Coisas de Copa

Luiz Mendes, | seg, 16/06/2014 - 10:59
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É difícil reconhecer, mas a Fifa tinha razão. A Copa do Mundo é uma experiência diferente de tudo que o Brasil já viveu. Desde e o início do mundial estive Salvador, Recife e Fortaleza, três cidades nordestinas que recebem o mundial e em cada uma delas uma torcida me cativou.

Na Bahia foi incrível ver o Pelourinho pintado de laranja pelos holandeses, isso bem antes da magistral apresentação de Robben na Fonte Nova. Surreal foi desembarcar no Recife é ver a cidade apinhada de gente de olhos puxados e camisas azuis pelas ruas, distribuindo gentileza e simpatia por onde passavam. Em Fortaleza, onde estou no momento, a orla da cidade foi transformada em uma embaixada mexicana, com direito a salsa, tequila e mariachis.

E cada um aproveita como pode. Tem quem se misture aos gringos e entre na onda deles, tem aqueles que provocam de forma sadia os adversários. Ontem um carro parou em frente ao hotel onde está hospedada a seleção mexicana e o som começou a tocar o hino do Brasil, que foi dançado como uma valsa por gente de várias nacionalidades na calçada em frente.

Esse clima de euforia é bom. É válido. Mas a Copa vai passar e algumas lições vão ser tiradas. O que está dando certo e funcionando nestes dias, terá que ter uma continuidade. A cobrança vai ser maior daqueles que desfrutam do atual momento do país.

3 dentro

- Michael Schumacher. O heptacampeão de Fórmula 1 mais uma vez assombra o mundo. Depois de seis meses em coma, devido a um acidente de esqui, Schumi recuperou a consciência. Essa é a maior vitória da carreira do alemão.

- Hulk. Se o futebol dele na seleção ainda está deixando a desejar, em seus posicionamentos o atacante tem se saído muito. Ele quer se mostrar como jogador que é e não como um nordestino engraçado ou um símbolo sexual.

- Robben. Até o momento o jogador que mais impressionou na Copa. A categoria e velocidade do camisa 11 da seleção holandesa espanta quem não esperava muito dele e do seu time neste mundial.

3 fora

- Seleção brasileira. O time comandado por Felipão vive um bom momento e tem o carinho do público. Desnecessário fugir do contato do povo e entrar no hotel escondido, como fez ao chegar na capital cearense.

- Arbitragem. Uma coisa que não está no mesmo nível dos ótimos jogos desta Copa são os juízes. É um grave problema a atuação dos árbitros, que até aqui não interferiram ainda nos resultado das partidas.

- Argentinos. Quem foi ao Maracanã ver a estréia dos hermanos na Copa se surpreendeu com a torcida azul e branca. Além de incentivar a todo momento a sua seleção, os Argentinos faziam cânticos ofensivos aos brasileiros, além de respeitaram os assentos numerados e urinarem nas áreas comuns  do estádio. 

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