças ou de funções.

O trabalho feito por Moacir Júnior no Náutico ainda está no início, ele ainda não tem todas as peças à disposição e, durante os jogos, busca a melhor formação para a equipe. Este último tópico parece ter sido solucionado e apresentado na vitória por 2 a 0 sobre o Piauí, pela Copa do Nordeste.

Assim como no segundo tempo diante do Salgueiro, no empate por 2 a 2, o treinador optou por escalar a equipe no 4-2-3-1. O problema é que, mais uma vez, o time jogou bem apenas um tempo. Mas este, que foram os 45 minutos iniciais de quinta-feira (19), foi um alento aos alvirrubros. Ainda que o segundo tenha sido um tormento, com um adversário frágil pressionando o Timbu.

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O destaque do bom primeiro tempo do Náutico é que Moacir Júnior começa a achar a posição de cada jogador. FIllipe Soutto, cotado para ser referência no meio-campo, deixou de ser meia e jogou como volante ao lado de João Ananias. Por isso, Soutto foi muito mais participativo na transição. Por diversas vezes buscou a bola nos zagueiros para iniciar as jogadas de ataque. Resultado: o Timbu não deu tantos chutões como nos últimos jogos e a bola chegou com qualidade ao ataque.

O Náutico passou a jogar com os setores mais próximos, compacto e com possibilidade de triangulações. Um pedido por Moacir Júnior na véspera do jogo.

Outro beneficiado com este tipo de postura foi Patrick Vieira, que fez sua primeira boa apresentação com a camisa alvirrubra. Além do gol, o meia se movimentou bem, trocando de posição com Bruno Alves e dando opções de jogo no setor de criação. 

A compactação, além de contribuir com o ataque, deixou a defesa menos exposta. Porém, algumas falhas individuais seguem preocupando no setor. Contra o Piauí, Flávio voltou a mostrar algumas deficiências na marcação. Assim como David, que foi o lado mais explorado pelo adversário.

Na etapa complementar, tudo o que havia sido construído foi desfeito. O Náutico conseguiu voltar desorganizado e tomou alguns sustos. Júlio César, como de praxe, salvou a equipe em pelo menos dois lances. De acordo com o técnico Moacir Júnior, essa oscilação é normal por ter um time jovem e em formação. Mas ainda que faça sentido, o comandante do Timbu precisa buscar maneiras de evitar que isso aconteça. Por sorte e pela fragilidade do Piauí, o tento de empate não saiu.

Apesar da demora em fazer a primeira substituição – 19 minutos –, Moacir Júnior foi certeiro. Tirou Renato e colocou Jefferson Renan. O meia conseguiu dar uma nova dinâmica de jogo à equipe e marcou gol da vitória alvirrubra. Com 2 a 0 no placar, o Timbu soube levar com mais tranquilidade o restante da partida.

As duas primeiras apresentações oficiais do Náutico – ambas contra o Salgueiro – deixaram a desejar. Os empates na Arena Pernambuco mostram que o Timbu ainda não tem um time pronto e está longe disso. É bem verdade que vários reforços ainda não estrearam, mas pelo período de pré-temporada, a equipe já deveria ter o mínimo de entrosamento, mesmo sendo formado por jogadores jovens, muitos formados na base do próprio clube.

No 2 a 2 da última quinta-feira (5), pela Copa do Nordeste, os comandados de Moacir Júnior apresentaram variações táticas, mas ainda de forma desorganizada e sem efetividade na execução. Um time com setores distantes, espaçado. A consequência disto é o elevado número de ligações diretas da defesa para o ataque. Nem mesmo a entrada de Fillipe Soutto fez com que o Náutico colocasse a bola no chão e aproximasse o meio-campo da defesa e do ataque.

