Na véspera das eleições dos Estados Unidos, o presidente democrata e candidato a reeleição, Barak Obama, e o republicano Mitt Romney, intensificam suas agendas e buscam conquistar o maior número de eleitores. Nas pesquisas do voto popular, ambos estão empatados tecnicamente, o que deixa a disputa cada vez mais acirrada. Por ser a nação mais rica do planeta terra, os norte americanos recebem atenção especial e, dependendo do candidato vitorioso, mudanças significativas podem acontecer no cenário mundial.
Apesar de Obama ter desenvolvido um governo progressista, racional e em alguns momentos visionário, a reeleição do primeiro presidente afro americano inspira divergências entre os cidadãos norte americanos. O democrata alcançou êxitos legislativos, sociais e na política externa, sucessos que aliviaram os erros cometidos pelo ex-presidente George Bush. Na campanha, o democrata tem se preocupado com o aumento dos impostos e o corte de gastos a partir de 1° de janeiro, o que pode tirar o país da zona de risco e recessão.
##RECOMENDA##Já o ex-governador do estado de Massachusetts, Mitt Romney, tem se apresentado como um político moderado, um gerente que sabe ouvir e pode restaurar o equilíbrio entre o setor público e privado dos Estado Unidos. Ele argumenta que Obama chegou ao poder como uma figura de transformação, mas a expectativa caiu por terra em meio a recessão na qual o país vive e o presidente não conseguiu aproximar a oposição hiperbólica para votar as matérias mais importantes.
O que chama a atenção do cenário político norte americano é a forma indireta que seus cidadãos exercem a democracia. O sistema tem origem na fundação dos Estados Unidos e os colégios eleitorais levam em conta os estados que foram criados antes do país, uma consequência da descentralização do poder federal. O eleitor escolhe os 538 delegados divididos entre os 50 estados e os três representantes do distrito de Colúmbia, onde fica a capital, Washigton.
Alguns estados recebem uma atenção maior, como é o caso da Califórnia, que escolhe 55 delegados, Texas com 38 e Florida, com 29. Mas para vencer o candidato precisa do voto de 270 delegados - somente o voto popular não é suficiente. A disputa de 2000 pode servir de exemplo pois, nesta eleição, o democrata Al Gore obteve 48,38% dos votos populares contra 47,87 do republicano George W. Bush, que conquistou 271 delegados, contra 267 do democrata. Dessa forma, Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos.
Os delegados são nomeados previamente por seus partidos e em alguns estados é exigido a fidelidade partidária - eles são obrigados a votar no partido que representam. Em outros, estão livres para votar em qualquer candidato.