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Um homem armado abriu fogo nessa terça-feira (14) em uma escola em Roswell, estado americano do Novo México (sudoeste), ferindo um funcionário e dois alunos, um dos quais se encontram em estado crítico, anunciaram as autoridades.

O episódio ocorreu às 07H30 local no ginásio do colégio Berrendo e o autor dos disparos foi detido, informaram funcionários da cidade de Roswell.

"Podemos confirmar que dois alunos foram feridos, um menino e uma menina, assim como um funcionário da escola", declarou a governadora do Novo México, Susana Martínez, em entrevista coletiva.

"O menino, de 12 anos, se encontra em estado crítico no hospital de Lubbock", no Texas, revelou Martínez. "A menina, de 13 anos, está em situação grave". O funcionário ferido foi a pessoa que dominou o atirador, segundo a governadora.

"O atacante foi rapidamente detido por um dos funcionários (da escola), que se dirigiu diretamente a ele e mandou que baixasse a arma", revelou Martínez.

O incidente ocorre menos de um mês depois de um estudante do ensino médio atirar com uma escopeta contra dois colegas em uma escola do Colorado, antes de se suicidar. Um dos feridos, uma menina, morreu no hospital dias depois.

Em dezembro de 2012, um homem armado matou 26 pessoas - incluindo 20 crianças - em uma escola de Newtown, em Connecticut, em um massacre que reacendeu o debate sobre o porte de armas nos Estados Unidos, mas a tentativa de aprovar leis mais severas sobre o assunto não avançou no Congresso.

Um homem entrou nesta terça-feira armado com uma AK-47 em uma escola primária em pleno horário de aulas em Atlanta (Geórgia, sudeste dos EUA), atirando enquanto mantinha funcionários reféns, e depois se rendeu à polícia sem deixar vítimas, informaram as autoridades.

"O homem entrou na escola com uma arma AK-47 e outras duas armas, manteve como reféns alguns funcionários do colégio. O suspeito atirou umas seis vezes nos oficiais quando chegaram", disse à imprensa o agente Kyle Jones do gabinete do xerife do condado de DeKalb.

Sem deixar feridos, o homem se entregou à polícia, indicou o oficial, sem identificar o autor dos disparos. A polícia não indicou se o homem tinha alguma relação com a escola, localizada no subúrbio de Atlanta.

Uma pessoa dentro da escola ligou para as autoridades para denunciar que estava ouvindo vários tiros dentro da escola primária da McNair Learning Academy, localizada na área metropolitana de Atlanta. Imagens de várias crianças pequenas se protegendo atrás dos ônibus escolares ou encostadas nas grades do jardim da escola foram exibidas pelo canal local WSBTV.

Com a ajuda das professoras, as crianças foram retiradas da escola, enquanto a polícia revistava o colégio até encontrar o autor dos disparos, que não teve sua identidade revelada. As crianças foram levadas para o estacionamento de um grande supermercado próximo para encontrar os pais.

Coincidentemente, no momento em que a notícia do tiroteio era divulgada, o presidente Barack Obama divulgava mensagens no Twitter sobre a necessidade de reforçar as leis sobre o controle de armas no país.

A escola americana do Rio de Janeiro (EARJ) fará no próximo domingo (24) a 11° caminhada contra o câncer, conhecida por Walkathon, na lagoa Rodrigo de Freitas, a partir das 10h, com saída da Parque dos Patins. O objetivo da iniciativa é de arrecadar fundos para a Fundação do Câncer, para investir no setor de pediatria da instituição.

Todos podem participar, pois a ação não tem restrição de idade, basta fazer a inscrição que custa R$ 30,00 (que dá direito a uma camisa produzida pelos alunos da instituição), através do telefone (21) 2125-9024 ou pelo email annette.dam@earj.com.br.

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Com informações da assessoria

Um aluno foi ferido com um tiro nesta quinta-feira em uma escola da cidade de Taft, na Califórnia (oeste dos EUA), durante um tiroteio que não virou um banho de sangue graças ao trabalho 'heróico' de um professor e de um supervisor, informou a polícia esta quinta-feira.

O agressor, de 16 anos, entrou em uma sala de aula da escola de ensino médio Taft Union, na cidade de Taft, 190 km ao norte de Los Angeles, e disparou em sua vítima com uma escopeta.