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No primeiro tempo, o técnico Moacir Júnior, pelas circunstâncias do jogo, foi obrigado a utilizar duas formações. O time começou no 4-3-3. A novidade foi Fillipe Soutto ao lado de Hélder, quando esperava-se Jefferson Renan na vaga deste último. Enquanto no ataque o treinador optou deslocar o centroavante Josimar para a esquerda para a entrada de Stéfano Yuri. Bruno Alves se manteve pela direita, mas também se aproximou ao centro para ajudar na criação. 

Talvez pela ansiedade, como foi dito pelo próprio Moacir Júnior, esta postura não funcionou. O Salgueiro, mesmo sem ter o domínio do jogo, perdeu um pênalti e ainda conseguiu sair na frente do placar. Para completar o primeiro tempo ruim, o Náutico perdeu Elivelton e Stéfano Yuri no mesmo momento por lesões. Foi a partir daí que aconteceu a primeira variação tática alvirrubra.

Elivélton saiu e entrou Diego. E a substituição que alterou o desenho tático foi a entrada de Jefferson Renan no lugar de Stéfano Yuri. O Náutico saiu do 4-3-3 para o 4-1-4-1. Josimar voltou a ser centroavante e a linha de quatro do meio-campo foi formada por Bruno Alves (pela esquerda), Fillipe Soutto, Hélder e Jefferson Renan. João Ananias seguiu à frente da defesa. A equipe passou ter um pouco mais de consistência do meio-campo, porém ainda sem compactação.

Na etapa complementar, aos 17 minutos, a entrada de Renato deu outra cara ao Timbu. Ainda longe da ideal. Antes, o time já havia mostrado mais ímpeto em busca do empate. Com o atacante, ganhou uma nova alternativa tática, que deu mais certo. O 4-2-3-1 com Fillipe Soutto mais recuado ao lado de João Ananias, e a linha de três com Jefferson Renan, Bruno Alves e Renato fez o futebol alvirrubro crescer. Em quatro minutos, aconteceu a virada, mas que não foi sustentada por muito tempo. Logo o Salgueiro deixou tudo igual. Ainda assim, ficou a boa impressão da última escolha de Moacir Júnior. Apesar de ele mesmo apontar a vontade como fator determinante, a alteração tática também teve a sua parcela de contribuição.

Embora esta formação tenha dado o melhor resultado, Moacir Júnior não garantiu o 4-2-3-1 no clássico contra o Sport. Perguntado pelo LeiaJá, o treinador alvirrubro foi evasivo e preferiu deixar no ar a dúvida, até para não municiar o adversário do próximo domingo. Mas indicou que não descarta a possibilidade de manter o 4-3-3 usado nos dois primeiros jogos. “Pode acontecer (de manter a formação), mas pode acontecer de usar as mesmas peças em funções diferentes”, resumiu Moacir Júnior.

A elasticidade do placar do Clássico das Multidões – Sport 3 a 0 no Santa Cruz -, é antagônico a analise fria e tática do duelo. O equilíbrio foi predominante entre as duas equipes em boa parte do duelo. Mas o velho clichê de que clássico é decidido nos detalhes se aplica totalmente ao jogo de abertura do Campeonato Pernambucano. Quando parecia que o Tricolor daria as cartas do confronto, no segundo tempo, o Leão soube se sair bem do momento desfavorável e chegou ao gol de pênalti. Em seguida, já em contra-ataques mortais, ampliou e fechou o placar se aproveitando do desespero coral na tentativa de voltar ao jogo. 

Contudo, antes de tudo isto acontecer, o desenho da partida era outro. A marcação se sobrepôs à criatividade no Clássico das Multidões no primeiro tempo. O Santa Cruz, embora postado no 4-3-3, foi eficiente no sistema defensivo nos 45 minutos iniciais e neutralizou a saída de bola rubro-negra. Porém, com o pouco avanço dos laterais, os atacantes Thiaguinho, Betinho e Waldison tiveram dificuldades de concluir as jogadas. Ainda assim, este último finalizou duas vezes com condições de abrir o placar. Pedro Castro, como único meia de ofício, foi o mais lúcido na criação.

