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Os senadores da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, estão usando a estratégia de não interrogar as testemunhas da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, na sessão do julgamento do impeachment no Senado. Sem a participação de senadores que discordam da tese da defesa, entretanto, o interrogatório do professor de direito Geraldo Prado tem funcionado como um cordial bate-papo entre amigos.

Os senadores da base de Dilma usam o tempo de fala para fazer discursos e, no final, fazem perguntas genéricas à testemunha. Muitas vezes, a pergunta é tão retórica que a testemunha precisa explicar que não tem a competência ideal para responder o questionamento e trata da questão em uma esfera teórica.

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A sessão segue amigável, com cumprimentos entre senadores e testemunha e citação de autores de direito e estudiosos.

O consultor jurídico Geraldo Prado, chamado pela defesa de Dilma, como testemunha na tarde desta quinta (26), no plenário do Senado Federal, chegou a comparar o processo de impeachment a uma pena de homicídio sem provas. “Se não há o corpo, se não há cadáver, não há crime. O que há é uma discussão sobre um mau governo”, disse.

Geraldo Prado argumentou que o comportamento, de quem quer que seja, não pode ser considerada ilegal, após ser praticada. “Tem que acontecer anteriormente a sua prática para orientar a pessoa se ela quer ou não cometer a ilegalidade. A própria conclusão final do Tribunal de Contas da União reconhece a originalidade dessa interpretação”.

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“O crime de impeachment interrompe um ato presidencial e isso não se pode permitir porque não está previsto em um regime presidencialista”, acrescentou Prado.

Sobre o atraso de pagamento dos subsídios do Plano Safra, um plano que oferece crédito subsidiado pelo governo para agricultores, Geraldo Prado afirmou que “as subvenções foram transferidas para um contexto completo. Também não houve violação da meta fiscal. Ao longo de um ano, a situação mundial pode de deteriorar, assim, a meta pode ser alterada”.

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