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A poucos dias do Natal, os centros de compras das grandes e pequenas cidades são invadidos por milhares de clientes e suas famosas listas de presentes. “Todos os anos presenteio meus familiares e amigos mais próximos. Gosto de lojas onde dá para comprar boa parte dos presentes. Compro perfumes, hidratantes, faço cestinhas de chocolates. Acho gratificante todo o investimento”, revela a consumidora Nezilda Felix, 45 anos.
 
Para as mulheres, os presentes mais procurados são roupas, biquínis, brincos, anéis, pulseiras, perfumes e hidratantes, além de sandálias rasteiras como as da Melissa – as queridinhas da mulherada - custando entre R$ 59 e R$ 599. “As mais vendidas são as rasteiras. Os modelos mais tradicionais não temos mais no estoque. As sandálias altas e mais sofisticadas da coleção Power Of Love também são muito procuradas para presentear parentes mais próximos”, explica a gerente da loja Jelly, Adelle Fernanda.
 
Para os homens, a grande procura são por bermudas de praia e de passeio, perfumes, cestas de cosméticos de uso diário, camisas pólos e as tradicionais de mangas compridas, além de livros. Os presentes infantis também entram nas listas. Brinquedos e jogos eletrônicos estão em alta entre os pequenos. Alguns pais optam pelos pets, entre hamster e cachorros da raça Yorkshire.

Se você ainda não sabe o que dar de presente, confira a galeria com dicas para o Natal 2011.

São Paulo – O comércio eletrônico deve movimentar R$ 2,6 bilhões no Natal deste ano, o que representa um crescimento nominal de 20% em comparação a 2010. A expectativa é da e-bit, empresa especializada em informações sobre o setor de e-commerce, como é chamado o comércio eletrônico. Segundo a empresa, o número de pedidos também será maior este ano em comparação ao ano passado, com crescimento estimado de 25%.

Com o crescimento no número de pedidos, os órgãos de defesa do consumidor estimam que também deva aumentar o número de queixas contra as lojas virtuais. Segundo o ReclameAQUI, um dos principais sites de reclamações do país, as cinco lojas virtuais mais reclamadas do país – Americanas.com, Submarino, Compra Fácil, Shoptime e Walmart – acumularam 69 mil queixas só nos últimos 12 meses.

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Entre as principais reclamações, de acordo com o site ReclameAQUI, estão o atraso na entrega, entrega de produto com defeito, dificuldade de contato com a empresa, cobrança indevida e mau atendimento no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). “Os maiores problemas que temos identificado na Fundação Procon é com relação à entrega dos produtos adquiridos pela internet”, disse Andrea Sanchez, diretora de Programas Especiais da Fundação Procon-SP, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ela, o consumidor deve estar atento ao fazer uma compra pela internet, principalmente durante o período de Natal, em que o volume de pedidos e a ocorrência de problemas na entrega são maiores. “Primeiro, o consumidor deve observar se se trata de um site seguro, com uma chave de segurança normalmente representada por um cadeado no pé do site. E tentar evitar comprar em sites que tenham domínio fora do país, sem o ponto com ponto br [.com.br]”, disse.

Andrea também alerta o consumidor para verificar nas redes sociais e no próprio portal do Procon se os sites de compras virtuais estão gerando reclamações e como eles estão procedendo para solucionar esses problemas. “Os problemas vão existir em todos os segmentos, mas o diferencial é a ação do site para a solução deles”, observou. “O consumidor que comprou pela internet tem o direito, garantido pelo Código de Defesa do Consumidor, de arrependimento pelo prazo de sete dias da data da contratação”, alertou Andrea.

No caso de sites de compras coletivas – aqueles em que são apresentadas ofertas de produtos e serviços com valores mais baixos que no mercado e cujas compras só se validam após a aquisição de cupons por um determinado número de pessoas – a diretora do Procon orienta o consumidor a observar os prazos dados para utilização ou entrega do produto ou do serviço adquirido.

Segundo ela, é preciso também observar as condições da oferta, o período da entrega e as condições de devolução. “Se o consumidor não tiver mais interesse porque passou o prazo ou porque não interessa usufruir daquele produto ou serviço após aquela data, ele pode rescindir o contrato e a restituição paga será devolvida, inclusive com atualização monetária”, explicou.