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O Sport adotou o 4-1-4-1 com os meias Régis e Élber aberto pelas pontas. Rithley, à frente da defesa, era o responsável pela transição. Mas devido à lentidão de toda a equipe e também a marcação coral, o Leão quase não criou problemas no setor ofensivo aos tricolores. Élber e Danilo não apareceram para o jogo, enquanto Régis ainda tentou em algumas jogadas individuais. Não foi o suficiente. Por isso, Joelinton ficou preso entre os zagueiros sem conseguir finalizar a gol.

A etapa complementar trouxe um cenário diferente para o confronto, apesar de não haver nenhuma alteração tática. E isso aconteceu por causa da postura ofensiva com que o Tricolor voltou a campo. Os primeiros minutos foram de seguidos lances perigosos, mas de chances desperdiçadas. Ao Sport, coube tentar a alternativa da ligação direta. De início, deu certo e por duas vezes a defesa coral quase foi pega desprevenida. Mas, em seguida, o Leão voltou às suas características, rodou a bola e chegou aos gols. No primeiro, Régis sofreu o pênalti convertido por Danilo. Élber, num rápido contra-ataque, e depois livre na área, deu números finais ao jogo.

Se não houver nenhum novo problema médico, o técnico Eduardo Baptista, em breve, terá praticamente todo o elenco do Sport à disposição. E, assim, terá boas opções para armar o time titular. Quem sabe até mudar a formação da equipe. Se o treinador leonino aceitar uma sugestão, aqui vai uma, baseada nas principais características dos atletas e o que melhor eles têm a oferecer.

A primeira mudança seria abandonar o 4-2-3-1, formação inicial de toda a partida do Sport e predominante nesta temporada. Com os retornos de Ewerton Páscoa (zagueiro), Rodrigo Mancha (volante) e Régis (meia), Eduardo Baptista pode manter o meio-campo com cinco jogadores, mas com um desenho diferente. O 4-3-2-1 é uma alternativa a ser explorada e com a seguinte escalação: Magrão; Patric, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rodrigo Mancha, Rithely, Ibson, Régis e Diego Souza; Neto Baiano.

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A linha defensiva, como pode ser vista, não sofrerá modificações e terá apenas a volta de Páscoa, que foi quem protagonizou os melhores momentos defensivo do time ao lado de Durval. No meio-campo, porém, algumas funções seriam alteradas. Rodrigo Mancha, por exemplo, ficaria só à frente da defesa por ser um jogador de força e desempenhar bem esta função de primeiro volante. A transição seria uma atribuição para Rithely e Ibson, pelos lados, mas também atentos à marcação nas subidas dos pontas e/ou laterais do adversário.

O setor de criação não seria sobrecarregado. Régis dividiria a responsabilidade de armar as jogadas ofensivas com Diego Souza, atleta experiente e de qualidade incontestável. O camisa 87, além de criar, também poderia contribuir no ataque com Neto Baiano, tornando-se um segundo atacante em determinados momentos.

Esta formação sugerida não alteraria as variações que Eduardo Baptista gosta de aplicar quando o time se defende. Sempre com duas linhas de quatro. Às vezes no 4-1-4-1 e outras no clássico 4-4-2. Este último é utilizado com Diego Souza e Neto Baiano em campo. E também não mudaria a postura do Sport, que é de ter uma forte marcação e sair rápido para o ataque. Pelo menos foi assim em boa parte da Série A e é assim que os rubro-negros esperam que volte a ser.

Oliveira Canindé comandou apenas um treinamento com os titulares do Santa Cruz, mas algumas mudanças já puderam ser vistas contra o Oeste, no Arruda. Apesar do pouquíssimo tempo de trabalho, o treinador demonstrou conhecimento do elenco coral e em seu primeiro jogo procurou explorar as melhores características de cada atleta. Mas também adaptando ao que o adversário tinha de perigo a oferecer.