Em seguida, tentou atirar em outro colega de classe, mas o tiro falhou, explicou durante uma coletiva o oficial de justiça do condado de Kern (ao qual pertence Taft), Donny Youngblood.

A vítima foi levada a um hospital e se encontrava em "estado crítico", informou.

Após o primeiro disparo, o professor e o supervisor do campus iniciaram uma conversa com o agressor, a fim de distraí-lo para que o restante dos 28 alunos pudessem sair da sala.

"O estudante ainda estava armado com uma escopeta e eles ficaram (...) e o distraíram, permitindo que os estudantes saíssem da sala de aula e em última instância, aplacando o atacante", disse o oficial de justiça aos jornalistas.

"Não tenho palavras para definir o trabalho heróico destas duas pessoas: ficar ali e enfrentar alguém com uma arma, que já disparou contra um estudante, fiz muito destes dois jovens e do que podem ter evitado", acrescentou.

"Podiam ter tentado sair facilmente da sala e deixar os estudantes ali", explicou o oficial. "Estamos muito orgulhosos deles", acrescentou.

O noticiário local da ABC News informou que o tiroteio ocorreu às 09h00 locais (15h00 de Brasília) e que a polícia atendeu a telefonemas feitos por vítimas escondidas em armários.

O suspeito foi detido 20 minutos depois, acrescentou o jornal Los Angeles Times.

Este tiroteio ocorre poucas semanas depois do massacre de 26 pessoas, entre elas 20 crianças, em uma escola em Newtown, Connecticut, que reavivou o debate nos Estados Unidos sobre o controle de armas.

O tiroteio ocorreu um mês depois do massacre de 26 pessoas, entre as quais 20 crianças, em uma escola de Connecticut (nordeste) e em meio a um acalorado debate nacional sobre a posse de armas.

Os alunos de um pequena cidade de Nova Jersey (nordeste dos EUA) voltaram às aulas nesta quarta-feira (2) na presença de policiais armados em todas as escolas, uma medida tomada após o massacre em Connecticut, no mês passado.

"A segurança de nossos alunos, de nosso professores e de nossas escolas são importantes para oferecer uma ambiente confortável, que ajude com o aprendizado e o êxito escolar. Com este objetivo, em resposta à tragédia de Newton (Connecticut, noroeste), a partir da quarta-feira 2 de janeiro, cada escola de Marlboro contará com um policial, armado e uniformizado", informou o site das escolas públicas desta cidade de 40.000 habitantes, que fica à uma hora de carro de Nova York.

A medida foi tomada de maneira temporária, por três meses, para dar tempo às "discussões sobre como melhorar a segurança", indicou o site.

As reações na página das escolas públicas de Marlboro no Facebook eram contraditórias.

Em 14 de dezembro, 20 alunos de 6 e 7 anos e seis membros da escola de Sandy Hook, em Newton, foram massacrados por um jovem de 20 anos que se suicidou.

Os alunos de Sandy Hook devem voltar às aulas na quinta-feira, mas num novo local totalmente remodelado e instalado na cidade vizinha de Monroe.

A pequena cidade de Newtown (Connecticut, nordeste dos EUA) enterrou nesta segunda-feira (17) as primeiras vítimas do massacre na escola primária de Sandy Hook, pouco depois de o presidente Barack Obama ter prometido um debate sobre medidas para evitar que tragédias semelhantes se repitam.

Os funerais de Noah Pozner e Jack Pinto, ambos de 6 anos, foram celebrados em Newtown e Fairfield, uma cidade vizinha, enquanto os corpos de outras 20 crianças e 6 adultos assassinados serão enterrados ao longo da semana, noticiou o jornal local Newtown Patch.

Perto do fim da manhã, vinte crianças fizeram fila na sala fúnebre onde se celebravam as cerimônias em memória de Jack Pinto, de 6 anos, em pleno centro de Newtown. Membros do clube de luta que ele frequentava depositaram suas medalhas sobre o caixão, contou Jack Wellman, um aluno do quarto ano que ajudava nos treinamentos da escola de Sandy Hook.

"A cerimônia foi triste, muito emocionante", relatou Gwendolyn Glover, pastor de Chester, no estado vizinho de Nova York.

O autor dos disparos, um jovem de 20 anos, matou sua mãe em sua casa e se se suicidou na escola depois do massacre.

