Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz está morando no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, e fazendo tratamento contra câncer de intestino no Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein. A informação é da revista Veja desta sexta-feira (30).
De acordo com a reportagem, que diz ter seguido pistas para identificar o paradeiro de Queiroz, no último dia 26 ele foi visto no Centro de Oncologia por volta das 17h50, desacompanhado e sem chamar a atenção dos que por lá estavam.
##RECOMENDA##O câncer no intestino do qual se trata foi o mesmo que o levou a fazer uma cirurgia no fim do ano passado. Uma das últimas aparições de Queiroz, inclusive, foi em um vídeo gravado no hospital no início do ano onde ele aparece dançando. Episódio gerou repercussão em todo país.
Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), aponta que Fabrício Queiroz movimentou atipicamente R$ 1,2 milhão em sua conta entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Ele é um dos assessores de gabinetes de então deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que passou a ser investigado por conta das transações.
Uma das ações foi o depósito de um cheque de R$ 24 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente Jair Bolsonaro chegou a justificar, dizendo que o cheque era o pagamento de um empréstimo. O passou a levantar suspeitas quanto à família Bolsonaro e o atual senador.
Em entrevista ao SBT, quando surgiram as notícias das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, Queiroz disse que as movimentações eram reflexo dos seus negócios de compra e venda de carros. Depois, ele alegou que pegava parte do dinheiro dos funcionários do gabinete de Flávio para contratar outras pessoas, sem o conhecimento do então deputado.
Diante das acusações, e apesar de não ter nenhum mandado policial contra si, o sumiço de Queiroz desde janeiro deste ano gerou especulações envolvendo o clã liderado pelo presidente que, inclusive, chegou a ser questionado recentemente sobre o paradeiro do então amigo pelo deputado federal Paulo Pimenta. Em ofício, ele respondeu que não possuía informações sobre o paradeiro de Queiroz.