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Sem mudar nenhuma peça com relação ao jogo anterior, o técnico tricolor alterou a formação e fez o time ganhar consistência defensiva – vale ressaltar a fragilidade do Oeste. Além de criar mais alternativas ofensivas, contribuindo para que Léo Gamalho não ficasse isolado na frente ou tendo que voltar para buscar a bola.

Alguns jogadores com funções especificas ajudaram o bom andamento da partida para o Santa Cruz, principalmente no primeiro tempo. Bileu em alguns momentos tornou-se um terceiro zagueiro e em outras fez a cobertura de Tony. Este, por sua vez, foi praticamente um ala e a principal arma de saída de jogo juntamente com o volante Danilo Pires, que de volante não teve nada. Danilo foi um verdadeiro ponta pelo lado direito com Léo Gamalho centralizado e Keno pela esquerda (imagem abaixo).

A equipe de Oliveira Canindé ficou pendendo apenas para um lado, já que Julinho subiu pouco e Keno ficou isolado. Isso só foi corrigido com a entrada de Tiago Costa, que, após poucos minutos em campo, sofreu o pênalti convertido por Léo Gamalho e praticamente definiu a partida. O Oeste não teve de onde tirar a reação e o Tricolor levou o jogo com tranquilidade até o final, chegando até a ampliar a vantagem com Keno.

Após o jogo, Oliveira Canindé ressaltou que esta postura do time pode mudar nos próximos jogos, a depender do adversário. O Santa Cruz foi mais seguro e tomou poucos sustos. Mas, claro, ainda há o que se corrigir. No entanto, o técnico pode apostar na repetição desta estratégia que tende a melhorar com algumas mudanças. A principal delas é a de Tiago Costa para dar equilíbrio pelos lados. Canindé ainda terá também Aílton para disputar a posição com Wescley. Agora, é esperar o que o treinador fará para o confronto ante o América-MG, na Arena Independência.

Ninguém pode reclamar de falta de tentativas e opções de Eduardo Baptista. Menos ainda de que o treinador não está tentando variações táticas no Sport, mesmo com tantos desfalques. Na vitória contra o Santos por 3 a 1, o comandante rubro-negro abdicou do centroavante fixo e artilheiro Neto Baiano e deu mais liberdade a Ibson. Na Arena Pernambuco, o Leão atacou no mesmo 4-2-3-1, mas com um falso nove (Felipe Azevedo). Por outro lado, se defendeu no 4-4-2, com Ibson também na linha de frente (imagem abaixo).

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A vitória foi rubro-negra, mas o futebol nem de longe lembrou as boas apresentações do primeiro turno da Série A. Principalmente na etapa inicial de jogo, quando faltou agressividade na marcação e criatividade. Felipe Azevedo, como falso nove, teve pouca participação ofensiva e apareceu mais na marcação. Assim como Ibson, que cresceu junto com a equipe apenas no segundo tempo. 

Na etapa complementar, Eduardo Baptista fez a substituição que mudou a história do jogo. Após uma fraca atuação nos primeiros 45 minutos, Érico Júnior foi substituído pelo lateral direito Vitor. Assim, o jogador que estava na posição, Patric, passou a atuar na ponta, na linha de três, e o Sport ganhou profundidade. O camisa 12, autor do gol de empate, marcou mais dois e decidiu a partida a favor do Leão.

Embora não tenha funcionado perfeitamente, a tentativa de Eduardo Baptista abriu a perspectiva de seguir com um falso nove. Contra a Chapecoense, Felipe Azevedo seguirá na função. No entanto, pode servir como teste para quando Diego Souza voltar ao time. O camisa 87, principal contratatação do clube na temporada, cairá bem na posição, já que tem movimentação, bom passe e finaliza melhor do que Azevedo e o centroavante Neto Baiano.