Nesta segunda, todas as escolas da cidade de 27.000 habitantes foram fechadas. O colégio onde aconteceu a tragédia permanecerá fechada até segunda ordem e segundo as necessidades da investigação. A presença de uma pessoa suspeita determinou, esta segunda, o fechamento de uma escola de Ridgefield, também no estado de Connecticut (nordeste) e a mobilização de forças policiais no entorno de todas as escolas da localidade, próxima a Newtown.

"Todas as escolas estão em alerta e há presença policial em todos os edifícios", informou em seu site na internet o sistema de educação pública de Ridgefield.

"Não podemos tolerar mais isto. Estas tragédias devem terminar. E para que seja assim, devemos mudar", disse o presidente, Barack Obama, no domingo durante visita a Newtown.

Este novo tiroteio, um dos mais letais dos últimos anos e um dos mais graves em um estabelecimento escolar, reacendeu o debate sobre as leis que regulamentam o direito de possuir armas - garantido pela Segunda Emenda à Constituição norte-americana.

Desde o massacre de sexta-feira se multiplicaram os pedidos para endurecer a legislação sobre armas de fogo. A senadora democrata Dianne Feinstein anunciou domingo que, assim que o novo Congresso assumir, no começo de janeiro, apresentará um projeto de lei para proibir a compra de fuzis de assalto.

Um exemplo das mudanças que podem acontecer, o senador democrata de Virgínia Ocidental, Joe Manchin, grande defensor da segunda emenda, pediu nesta segunda-feira na rede MSNBC um debate "sensato e razoável" sobre o controle das armas.

O senador independente por Connecticut, Joseph Lieberman, que deixará o Congresso no próximo mes, pediu na CNN para "tentar que todas as emoções que sentimos neste momento não desapareçam".

Mais de 140.000 pessoas tinham assinado na manhã desta segunda-feira a petição no site da Casa Branca para reivindicar uma lei sobre o controle das armas.

No entanto, a Casa Branca informou esta segunda-feira que ainda não tem "uma agenda concreta" sobre a posse privada de armas.

O porta-voz da Presidência, Jay Carney, disse que "nas próximas semanas" Obama transmitirá aos americanos possíveis abordagens depois de dizer, após a matança na escola de Connecticut, que recorreria a todos os instrumentos que tiver à sua disposição.

"Não tenho propostas para apresentá-las. O presidente falou ontem (domingo) de avançar nas próximas semanas", disse Carney.

Uma lei, assinada pelo presidente Bill Clinton em 1994, determinava a proibição, mas expirou em 2004 e não foi mais renovada. Barack Obama propôs restabelecê-la durante sua campanha presidencial de 2008, mas durante sua gestão não fez disso uma prioridade.

O tenente Paul Vance, porta-voz da polícia de Connecticut, informou que o autor

do massacre, Adam Lanza, usou principalmente um fuzil de assalto Bushmaster 223. Tinha também duas pistolas, com uma das quais se suicidou, e vários carregadores cheios à sua disposição para cada uma das armas. Um segundo fuzil foi encontrado em um baú em seu carro, estacionado próximo à escola.

Segundo a imprensa norte-americana, todas essas armas foram compradas legalmente pela mãe de Adam Lanza, que possuía muitas em sua casa.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu neste domingo (16), na cidade de Newtown, onde um jovem atirador matou 26 pessoas em uma escola primária, que fará o que estiver ao seu alcance para evitar novas tragédias, como a "violência indescritível" que ocorreu no local.

Citando os nomes das 20 crianças - com entre seis e sete anos - mortas no massacre, Obama pediu em uma cerimônia religiosa ecumênica em Newtown que todos "façam com que nosso país seja mais digno" em memória das vítimas, após transmitir aos familiares e amigos dos mortos "o amor e as orações" dos Estados Unidos

Em seu discurso no auditório do colégio de Newtown, Obama perguntou a seus compatriotas se "estamos fazendo o suficiente para proteger nossas crianças". "Refleti nestes últimos dias e, para sermos honestos, a resposta é não".

"Não podemos mais tolerar isto. Estas tragédias precisam acabar, e para por fim a isto precisamos mudar. Podemos fazer melhor. Se há ao menos uma medida que possamos adotar para salvar uma criança (...) temos a obrigação de adotá-la", disse Obama, lembrando que sua visita a Newtown é a quarta que realiza em seus quatro anos de mandato a cidades abaladas por massacres.