No começo do mês, a Fundação Procon-SP pediu a suspensão das atividades de três lojas virtuais, todas pertencentes à B2W Companhia Global do Varejo – Americanas.com, Shoptime e Submarino. A motivação do Procon para o pedido de suspensão foi o fato de as empresas reincidirem na prática de não entregar os produtos aos consumidores. Segundo o órgão, a B2W teve um aumento de 146% no número de reclamações feitas por consumidores ao Procon, passando de 1,47 mil queixas, no segundo semestre de 2010, para 3,63 mil, no primeiro semestre deste ano.

No dia 7 de novembro, o Procon também autuou os sites de compras coletivas Groupon, Click On e Peixe Urbano por prática de condutas em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor, tais como não garantir a qualidade dos serviços oferecidos e negar a devolução dos valores nos casos de não prestação de serviço.

Ao adquirir qualquer produto pela internet, o consumidor deve imprimir os comprovantes da transação, como a oferta; o pedido; a aceitação; o comprovante de pagamento; a data de previsão de entrega, enfim, todas as condições do negócio.

Tais providências são necessárias para a hipótese, não rara, desse produto jamais chegar às mãos do consumidor ou ainda para os casos de atraso na entrega e deterioração do bem adquirido. Caso isso ocorra, o consumidor pode se valer de algumas opções, a saber:

a) tentar resolver o problema administrativamente, ligando para o SAC da empresa;
b) se não funcionar, ir ao Procon e formular uma queixa contra o fornecedor, aguardando a audiência conciliatória para tentar resolver a questão por meio de um acordo;
c) ou, então, ir direto ao Poder Judiciário, através dos Juizados Especiais, e promover uma ação cominatória, a fim de compelir o fornecedor a entregar o produto ou restituir-lhe do valor pago (monetariamente corrigido), sem prejuízo do direito de receber uma indenização, caso tenha sofrido algum dano em decorrência dessa quebra de contrato.

Nesta última hipótese, se a ação judicial não for superior a 20 salários mínimos (soma do valor do produto + eventual pedido indenizatório), não é obrigatório o acompanhamento do processo por advogado.

Apesar de não ser o período em que o comércio mais lucra o Dia dos Pais traz grande expectativa de venda. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), a data inaugura no segundo semestre o calendário das grandes datas do comércio, que se estende até as festas de fim do ano.

Com base no levantamento feito pela Fecomércio-PE estima-se que haverá um crescimento nas vendas de 14,84% em relação a 2010.  A Federação ouviu 308 consumidores da Região Metropolitana do Recife e 289 empresários dos ramos onde se costuma comprar os presentes.

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No entanto, nos shoppings centers a expectativa de crescimento é maior, acima de 18%, contra pouco mais de 12% no comércio tradicional. Foram ouvidos 170 empresários nas áreas tradicionais do comércio e, nos shoppings, 119.

De acordo com o Gerente de um magazine do Shopping Tacaruna, Cícero José Gomes, os produtos que mais vendem nesse período são TVs de plasma e LCD, além dos aparelhos de som. “Estamos na expectativa de vender 30% a mais do que o Dia dos Pais do ano passado”.

Em uma loja de vestuário masculino do mesmo centro comercial, a expectativa é que o aumento das vendas chegue a ser 20% maior do que no mesmo período de 2010, conforme revelou a subgerente Conceição Lemos.

Para o consultor da Fecomércio, Luiz Kehrle a expectativa dos empresários tem suporte na disposição de compra dos consumidores. “Este ano 80,2% pretendem comprar presentes, um percentual bem maior do que os 71,4% registrados no Dia dos Pais 2010”, explica Kehrle. Além do mais, o valor médio dos gastos deverá crescer de R$114,30 para R$144,70.

As compras de presentes deverão estar concentradas nos ramos de vestuário, calçados/acessórios, perfumes/cosméticos e eletroeletrônicos. As escolhas de presentes são muito estáveis e as preferências registradas este ano são semelhantes às constatadas no ano passado, como seria de esperar.

O casal Vanessa Jerônimo, 21 anos e Ambrósio Santos, 23, confirmam o que a pesquisa aponta. “Acho que vou comprar roupa ou perfume, mas ainda estou definindo”, diz ela. O casal revelou estar disposto a gastar entre R$ 90 e R$100.

Já a dentista Maria Betânia Cavalcanti, 47 anos, preferiu antecipar as compras. “Comprei o presente antes, pois perto do Dia dos Pais o shopping fica muito cheio, as filas são grandes. Prefiro antecipar para não perder muito tempo”. Maria Betânia comprou aquilo que mais se vende neste período: vestuário. “Comprei uma bermuda, uma camisa e shorts para ele usar quando for para a aula de hidroginástica”, confessou.

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