O Náutico não mudou da água para o vinho com a saída de Sidney Moraes e a chegada de Dado Cavalcanti. Mas, é inegável o avanço do time com menos de uma semana de trabalho do novo treinador. Os jogos contra o Luverdense e Oeste trouxeram boas perspectivas aos alvirrubros, sobretudo, no aspecto tático. O Timbu já não é uma equipe tão espaçada. Agora, apresenta uma certa compactação e, com poucos treinamentos, os jogadores demonstram uma disciplina nas funções.

Nesse primeiro momento de trabalho, o técnico Dado Cavalcanti apostou no 4-3-3, descobrindo novos jogadores como Sassá e Crislan e redescobrindo João Ananias. Esses três foram destaques nas duas vitórias seguidas do Náutico na Série B. Nas laterais, para ganhar força na marcação, o treinador optou por Roberto e Rafael Cruz ao invés de Raí e Neílson, que estavam sendo utilizados por Sidney Moraes.

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Apenas Vinícius é responsável pelo setor de criação alvirrubro. Além de voltar para buscar o jogo e contribuir com passes longos, o meia conta com Sassá e Crislan que têm a missão de sair das pontas para se aproximarem ao meio. Tudo isto para municiar Tadeu, o centroavante brigador e elogiado pelo novo comandante.

No momento de se defender, a equipe de Dado Cavalcanti já apresenta uma variação tática. Sai do 4-3-3 para o 4-1-4-1 (imagem abaixo). João Ananias recua para ficar na frente dos zagueiros. Enquanto Vinícius, Paulinho, Sassá e Crislan formam a segunda linha de quatro. Tadeu também participa da marcação, sendo o primeiro homem de combate. Embora no confronto diante do Oeste, na Arena Pernambuco, isto não tenha saído sempre como o planejado.

Como foi dito no início, o Náutico não mudou completamente. Ainda apresenta falhas defensivas. Os laterais, em alguns momentos, tomaram bola nas costas. E, em outros, os zagueiros ficaram expostos. Vinícius também precisa contar mais com a participação de um dos volantes e dos pontas para construir as jogadas. Este foi um dos problemas para a falta de criatividade a equipe no 3 a 2 da última terça-feira (19).

Entretanto, é alentador o início de trabalho de Dado Cavalcanti. Com poucos dias de trabalho, ele já conseguiu projetar um time. Isso sem contar que Marinho e Cañete não foram titulares com o novo treinador. O que deve acontecer naturalmente e já na próxima partida, diante do América-RN. Espera-se que com mais tempo para treinar, os erros sejam corrigidos e o Náutico cresça seu futebol à medida que suba na classificação da Série B.

Diego Souza é o reforço que chega pronto para vestir o uniforme do Sport e ser titular, o camisa 10 do time. O setor de criação rubro-negro, tão criticado, ganha um jogador de velocidade, passes apurados e arremates precisos. E tudo isso o técnico Eduardo Baptista terá sem precisar alterar a formação tática leonina, que vem dando certo desde o início da temporada. A engrenagem montada no 4-2-3-1 ganhará qualidade na transição da defesa para o ataque. O último clube do recém-contratado rubro-negro no Brasil foi o Cruzeiro, de onde saiu após a Copa das Confederações de 2013. E é de lá que vem o exemplo para a formação leonina.

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Na Raposa, Diego Souza era o meia central na linha de três do 4-2-3-1, que ainda contava com Dagoberto pela esquerda e Everton Ribeiro na direita. No ataque, Anselmo Ramon e Borges revezavam como o centroavante do time. Embora não tenha tido uma grande passagem pelo clube mineiro, participou do início da campanha do inquestionável título Brasileiro e foi vice-campeão Mineiro. Foi substituído por Ricardo Goulart, então aposta do técnico Marcelo Oliveira.

Apesar da versatilidade em poder jogar pelas pontas e até como centroavante, no 4-2-3-1, Diego Souza deve mesmo atuar pelo meio na equipe de Eduardo Baptista. É justamente essa a maior carência no elenco rubro-negro, que já teve o Aílton, os atacantes Felipe Azevedo e Leonardo, e até Augusto César. Régis, até a estreia do novo reforço, deve ter uma oportunidade também.