"Nas próximas semanas, vou me valer dos poderes que minhas funções me conferem para reunir meus concidadãos, desde os membros das forças da ordem até profissionais de psiquiatria e professores, com a finalidade de deter tragédias como estas".

"Não podemos aceitar que fatos como estes se tornem rotina. Estamos dispostos a admitir que somos impotentes diante destes massacres como o de Newtown? Que a situação política é demasiado difícil?" - perguntou o presidente sobre a posse de armas nos Estados Unidos.

"Estamos dispostos a dizer que uma violência como esta, da qual são vítimas ano após ano os nossos filhos, é de uma maneira ou outra o preço a pagar por nossa liberdade?" - desafiou Obama, indicando que vai liderar o debate sobre a venda e a posse de armas no país.

A senadora democrata Dianne Feinstein anunciou que apresentará um projeto de lei assim que o novo Congresso assumir, em janeiro, para proibir a venda de fuzis de assalto à população.

"Vou apresentar no Senado e o mesmo projeto será introduzido na Câmara baixa, um projeto para proibir este tipo de armas", disse a senadora da Califórnia à rede NBC.

Consultada se o presidente apoiaria a iniciativa, a legisladora respondeu que "acho que fará".

Pedro Segarra, prefeito de Hartford, cidade capital de Connecticut, e cujo pai foi assassinado com uma arma de fogo, pediu este domingo a Washington que tome a iniciativa de deter "um apetite incrível" dos americanos por armas de fogo.

Segarra disse que os cidadãos de Connecticut "são muito partidários da desmilitarização da nossa comunidade e de tirar essas armas das ruas".

A imensa tristeza que pesa sobre Newtown deu lugar à apreensão neste domingo, antes da visita de Obama, quando uma igreja foi evacuada pela polícia depois de receber "ameaças" durante um culto em memória das vítimas do massacre.

A igreja católica de Saint Rose of Lima e um prédio adjacente foram evacuados pela polícia, quando centenas de fieis participavam da missa dominical e choravam as vítimas do massacre na escola primária de Sandy Rock.

Homens da SWAT entraram na igreja enquanto os sinos do templo tocavam repetidamente. Pouco depois, o alerta foi suspenso, mas o templo permaneceu fechado.

"Não há qualquer perigo para a igreja. Um telefonema preocupou a polícia, o suficiente para deflagrar a evacuação do local e uma verificação", explicou Brian Wallace, porta-voz da diocese. "O prédio foi fechado para devolver a calma" e a missa desta noite está cancelada.

O porta-voz da polícia de Connecticut, Paul Vance, confirmou oficialmente neste domingo que o jovem que cometeu o massacre na escola do ensino fundamental de Newtown era Adam Lanza, 20 anos, que se suicidou.

Vance também confirmou que Lanza primeiro assassinou sua mãe, em casa, antes de cometer o massacre na escola Sandy Hook, onde executou meninas e meninos com entre seis e sete anos de idade com um fuzil de assalto Bushmaster.23

O oficial destacou que a principal arma do massacre foi o fuzil Bushmaster, mas Lanza tinha duas pistolas e outro fuzil, encontrado no porta-malas do carro, além de muitos carregadores para cada uma das armas.

Segundo Vance, o assassino fez "centenas de disparos" dentro da escola antes de cometer suicídio com uma pistola.

O oficial fez uma advertência sobre informações publicadas nas redes sociais, lembrando que ele é a única fonte confiável sobre a investigação do massacre.

"Isto é um problema para nós porque há informações falsas publicadas nas redes sociais", disse Vance durante entrevista coletiva em Newtown (nordeste).

Vance fez alusão a pessoas que se fizeram passar pelo assassino (Adam Lanza) ou que publicaram informações fazendo-se passar por policiais.

"Serei muito claro: as informações relacionadas a este assunto que vocês encontram nas redes sociais não foram publicadas pela Polícia de Connecticut, nem pela polícia de Newton, nem pelas autoridades", insistiu.

O porta-voz acrescentou que "estes atos (os de publicar informação falsa) constituem delitos e investigações que são realizadas tanto pelos estados quanto ao nível federal. Aqueles que cometerem tais atos serão procurados", advertiu.

Conseguirá o massacre ocorrido nesta sexta-feira em uma escola do estado americano de Connecticut vencer a resistência de Washington a discutir a legislação sobre o porte de armas? Após um ano particularmente sangrento, o debate volta à tona.