Porém, isto não significa dizer que terá de jogar um ou outro. Sem abdicar da forte marcação, o técnico leonino pode colocá-los juntos em campo na mesma formação. Ou até testar a pedida variação tática na equipe. Voltando ao 4-4-2 tradicional e mantendo os três volantes, Régis pode ser o meia armador e Diego Souza o segundo atacante pouco atrás de Neto Baiano. Essa é apenas uma das possibilidades que o técnico Eduardo Baptista terá em mãos, como mostra a imagem abaixo.

O meia Diego Souza já não precisa mais provar que tem qualidade. A missão, agora, é tentar manter a regularidade. Foi isto que o sabotou em alguns clubes, inclusive o Cruzeiro, nos últimos anos. Por isso, um currículo com tantos times. Entretanto, é um reforço e tanto para o Sport, principalmente pelo que já mostrou vestindo as camisas do Grêmio, Palmeiras e do Vasco.

A impaciência do torcedor do Santa Cruz com o técnico Ricardinho é justificada pelos resultados. Foram quatro jogos oficiais, três derrotas (duas em casa) e apenas uma vitória. No entanto, é importante ressaltar que o treinador ainda busca a equipe ideal neste início de trabalho. Contra o Salgueiro, no último sábado, a derrota por 1 a 0 não pode apagar o que a equipe fez de bom no primeiro tempo. Aos poucos, Ricardinho começa a encaixar os jogadores e encontrar o equilíbrio na equipe.

Ainda com alguns desfalques, o treinador coral repetiu o mesmo time do segundo tempo da vitória contra o Central. Assim, o Santa Cruz foi montado no tradicional 4-4-2 com Bileu improvisado na lateral direita, João Paulo como volante e, na frente, Waldison e Betinho. Na criação, Guilherme Biteco e Emerson Santos aberto pelas pontas. 

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Com esta equipe, o Tricolor ganhou mais equilíbrio. A entrada de Bileu deu consistência ao setor, apesar de ele também subir ao ataque constantemente. O volante já mostrou que é muito mais confiável na posição do que Moisés. Assim como Renatinho na esquerda. Todos já conhecem o potencial dele e na concorrência com Léo Veloso, ele também sai na vantagem.

                                             

No meio-campo, Ricardinho optou por deixar seu jogador com melhor passe como responsável pela transição. Praticamente todas as jogadas começaram nos pés de João Paulo. O problema é que o meia cansou por querer também chegar ao ataque com frequência. No final do primeiro tempo e depois dos 15 da etapa complementar, ficou evidente o cansaço do atleta, que já não rendia o esperado.

Pelo lado direito, Guilherme Biteco foi o melhor jogador coral em campo. Com velocidade e habilidade, o meia deu uma boa dinâmica de jogo à equipe. Enquanto Emerson Santos não foi tão participativo. E, aí, vai a crítica a Ricardinho. O treinador sacou Biteco e colocou Raniel, após o gol do Salgueiro. Mesmo o treinador justificando o cansaço para a mudança, Biteco poderia ter ido para o sacrifício porque o Santa estava perdendo e ele era peça importante em campo.

Enquanto no ataque, Waldison teve uma boa movimentação. Embora como segundo atacante, voltou para ajudar na criação. Já Betinho foi o jogador mais perigoso, teve presença de área e colocou duas bolas na trave. Porém, nenhum dos dois deve ser titular quando Anderson Aquino e Bruno Mineiro voltarem.

Por tudo isso, não dá para execrar todo o trabalho de Ricardinho. Os resultados influenciam muito, mas já há uma evolução aparente na equipe. Com todas as peças à disposição, o treinador pode melhorar o desempenho do time. Não será por falta de tentativas. Ao menos, taticamente, o comandante coral mostrou ter alternativas. Falta agora executar da melhor forma.

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