A Casa Branca se negou a tomar posição sobre o tema da reforma das leis que regulamentam a venda de armas de fogo depois de um massacre em uma escola da cidade de Newtown que deixou 27 mortos.

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"Não penso que hoje seja o dia" para discutir política, disse o porta-voz do governo, Jay Carney, ao ser consultado sobre a questão. "Acho que é importante, em um dia como hoje, ver as coisas assim, como sei que o presidente faz como pai e eu, como pai, e outras pessoas que são pais e mães, que é sentindo uma enorme compaixão pelas famílias afetadas", assegurou.

No entanto, o representante democrata Jerrold Nadler respondeu imediatamente, através de sua conta no microblog Twitter, "se este não é o momento de termos uma discussão séria sobre o controle de armas, não sei quando (este momento) chegará".

"(O tema) continua sendo uma pessoa instável que tinha acesso a armas de fogo e cometeu um crime horrível contra crianças inocentes", explicou. "Peço ao presidente (Barack) Obama, ao Congresso e à população americana a agir além do choque e, finalmente, fazerem algo", acrescentou Nadler.

O porta-voz de Obama assegurou que a postura do presidente é a de assegurar que aqueles que não estão autorizados a portar armas não tenham acesso a elas, garantindo ao mesmo tempo ao restante dos americanos o direito de possuir armas contido na Constituição, na famosa Segunda Emenda que o lobby das armas defende com unhas de dentes.

Sem esconder o cansaço e a revolta, a mídia americana imediatamente reavivou o debate sobre o porte de armas, da mesma forma que fez quando 12 pessoas morreram durante um outro massacre em um cinema do Colorado (oeste), e esta semana, após um tiroteio em um centro comercial do Oregon (nordeste), que provocou três mortes.

"Este não é um dia para a política", disse Susan Page, chefe do escritório em Washington do influente jornal USA Today. Mas "este é o ponto sem retorno? Eu não sei", questionou-se.

"Falta que se veja a mudança, que seja mensurável", disse o jornalista Alex Wagner, da emissora MSNBC. "Esperamos que haja suficiente peso político para reformar a forma como tratamos (o tema de) as armas e a violência causada por armas de fogo neste país", acrescentou.

No entanto, os defensores da Segunda Emenda da Constituição - "sendo necessária uma milícia bem ordenada para a segurança de um Estado livre, o direito do Povo a possuir e portar armas não será infringido" - insistem em que a solução não vá pelo lado da restrição da venda de armas semi-automáticas. A venda de armas automáticas, por outro lado, permanece proibida.

"Rejeitamos o uso indevido das armas de fogo", disse à AFP Alan Gottlieb, fundador da Fundação Segunda Emenda (FSE).

"Mas há um lado bom das armas que não se pode esquecer (...) Todos estes crimes completamente loucos ocorreram em lugares onde está proibido ter armas", acrescentou, considerando que os adultos da escola deveriam ter o direito a estar armados.

Barack Obama tem argumentado que a oposição republicana no Congresso torna possível qualquer reforma das leis federais sobre o comércio de armas, especialmente a proibição dos fuzis de assalto, votada na década de 1990 sob o mandato do democrata Bill Clinton, mas que expirou em 2004 durante o governo do republicano George W. Bush.

Um jovem atirador matou 26 pessoas, incluindo 20 crianças, numa escola do ensino fundamental da cidade de Newton, Connecticut, em um novo massacre com armas de fogo, que chocou os Estados Unidos.

O atirador, identificado pela imprensa local como Ryan Lanza, 24 anos, foi morto na operação policial. Ele também teria matado o pai em casa e a mãe na escola, onde ela trabalhava. O diretor e a psicóloga do colégio estariam entre as vítimas fatais.

O porta-voz da polícia, tenente Paul Vance, disse à imprensa que o atirador matou 20 crianças e seis adultos, incluindo alguém com quem morava, na Escola Fundamental Sandy Hook, em Newtown, Connecticut.

O atirador também morreu na cena do crime e um 28º corpo foi encontrado em outro local ainda não revelado.

O presidente americano, Barack Obama, chorou ao revelar que sente uma "tristeza opressiva" pelo massacre em Connecticut, um "crime abominável", e prometeu adotar medidas "significativas" para impedir tragédias envolvendo armas de fogo.

"A maioria daqueles que morreram hoje eram crianças, lindas criancinhas com idades entre 5 e 10 anos", disse Obama na Casa Branca. "Elas tinham a vida toda pela frente, aniversários, formaturas, casamentos, seus próprios filhos".

Durante o discurso, Obama fez várias pausas e respirou profundamente, algumas vezes enxugando as lágrimas que insistiam em rolar.

"Entre os falecidos estão ainda professores, homens e mulheres que devotaram suas vidas a ajudar nossas crianças a realizar seus sonhos. Nossos corações estão partidos hoje por causa dos pais e avós, dos irmãos e irmãs daquelas crianças pequenas e pelas famílias daqueles que estão perdidos".

"Como país, já passamos demais por coisas assim", disse Obama sobre massacres anteriores no Colorado, no Oregon e no Wisconsin. "Estas localidades são nossas, essas crianças são nossas (...). Precisamos nos unir e tomar medidas significativas para evitar que mais tragédias como estas, independente de questões políticas".

"Um dos policiais disse que uma das piores coisas que ele já viu em toda a sua carreira, mas foi quando contaram a todos aqueles pais esperando pela saída dos filhos", declarou à emissora WCBS news uma enfermeira local, que correu para o local da tragédia.

"Eles pensavam que as crianças ainda estavam vivas, sabe. Eram 20 pais que acabaram de receber a notícia de que seus filhos estavam mortos. Foi horrível", contou.

Testemunhas descreveram o massacre como um intenso tiroteio, com talvez 100 tiros disparados, e contaram ter visto um corredor sujo de sangue.

"Estava no ginásio na hora. Ouvimos muitos estrondos e achamos que fosse o zelador desmontando coisas. Ouvimos gritos. E então, fomos para a parede e nos sentamos", contou um menino à emissora WCBS.

"Foi então que a polícia entrou. Tipo, ele ainda está aqui? Então ele correu. E aí alguém gritou para encontrar um lugar mais seguro, então fomos para o banheiro do ginásio e sentamos lá por um tempo", acrescentou, enquanto seus pais se aproximavam, atordoados.

"Então a polícia, tipo, bateu na porta, e estavam evacuando as pessoas, estávamos evacuando as pessoas. Nós corremos", acrescentou.

"Havia polícia em cada porta nos conduzindo por aqui, por ali. Rápido, rápido, venham. Nós corremos até a brigada de incêndio. Havia um homem que derrubado no chão, com algemas", acrescentou.

Após o massacre, uma grande força policial se dirigiu para a vizinhança, enquanto outras escolas da região foram fechadas.

A tragédia em Connecticut é a segunda maior em número de óbitos em escolas do país, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O massacre na Escola de Ensino Médio de Columbine, em 1999, deixou 15 mortos, abrindo um debate feroz, porém inconclusivo, sobre a legislação branda de controle de armas nos Estados Unidos.

Massacres mortais são uma ocorrência frequente em espaços públicos nos Estados Unidos, e só costumam terminar quando o atirador é morto ou se suicida.

No acontecimento recente de mais notoriedade, em julho deste ano, James Holmes, um jovem de 24 anos, teria matado 12 pessoas e ferido outras 58 quando abriu fogo contra a sessão de meia-noite do último filme de Batman em um cinema de Aurora, Colorado.

Apesar destas tragédias, o apoio a leis mais duras para o porte de armas é controverso, com muitos americanos contrários a restrições àquilo que consideram um direito constitucional de manter armas de fogo potentes em casa.

O homem que, supostamente, matou cerca de 30 pessoas numa escola primária dos Estados Unidos nesta sexta-feira, Ryan Lanza, 24 anos, também teria matado os pais, informou a imprensa americana.

Lanza teria matado o pai em casa antes de se dirigir à escola e matar a mãe, que trabalhava lá, além de protagonizar o massacre dos estudantes. A polícia ainda não confirmou estas informações.

 

Pelo menos 27 pessoas, incluindo 14 crianças, foram mortas nesta sexta-feira (14) em um tiroteio numa escola primária de Connecticut, informou a CBS News.

Autoridades não deram detalhes sobre o incidente na Sandy Hook Elementary School em Newtown, Connecticut, nordeste da Cidade de Nova York, mas uma coletiva de imprensa estava marcada para as 13H00 locais (16H00 de Brasília).

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